Desvendando mistérios: Por que eu sumi?


Yasmin_cartelaNão, lindas, eu não sumi porque enjoei do blog, como algumas propuseram. Desapareci por uma razão específica, e quero dividir com vocês.

Nota-se que eu mudei bastante desde o início da transição. Tanto fisicamente quanto psicologicamente. Como resultado, isso tem me trazido experiências diferentes para as quais não estava preparada.

Mas o que mais tem me frustrado e me feito perder o tesão em publicar no blog, é o comportamento de alguns gays diante da minha transformação.

a6Qualquer comentário que eu faça sobre transfobia, ou sobre um assunto que incomode os “G” dos LGBT’s é recebido com muita misoginia e comentários do tipo: “Acho que você deveria reduzir esses seus hormônios, estão te deixando louca”.

Como se eu fosse um barril de hormônio ambulante e tivesse perdido toda a minha credibilidade intelectual num debate.

Quer dizer, o ódio ao feminino é tanto, que por eu ter me assumido mulher passo a ter todas as minhas opiniões destoantes do hegemônico consideradas “histeria feminina”.

E as mulheres cis passam pela mesma situação diariamente, nós sabemos. Será que os homens não percebem o quanto isso é absurdo e ofensivo?

Tudo isso me fez pensar: Pra quê eu vou ajudar esse grupo que só tem me dado tapa na cara depois da transição? Que sequer tem a humildade de admitir que falou algo ofensivo ou transfóbico porque na cabeça deles eu não deveria me ofender com isso?

Opa, quem determina o que ofende ou não é o oprimido, não o opressor!

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E o pior, por que eu vou continuar ajudando essas pessoas que insistem em dizer que eu “virei mulher”? Sendo essas mesmas pessoas as que não admitem ouvir que “viraram gays”?

Será que o movimento GGGG, ops, “LGBT”, merece continuar recebendo minhas contribuições?

Lógico que eu vou ouvir: “Nossa, Sarah tá se ACHANDO agora, só porque se assumiu trans acha que é a última Coca Cola do deserto”.

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Não, meus amores, eu sei do meu valor, eu sei quantos leitores eu já ajudei com meus posts, minha caixa de e-mail e os comentários aqui não me deixam mentir, eu tenho um papel importante na cena LGBT.

Porém, repensei, conversei com o Dé e outros leitores e tal. E cheguei a conclusão de que, por mais que eu receba pedradas e muita misoginia dos gays aqui, não posso fazer como a sociedade (que julga todas trans como marginais, safadas, dissimuladas e criminosas) e julgar todos os gays a partir de meia dúzia de comentários maldosos.

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E por isso resolvi voltar, um pouco diferente, mas tentarei manter o mesmo humor, sagacidade e empatia que vocês já conhecem e adoram.

Espero que curtam a nova autora do blog ❤

Os gays e os MMO’s


gamer girl_1Ah rá! Finalmente, atendendo a pedidos, um post sobre o comportamento das viadas nos MMO’s, ou como eu gosto de chamar carinhosamente, o comportamento das MMOnas.

Pra quem não sabe, MMO ou MMORPG é a sigla para Massively Multiplayer Online Role Playing Game, ou seja, um monte de gente desocupada jogando junta online.

Só que se você não sabe nem o que é um MMO dificilmente você vai entender esse texto, pois é repleto de gírias de jogo. Esse post é extremamente específico para um grupo de leitores que me pede há anos esse tema.

WololoMas antes de falar qual jogo de MMO você é, eu queria fazer uma indagação: Por que a maioria dos gays jogam de healer? Na moral, ainda bem que eu não jogo com beeshas (as gamers são raríssimas no meu círculo social), porque das vezes que eu joguei foi uma hecatombe no Teamspeak (Skype das nerds) quando eu e outra bee falamos juntas que seríamos o curandeiro do grupo.

No meu caso sempre fui healer porque primeiro: Sou egocêntrica e adoro ser protegida pelos boys do grupo/ segundo: Ganho presentes sem precisar mostrar os peitos na hebecam / e terceiro: me sinto dentro desse vídeo do Youtube enquanto curo

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=y8XPrDKdC2s]

Além disso, engana-se quem acha que somos todos shemales, muitos de nós jogam de High Elf, Blood Elf, Gnome, entre outras raças super masculinas…

Enfim, vamos à nossa listinha?

Bicha Tíbia

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Eu até hoje não entendo por que tem gente que ainda joga esse jogo. Um amigo meu ama e se alguém falar mal ele chama pro X1 com a fúria de Marimar.

Basicamente pra mim uma gay que joga Tíbia ou tem mais de 65 anos e por isso perdeu a coordenação motora pra jogar um jogo 3D ou tem um Laptop da Xuxa em casa.

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Bicha WoW

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É a bicha rica bebedora de chandão, sim, ela joga MMO, e joga WOW porque Wow “seleciona pela mensalidade”. As mais elegantes adoram jogos pagos porque dificilmente os jogadores brasileiros de 12 anos vão poder logar via lan house e, por esse motivo, o World Chat não é repleto de homofobia e xingamentos.

E nem ouse falar que Rogue é balanceado perto dessa bicha, que ela vai voar no seu pescoço com mil prints de atack power e não vai parar enquanto você não admitir que Rogue é Overpowered e deveria ser nerfado pela metade.

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Bicha Ragnarok/Priston Tale

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Lógico que é a gay pegadora de dark room, porque só tendo muito pouca vergonha na cara pra permanecer nessas porcarias depois de anos de falidos.

Mas aí tem uma divisão, a bicha bonita pegadora de dark room joga Ragnarok 2, o remake, porque é saudosista e seleciona pela história do game, mas a bicha feia joga o ragnarok 1 mesmo, ela e mais um colega, sozinhos no server, no dark room, na vida social.

Vergonha nenhuma, Max

Vergonha nenhuma, Max

Bicha Perfect World/Forsaken World

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Sabe aquelas que tão quase cacuras, mas ainda vestem as roupas de quando tinha 18 anos? Pois é, essas são as bichas Perfect World: Ela tá vendo que o jogo já deu, não se atualiza, não criam classes novas, mas ela tá lá, todo dia, gastando rios de dinheiro comprando fashion no cash shop!

Sem contar a ideia totalmente deturpada de “mundo perfeito” que essas pessoas têm, né? Porque só num mundo perfeito mesmo pra alguém gastar 40 dólares num casaquinho pixelado sem cogitar suicídio.

Bicha Lineage

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Pedante que acha que um jogo que você precisa clicar pra andar com o bonequinho ainda tem algo a oferecer, só porque “foi o primeiro MMO do mundo”.

Pro nosso dia a dia ela é a definição da bicha gourmet: tá comendo galinha ensopada, mas só porque foi cozida como cozinhavam os monges tibetanos monobolas albinos, ela publica no instagrão e põe a legenda: “Pé de Galinha com Pasta tailandesa de curry verde e folhas de limão kafir”

Dar close is fundamental

Dar close is fundamental

Bicha League of Legends/Dota

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CALMA! Eu sei que não é MMO, é MOBA, mas vale entrar aqui. LoL e Dota representam as bichas virgens, gostam desses jogos porque o personagem já vem pronto e você escolhe a dedo com quem quer jogar… não é a definição exata da gay quando está esperando pelo seu príncipe encantado pra perder o cabaço?

E como toda história de virgindade, a gente sabe que ela vai terminar jogando de Sona (porque é bonitinha, mesmo critério usado na escolha do boy), vai levar um pau do Alistar na primeira moitinha e voltar toda rasgada pra casa, ou pra tela inicial do jogo.

Bicha Cabal/MU/Gunbound

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Ana Maria a.k.a. seu senso crítico sobre jogos

Bicha Random, ninguém na noite, entra e sai da boate e ninguém se lembra nem da cara. PFVR, eu nem sei porque não deram um tiro na cabeça de quem criou essas merdas.

Já viram as classes de Cabal? Pelo amor de Dels, aposto que sortearam palavras aleatórias no Roda a Roda Jequiti e formaram esses nomes dadaístas.

Bicha Tera/Guild Wars 2/Aion/Final Fantasy XIV

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Essas são as que sabem das coisas, antenadas, modernas, bichas xoxotas. Não há sequer um defeito para gongar quem joga um desses três jogos, são a definição de tudo que há de mais atualizado no mundo dos MMO’s.

Salvo Aion, que é antigo, mas é bom pras gays sociopatas, porque ô joguinho pra estimular chacina! Quem já jogou sabe que não tem chuca que segure o cagaço de quando você vê um bonde cheio de nome vermelho vindo em sua direção.

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Bicha Neverwinter/Rift

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Provavelmente uma bicha deficiente visual (sem ofensa aos deficientes visuais, me perdoem), porque só sendo cego pra não ver que esses jogos são mal-feitos, totalmente pay to win e… CARALHO, que sistema de dungeon finder é aquele que você numa party pega 5 dps e na outra 5 healers? Eu hein!

Bicha Star Wars

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Cadê parada? Cadê Manifesto LGBT? Cadê Marido? Cadê fórum?

Cadê parada? Cadê Manifesto LGBT? Cadê Marido? Cadê fórum?

A militante, isso porque Star Wars é o único MMO que permite o casamento gay. Tá, Tíbia também permite, mas só porque o jogo é tão antigo que o gênero dos bonecos só varia na roupa, todo mundo é igual no script.

Bicha Blade and Soul

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Me respeite

Me respeite

PUNHETEIRA DE HENTAI!

Meu argumento:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=nr_o9ngpb4Q]

Isso não é um game, é só soft porn!

E se você jogou todos? Você é como eu, uma bicha sábia, uma bicha que se fosse um NPC seria um Elder.

E você? Com qual jogo você se identifica?

p.s.: PFVR, esse texto é só uma brincadeira, não venham furiosas nos comentários dizer que eu sou noob e por isso não consegui jogar metade da lista dos que não curto!

Amo vocês, tá?

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Guest Post – As encubadas merecem respeito!


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BAFÃÃÃÃÃO!

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Esse post precisa de trilha sonora:

[youtube https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=sd_tWRq5uOI]

Antes de postar o e-mail da beesha, eu quero dizer que existe um problema de interpretação que ocorre toda vez que eu falo sobre encubados aqui no blog. Não, eu não tenho nada contra encubado, eu tenho contra quem pode deixar de ser encubado, mas permanece no armário por conveniência.

Não respeito essas pessoas, e não adianta pagar de ativista pro meu lado. Você é um parasita na luta LGBT, e usufrui dos direitos adquiridos por nós assumidos. Calado você já tá errado, impondo respeito você é uma piada.

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Você vai ser respeitado quando admitir que ser discreto não acrescenta em nada na causa gay e que a não-expressão da sua sexualidade produz genocídios diariamente contra gays que a expressam.

Afinal, ser discreto retroalimenta o desejo da sociedade de tamponar a homossexualidade (lembrando que “discreto” aqui se refere APENAS a esconder sua sexualidade, dar pinta não é a única forma de expressão da sexualidade. Você pode ser masculino como o He-Man e ainda assim se expressar).

Você vai ser respeitado quando se tocar que ser “discreto” é uma coisa, mas ter orgulho de esconder sua sexualidade e de passar incólume sob os olhos da homofobia é um desrespeito aos anos de luta dos LGBT.

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Incólume jamais!

Porém, o texto do nosso amigo é sobre encubados que são encubados por obrigação, seja família, emprego, religião ou violência do bairro onde mora, são pessoas que queriam muito poder se assumir, mas não podem.

Por VOCÊS eu tenho o prazer de lutar por uma sociedade que estar armário nem seja uma possibilidade. Tá? ❤

Segue o texto:

Eu não sou assumido e também não sou efeminado. Percebi durante muitas postagens e também nos comentários, uma certa raiva com quem está no armário.

É sobre isso que eu queria falar, ASSUMIDOS VS ENRUSTIDOS. Se não me engano acho que até teve algum post sobre preconceito de gays contra gays (devo ter lido há muito tempo, se não foi no blog, me desculpe), mas do ponto de vista do preconceito que os assumidos/efeminados sofrem dos enrustidos/discretos. Eu concordo que essa discriminação existe, e que parece haver um abismo entre os dois grupos, mas eu não acho que quem é assumido vê o lado de quem tá no armário.

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Um dos motivos que grande parte dos enrustidos não suportam assumidos/afeminados é o amor que eles tem de chutar pra fora quem tá no armário. Cada um tem seu tempo e suas circunstâncias. Não dá pra impor uma decisão que foi boa ou funcionou pra você pra todo mundo.

Cansei de ver assumidos entregando enrustidos em festas, no trabalho, na faculdade, em mesa de bar. Um ex-namorado meu foi expulso de casa, porque um vizinho assumido contou pros pais dele que ele era gay.

Não entendo porque fazer isso, às vezes até parece que quem é assumido esqueceu que um dia também esteve no armário. Como querer reclamar de uma sociedade que não te entende, se você não tá se dando o trabalho de querer entender quem é igual a você? Ou nem ao menos se por no lugar?

Engula, beesha!

Engula, beesha!

Eu sei, dá pra querer dizer que o inverso também é válido. Porque o enrustido também não entende quem é efeminado? Aí já é diferente. O enrustido está em negação e na maioria das vezes ele não aceita a condição que tem, quanto mais aceitar a de outro.

Poxa, dá pra realmente querer condenar alguém que está tentando fugir da rejeição, do sofrimento e do preconceito? Ainda que se diga que não dá pra fugir pra sempre, mas como já disse, cada um tem seu tempo e suas circunstâncias.

Muitas vezes vejo pessoas que eu sei que são gays, sendo homofóbicos em adiantamento quando chega um efeminado, meio que como uma forma de defesa, ou pra tentar ao máximo disfarçar e o cara efeminado não sacar qual é a dele. Todo mundo sabe que é assim que funciona, aparece uma pintosa na beira dos enrustidos e eles todos ficam desestabilizados e em estado de choque.

Pode ter alguém que discorde, mas isso contribui muito para a homofobia (todo mundo sabe que a maior parte dos homofóbicos gosta da fruta). Eu acho que esse abismo entre assumidos e não assumidos é muito mais sério que o abismo entre a comunidade GLBT e a sociedade

Por que se os iguais não se põem uns nos lugares dos outros e se respeitam, como exigir que quem é diferente vá fazer?

É a mesma história de homofobia internalizada? É! Mas se vocês parassem com essa putaria eu não teria motivo pra falar, né?

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Nova Coluna: Teorias Polêmicas sobre a Homossexualidade


Como prometido ontem, hoje eu vou começar uma coluna nova sobre Teorias Polêmicas sobre a Homossexualidade. Vou contar aqui pra vocês várias teorias no mínimo engraçadas sobre a homossexualidade.

Vão rolar teorias da Psicanálise, Behaviorismo, Espiritismo e até das religiões de matriz africana.

A primeira, pegando o gancho no post de ontem, é: Sob o ponto de vista da Psicanálise, por que os homens gays têm tanto pavor de vaginas?

Então senta pra gente estudar

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Nada desse texto é meu, tudo é basicamente uma compilação de uma série de artigos que li sobre pensadores que têm recalque com a Psicanálise.

Antes de começar vamos ler um texto de Lacan (discípulo de Freud) sobre o assunto:

Para os gays, a mãe mostra ter sido a lei para o pai num momento decisivo, no momento que a intervenção proibidora do pai deveria ter introduzido o sujeito na fase da dissolução de sua relação com o objeto do desejo da mãe, é cortado pela raiz qualquer possibilidade de ele se identificar com o falo (pênis), o sujeito encontra na estrutura da mãe, ao contrário, o suporte, o reforço…que faz com que essa crise não ocorra.

Ou seja, em vez de perder o desejo pela mãe (e passar aí a procurar outra mulher) ele se apega ainda mais a ela, como um exemplo de comportamento, num momento que deveria acontecer com o pai a identificação e a rejeição da figura masculina, por esta ter proibido o desejo dele pela sua mãe.

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Nossa, não entenderam nada, né?

Basicamente ele quis dizer que a figura do pai e da mãe (que não precisa ser do sexo masculino e feminino) tem papeis distintos no desenvolvimento da criança. O pai simboliza a figura da lei, das regras, e é o antagonista da relação do filho com quem faz o papel da mãe, a protetora, por quem o menino é apaixonado na infância.

Tá, tudo isso é contestável, porque se formos pensar numa relação feminista, mãe e pai não dividem esse papel da mesma maneira e, segundo essa teoria, todos filhos de feministas deveriam ser beeshas. Mas não são.

Aí vem a bomba, o motivo do medo da vagina:

Como o menino percebeu que a mãe ditou a lei ao pai, e ele sabe que também é homem e tem o falo, vê na vagina o medo de ter o seu falo engolido do mesmo modo que o falo do pai foi engolido pela mãe (tudo isso no universo simbólico)! BAFO!

E daí ele desenvolve não somente uma aversão, mas um PAVOR da vagina comer seu falo, seu pênis.

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E tem mais! Ainda segundo essa teoria, o homem gay procura o pênis no parceiro porque vê nessa relação a possibilidade de fazer o papel feito pela mãe na relação dos pais: Comer o falo do parceiro assim como a mãe comeu o falo do pai.

E deveria ser o contrário, ele deveria procurar uma mulher para fazer o papel de lei que é feito normalmente pelo pai, mas no caso dos gays foi feito pela mãe.

Procurando o falo

Procurando o falo para comer

Lembram quando fiz aquele post sobre homens trans e quando eu disse que eles tinham vagina, vocês quase morreram? Pois é.

Claro que vamos encontrar inúmeras exceções à regra, mas é uma das explicações desse pavor que alguns gays tem da vagina, a ponto de tecerem comentários ofensivos sobre ela sem NUNCA ter nem tocado em uma perereca.

Mas e vocês, o que acharam dessa teoria? Polêmica, néam?

p.s.: Isso é UMA interpretação da teoria, gente! Vão existir outras várias, não venham me xingar caso você seja da Psicologia e não concorde, tá? Esse texto é um deboche não com a Psicanálise, mas com teóricos que levam os textos de Freud ao pé da letra.

Por que os gays têm medo de envelhecer?


ATENÇÃO: Antes que encham o meu saco, nada aqui é regra, só uma especulação filosófica. Você pode ser exceção sem precisar desqualificar meu texto dizendo isso nos comentários.

Ninguém tá nem aí pra sua alma jovem

Ninguém tá nem aí pra sua alma jovem

Envelhecer, do ponto de vista psicológico, é uma delícia. Você ganha mais experiência, fica mais esperto e até no sexo tem consequências maravilhosas: Quem já trepou com homem mais velho sabe a eternidade que eles conseguem segurar o orgasmo.

Mas por que, mesmo assim, os gays (principalmente os passivos) têm pavor de passar dos 30 anos?

Desculpa, gente, Rita Cadillac está bravíssima com esse post sobre velhice

Desculpa, gente, Rita Cadillac está bravíssima com esse post sobre velhice

article-1393400-0C5B2A8200000578-139_306x705Nós já sabemos que o meio gay masculino segue um padrão hegemônico de beleza: Homem forte, jovem e másculo. Isso porque esse ideal é o que mais se aproxima do que se entende como homem heteronormativo.

O homem heteronormativo é o padrão que atrai a maioria dos gays por um motivo simples: Fomos criados por héteros (ou por pais gays criados por héteros, caso você seja filho de gays) e estamos inseridos numa sociedade hétero. Desse modo, nossa noção do que é ser homem é baseada na visão deles, nos valores deles.

Por isso, não é de espantar que absorvamos esse padrão como ideal.

Até aí tudo bem, isso não é novidade pra ninguém.

Antes de começar a falar do cagaço que vocês têm de ficar cacuras, vejam a matéria abaixo:

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Sexo casual causa depressão? Lógico que não!

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A culpa não é do sexo casual. Desde muito novos somos submetidos a um ideal de felicidade que envolve constituir uma família.

Não importa pra onde você olhe, seja filme de romance, novelas e até mesmo em propaganda de margarina, vende-se a felicidade enlatada sob a forma de cônjuge e filhos.

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Eu e meu boy vendo filme

“Felizes para sempre”, sempre no plural.

Sendo assim, é de se esperar que uma pessoa que somente viva relacionamentos de uma noite (ou que não faça sexo com ninguém) se sinta longe desse ideal e, portanto, sinta-se depressiva. Não é uma regra, mas é a maioria.

Vocês amam esse filme, né? É UMA MENTIRA!

Vocês amam esse filme, né? É UMA MENTIRA!

Voltando a falar dos gays…

Enquanto o homem heterossexual vê sua vida sexual começando aos 30 anos, o gay fica cada vez mais desesperado quando essa idade se aproxima.

Se o gay sabe que o padrão de beleza exige que você seja jovem para ter maior probabilidade de ESCOLHER o namorado ideal, daí vem o medo de ficar velho.

[As vezes que você ficou offline quando o boy disse ter mais de 40 não me deixam mentir.]

Sim, escolher, ninguém pretende sobrar como a última opção e nem quer ser obrigado a ficar com o primeiro que aparecer.

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Eu fico, Max

Até a puta só foi feliz depois do casamento

Até a puta só foi feliz depois do casamento

Não é o medo de ficar feio, até porque a gente sabe que tem muito homem de 40 aí com cara de 20. É o medo de não conseguir mais pegar quem quiser e ter menos chances de arranjar um marido para casar e ter filhos, uma vez que o padrão exige a juventude.

Não é à toa que muito gays com mais de 30 anos se arrependem amargamente de não terem agarrado as oportunidades de relacionamento que tiveram na juventude. Na hora bate aquele desespero diante da possibilidade de morrer sozinha e seca.

Enquanto isso, hétero nenhum está preocupado… nenhum homem hétero, né? Isso porque a sexualidade do homem hétero está vinculada ao poder aquisitivo, mais provável de ser atingido depois dos 30.

E for passivo? Coitadas, piorou!

Com a competição desgraçada que existe entre nós, é lógico que quanto mais velho você ficar, mais você se afasta do padrão e menos opções de escolha você vai ter.

Sem contar a ideia sexista de que o passivo deve transbordar juventude para ser atraente, assim como acontece com as mulheres. As pobrezinhas quando envelhecem são tão execradas que existe uma categoria só pra elas: “Mariconas”.

Por outro lado, já vi inúmeros ativos dizendo que só vão pensar em relacionamento depois dos 30. Assim fica bem óbvio como o machismo afeta nossas relações, não é verdade?

A espada da realidade, na sua cara!

A espada da realidade, na sua cara!

E vocês? Por que têm medo de envelhecer?

Dica para as estudiosas


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Acho que já falei desse grupo aqui no blog, mas acho importante repetir.

É o GEPSs – Grupo de Estudo e Pesquisa em Sexualidades, ministrado pelo professor, e meu fofíssimo orientador, Alexsandro Rodrigues. Lá a gente discute temas como preconceito, diversidade de gênero, feminismo, sexo, psicologia, entre outros.

Então, queria convidar vocês a participarem dos nossos encontros, independente de você estudar na Ufes ou fazer alguma faculdade, não importa, o legal é que você compareça, mesmo que seja só para ouvir e aprender.

Nossos encontros acontecem todas as quartas-feiras, às 18h30 , na sala 21 do IC-IV.

Pra quem for dar uma passadinha lá hoje, dia 17, fica a dica da discussão da semana:

Documentário: “Olhos azuis

O sociólogo Eduardo Gianetti é quem faz a apresentação deste documentário sobre preconceito. O vídeo acima, intitulado Olhos Azuis, trata da experiência feita pela professora estadunidense Jay Elliott, sobre pessoas que promovem discriminação colocadas na situação dos discriminados.

Algo que poderíamos chamar de “espelhar a situação”, para a pessoa sentir literalmente na própria pele o que é viver o preconceito, o racismo e a discriminação. De fato, uma maneira engenhosa de fazer o outro se colocar no lugar do outro. E que pode ser utilizada não apenas quanto ao preconceito e racismo, mas com outras formas de discriminação, como sexo, política, religião, obesidade, deficiência, bullying etc.

Seja a senhora hétero, gay ou estudante encubada de engenharia, apareça, serão todas bem-vindas.

Sem contar que vocês terão o prazer de me ver sendo linda, engajada e debatedora ao vivo e a cores. Isso não tem preço, néam?

Para mais informações, clique AQUI

Androginofobia?


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Estou em Vitória desde domingo, vocês devem ter percebido pela minha presença nos comentários. Não postei nada ainda, mas tenho uma boa razão pra isso.

androginia 5Acho que nunca peguei para falar desse assunto aqui no site. Provavelmente porque sempre achei que não interessaria a ninguém, uma vez que é um assunto que envolve um grupo tão pequeno de pessoas que poucos leitores se disporiam a ler sobre.

Mas recentemente estive conversando com uma grande fã do site e ela me sugeriu falar desse tema, pra ajudar esse grupo que, mesmo pequeno, precisa saber que existe gente boa por aí que não nos vê apenas como aberrações de gênero.

Só que vocês devem estar se perguntando:

Por que só agora, depois de 4 anos de blog, Max resolveu falar do que ele tem de mais marcante?

Justifico com a minha viagem a BH que fiz nessa sexta-feira. Como disse NESSE post, não vou mais postar os Babados, confusões & gritarias, e não vou mesmo. Só que dessa viagem eu preciso selecionar uma coisinha pra discutir com vocês.

androginia 3Não tenho essa aparência à toa, e muito menos forço para construí-la. Tenho um probleminha na minha gônada chamado hipogonadismo (você pode clicar aqui pra ler mais) e, por esse motivo, produzo metade da quantidade normal de testosterona de um homem adulto. Daí, não desenvolvi totalmente as características sexuais secundárias masculinas.

Voltando a falar sobre a viagem…

Como estava bem longe da minha cidade, resolvi fazer uma coisa que sempre tive vontade, mas nunca tive coragem: vestir um short pra sair na noite!

Só isso?

Só isso?

androginia 4Hahahaha, calma! Não me julguem ainda! Eu sempre morri de vergonha de vestir shorts, minhas pernas são muito brancas e morro de medo de me desviar da androginia, pelo medo do preconceito e também porque não me identifico como trans. Então, se o máximo que posso chegar é na imagem de uma sapa masculina, tento me manter assim.

Acontece que onde eu ia recebia elogios, inclusive dos meus colegas de sala que viajaram comigo. Desde a padaria onde fui comprar uma cerveja pra começar a esquentar, até os cachaceiros do bar que, mesmo de forma vulgar, não viam a minha imagem como algo ruim.

Entretanto, quando cheguei em Vitória dei de cara com esse comentário na caixa de spam:

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Eu, enquanto sou criticada:

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androginia 2Esqueça a parte que ela viaja na maionese e fala em me processar porque comentei sobre a boate nova que vai abrir em Vila Velha (que amanhã vou postar mais informações quentíssimas) e se foquem no “SER INDEFINIDO” que ela usou pra me categorizar.

De todos os ambientes que já frequentei, e por ambiente você pode incluir até mesmo puteiros, os únicos nos quais sofri preconceito quanto a minha aparência foram nos meios GLS.

androginia 1Por alguma razão, que eu não sei qual é, a maioria dos gays afeminados tem o mais absoluto ódio de andróginos. Digo gays afeminados porque somente sofri esse tipo de preconceito de um único gay masculinizado, que depois fiquei sabendo que ele se arrependeu do que falou e disse aquilo porque era encubado e eu representava a liberdade que ele queria ter, mas não podia (foi perdoado).

E eu pergunto pra vocês, por que todo esse preconceito? Pra vocês terem noção, eu mal posso ter a auto-estima de valorizar a minha própria aparência sem ser criticado por essas pessoas, como se fosse um crime ideológico se sentir bonito tendo a aparência de ambos os gêneros.

De cara muitos podem pensar:

“Max, é lógico, tá muito claro que é recalque, principalmente porque advém de beeshas afeminadas que matariam pra ter sua aparência”

Não! Não podemos ser tão simplistas assim, até porque tem beesha afeminada bombada que ama ser bombada. Acho que isso vai muito mais além.

Tenho duas teorias, uma pensada por mim e outra pensada em conjunto com um amigo meu psicólogo, mas elas não são opostas.

A minha teoria, depois de tantos anos ouvindo críticas, é a de que o gay andrógino representa para esses gays preconceituosos a imagem que eles deveriam ter para que a pinta que eles dão fosse condizente com a aparência.

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Por exemplo, dificilmente sou ridicularizado em ambientes heteronormativos por ser feminino. Isso porque, para essas pessoas, espera-se que alguém com a minha aparência tenha um nível de feminilidade.

Aliás, sou ridicularizado sim quando tento masculinizar meus trejeitos.

Credo, Max, você falou que nem homem agora! Tomei até um susto!

androginia 7Em contrapartida, esses gays que são “apenas” afeminados sofrem muito mais que eu por serem afeminados, e a situação é ainda pior se eles são altos, fortes ou têm uma aparência bem masculina.

Enquanto essa galera é considerada caricata, vide Vera Verão, eu passo despercebido aos olhares machistas porque soa “natural” que alguém com o meu rosto e corpo não seja “macho”, mas não soa natural que um homem com corpo e cara de homem saia desmunhecando por aí.

E indo mais profundamente nesse babado, podemos perceber também um problema com a questão da “identidade” da bicha dentro do seu universo.

Assim como o gay desconstrói a ideia do homem normal e o homossexual desconstrói a lógica da heterossexualidade ser a norma… o andrógino desconstrói e INdefine a afeminada, porque ele vai além e quase toca na linha finíssima que separa a pintosa da transexual. Linha essa que elas lutam o tempo todo pra manter em pé, separando, definindo, categorizando.

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E se o “ser” se define a partir da negação do outro (eu sou isso porque não sou aquilo), o andrógino entra aí como um outro que “é e não é” e, portanto, não pode ser incluído nem execrado, daí tamanha confusão e rejeição.

O andrógino não se encaixa nos padrões estabelecidos e perturba a noção de identidade que demorou tanto tempo para ser construída. Por isso gera tanto transtorno.

Compreendem a lógica? O que pensam sobre esse tema?

Você já sofreu bullying na escola?


ahahahaha

maão na xoxotaLógico que já! Mas o título foi mais pra chamar a atenção, a minha pergunta nesse post é outra, e queria o feedback de vocês.

Não sei se vocês sabem, mas agora desbandei pro lado da Licenciatura em Biologia. Comecei as estudar sobre o assunto e me identifiquei demais, mas principalmente senti que como professor de Biologia eu teria o poder acabar com preconceitos lá no comecinho deles, fazendo uso de argumentos científicos e quebrando o caralho todo diante da discriminação… até levar um tiro no peito.

O que eu quero saber de vocês é: Como foi a experiência de vocês com o bullying?

NinfaDigo, eu tenho certeza que muitos aqui se sentiram desamparados diante do pau no cuzismo de um professor, que ficou calado enquanto a sala toda te chamava de viadinho ou Maria João toda vez que você abria a boca, certo?

Eu sofri bullying pra caralho na infância, afinal, era praticamente uma ninfa virgem e delicada que vivia num tronco de Carvalho. Cada movimento meu era seguido por um som de harpa, de tão feminina.

Mas meu cu, cresci e virei o satã, o saci de patinete.

Só que pra isso eu precisei desenvolver meus próprios argumentos, ler por mim mesmo, pesquisar formas de bater de frente com o preconceito.

Porque se eu fosse depender de professor, os alunos fariam uma fogueira no meio da sala pra queimar a bicha herege.

ai meu deus

Depois surgiu uma outra beesha, mais beesha que eu (se é que isso é possível!) e um pouco menos informada. Aí o foco foi voltado pra ela e saíram um pouco do meu pé.

O que não quer dizer que eu não dava bafão pra defendê-la, dava sim!

Quê qui éam que você tá falando da minha amiga?

Quê qui éam que você tá falando da minha amiga?

Baseado nisso, me respondam nos comentários: Como você fazia pra se defender do bullying? E seu professor, batia de frente com os alunos ou deixava você levar pau?

Respondam também a enquete abaixo (tudo pela ciência, bee!):

Gatos são vadias… e viados!


Gente! Li um texto sensacional e PRECISO dividir com vocês!

É sobre Feminismo (novidade), e faz uma analogia entre gatos e mulheres vadias. Mas acho que isso pode se estender também para nós beeshas.

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Vamos ler?

gatos

continue

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Mereceu o Selo Preguiça do Amor!

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escuseVai me dizer que não se identificou com o texto? Principalmente na parte que ela diz que gatos “esfregam-se, massageiam, fazem charme, rebolam, lambem”, nos definiu!

Apesar da autora falar de mulheres, nós podemos sim incluir os homossexuais nessa intolerância à liberdade de expressão. Mais ainda as beeshas pintosas, que são a representação visual dessa sexualidade inaceitável, tanto quanto a mulher de vestido curto.

Mas você deve estar se perguntando: Cachorros também lambem, rebolam, seduzem, mostram as partes íntimas.

Só que cachorros são submissos à vontade do dono (lê-se sociedade) e logo colocam seu rabinho entre as pernas diante do menor sinal de descontentamento (lê-se encubado que esconde a pinta).

No final das contas, a sociedade quer que sejamos cachorros: Dependentes da aprovação e das regras dela.

Não, minto! Eles até aceitam que sejamos gatos, mas gatos adestrados pelo Cesar Millan – que aliás não aguento mais ver a cara no Animal Planet.

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Entón, solte essa leoa que tem dentro de você, bee!

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Vemk meu nêgo

O que gays, judeus e leprosos têm em comum?


Não, eu não fumei maconha, a comparação também me pareceu maluca ao primeiro contato. Então vamos dar uma olhadinha no vídeo abaixo?

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=H9GhxmmpY4s]

Hoje a gente percebe o quanto foi absurdo o que fizeram com os leprosos e os judeus, será que teremos que esperar que aconteça o mesmo conosco para que a sociedade acorde para a violência que os gays sofrem, violência essa que só aumenta?

Acho que não, né? Então aproveita que na nossa época a comunicação é mais fácil que nos períodos anteriores narrados no vídeo e compartilhe esse vídeo na sua timeline, na sua casa, no churrasco de família, no banheirão da sauna, em qualquer lugar que você possa influenciar uma pessoinha que seja a passar isso adiante.

Guest Post: Você sabe o que é Gouinage?


pimentaOntem falei sobre a importância do sexo na vida das pessoas. A discussão foi gostosíssima nos comentários do blog e no Facebook.

Entretanto, um leitor me mandou um e-mail interessante sobre um subgrupo que eu não fazia ideia da existência: Os Gouine.

Não sabe o que é? Nem eu, então vamos deixar que o B., gouine confesso, nos ensine:

Hora de aprender!

Hora de aprender!

manual+preliminares+preco+promocional+aproveite+tamarana+pr+brasil__7554F1_2Querido Max venho através deste e-mail parabenizar seu trabalho e dedicação ao blog, sou seu fã e me divirto e me informo muito com suas postagens.

No post “Qual a importância do sexo na sua vida?” você como sempre deu show, mas não mencionou a galera que é Gouine. Eu sou gouine e sofro preconceito, porque no mundo sexual gay você tem que ser ativo, passivo ou versátil, e nós gouines não curtimos nenhum tipo de penetração.

amor_005_preliminares_tiras3Curtimos o que a maioria chama de “preliminar”: são os beijos, amassos, oral, carícias, lambidas, que se alternam ate o ápice final, o orgasmos. É muito prazeroso e não precisa desempenhar nenhum tipo  de papel (ativo ou passivo), basta ser você mesmo e curtir o corpo do parceiro. Inclusive, eu acredito que nós gouines somos mais carinhosos e priorizamos o prazer com carícias, beijos,  toques e etc, além de poder se relacionar com todo tipo de pessoa.

Para me relacionar sexualmente eu digo que só curto preliminares, porque não conheço mais nenhum gouine aqui do ES.

gouSó queria que você divulgasse o que vem a ser gouinage, tenho certeza que muitos dos seus leitores são como eu, e para se adequar ou se relacionar se camuflam ou se moldam como a maioria.

Por falta de informação e conhecimento do meu caso, até pouco tempo nem eu sabia que o que eu era tinha nome e muito menos praticantes. No Facebook e no extinto Orkut têm páginas que tratam do assunto, na internet tem alguns blogs que abordam e explicam o que é ser gouine.

“Não sei para vocês do grupo, mas para mim foi complicado entender o que realmente era, sabia que não era hétero, porque sentia atração por garotos e corpos masculinos, então tive uma identidade: eu era gay.

Mas ao chegar no mundo gay, não me enquadrei em nenhum posicionamento sexual praticado por eles, pois não era passivo, ativo e nem versátil, por um momento achei que era assexuado, mas isso logo caiu por terra porque sentia desejo sexual, libido, tinha ereção e me masturbava.

Comecei a pesquisar na net e descobri que não era único na terra, era gouine. Mas até hoje só conheci e namorei um cara que era igual a mim, há um tempo terminamos e eu continuo buscando alguém para dividir minha vida e ser parceiro no sentido literal da palavra. Enquanto isso não acontece, me relaciono dizendo que só curto as preliminares. Mas namorar fica complicado, pois a maioria quer penetração.”

E alguns links que gostaria que você divulgasse:
http://baphaoqueer.blogspot.com.br/2011/12/gouine-sexo-sem-penetracao-voce-curte.html

http://www.homorrealidade.com.br/2011/05/onda-gouinage-gays-que-preferem-outra.html

Desde já agradeço o seu carinho e tempo dedicados a nos gays capixabas, super beijo!

Comentários do Max: Tudo isso é, no mínimo, curioso. Uma vez saí com um rapaz que veio com essa história de só gostar de preliminares.

Achei aquilo muito estranho, confesso que não compreendi e até me senti incomodado, pensando que ele não estava satisfeito com meu corpo, por mais que ele fosse o parceiro que mais me tocou em toda a história da minha vida sexual.

Tenho certeza que alguns de vocês já passaram por essa situação, por isso, em vez de gritar pros quatro ventos: “Como assim você não quer sexo? Pessoas matariam pra colocar o pinto dentro deste corpo delicioso, bêu abor”, procurem conversar com essas pessoas sobre o tema acima.

body ody ody ody

body ody ody ody

Quem sabe você não ajuda uma alma perdida que não conhece o termo, e de quebra consegue um lugarzinho no Limbo?

Sim, no Limbo, porque no céu beesha não entra nem com nome na lista.

p.s.: Existe um grupo Gouine no Facebook, clique AQUI para entrar.

Kooriosidades – Na Cama com Max [Tema: Gays e Misoginia]


Sentiram falta do Kooriosidades? Aposto que sim!

Vocês perceberam que eu dei uma diminuída na quantidade de postagens da coluna, mas foi por uma boa causa: Eu estava recebendo uma quantidade absurda de e-mails de bee’s me perguntando apenas como arrumar um namorado. Mandavam Facebook, diziam suas qualidades e me indagavam o motivo pelo qual não conseguiam namorar.

E eu digo pra todas: Eu não sei! Aliás, essa é a grande pergunta da maioria das pessoas que estão realmente interessadas em relacionamento, mas infelizmente esse é um grupo muito pequeno diante da quantidade de pessoas que tiveram desilusões amorosas e hoje não querem mais nada sério.

Mas vamos ao tema de hoje. Dessa vez eu recebi um e-mail muito fofo de uma leitora heterossexual (leitora mulher mesmo, tsá?). Nesse e-mail ela conta o quão militante da causa gay ela é e não entende por que muitos gays a tratam mal só pelo fato de ter uma vagina.

Vamos ler?

Oi max, belezinha?

Primeiro queria dizer que sou fã do Babado Certo, daquelas que entra no site todo dia e fica chateada quando não tem nenhum post novo. Sua fã em especial.

Meu nome é Amanda (nome fictício), 32 anos, casada há 4, considerada muito gay pelos meus amigos.  Existem pencas de mulheres assim, expansivas, comunicativas, viadas, defensoras da causa, utilizadoras do pajubá, que naturalizam o mundo gay.

Enfim, eu sou mais uma dessas, só que legítima, de verdade, sem ser fake, sem forçar a barra, daquelas que só frequenta gays, que só tem amigos gays, que cresceu com gays, que tem uma linda irmã sapa pau de mel. Dessas que pode zoar os amigos gays a vontade, porque possui permissão e licença poética… e é recíproco.

Vamos a minha dúvida, quero muito saber sua perspectiva sobre esse assunto: por que nós mulheres somos TÃO maltratadas pelas gays? Até que você vire amiga da gay, a única coisa que você, mulher, merece é coió! Tá chato isso já!

Ainda mais essas bees ninfetinhas, que não são da minha geração, que estão tomando conta de vitória. até parei de sair! Deixa eu explicar melhor: Eu era frequentadora assídua da Move, antes de casar. Que época boa, como fui feliz naquele lugar! Peguei todas as pessoas de Vitória!

E como eu fui maltratada também! Alguns meninos não têm nenhum respeito pelas “rachas uó”, são grosseiros, esbarram na gente de propósito e tal.

Tô magoada desse jeito porque esses dias fui ao casamento da minha amiga, ela foi jogar o buquê, as viadas toooodas correram pra pegar, eu achei a cena muito engraçada e divertida, botei maior fé!

Bichinhas passando correndo excitadíssimas do meu lado, eu, que dou bom dia a cavalo, quis interagir, na maior naturalidade, disse: “calma gente!” mas rindo, me divertindo.

A beezinha virou pra mim e disse, como um demônio: “EU ESTOU FALANDO COM ELE”, e virou o pseudocabelo tipo a Beyoncé! Com desprezo! porra, precisa? A gente tá num casamento de uma pessoa em comum, que a gente ama, que só deve ter chamado gente que ela gosta, só isso já dá pra desarmar!

Tenho um amigo muitíssimo inteligente. Cabeçudíssima a passiva, produz pensamento igual a fazer café, tem uma linguagem técnica que muitas vezes não acompanho, “o mundo pós moderno isso, o neoliberalismo aquilo”. e de quê adianta? Misógino! Menos comigo, que sou “amiga”.

Muitas vezes ele já me ofendeu dizendo ter nojo de buceta, que buceta é extremamente nojento. porra, nojo? isso é pesado!

Fala sério! Buceta não é nojento! Pessoas são nojetas, outras pessoas não são! Algumas são asseadas, outras não. Esse argumento de que se a pessoa não gosta de mulher, por exemplo, a coisa torna-se asquerosa é vazio. Pra mim é exatamente isso que os gays sofrem, esse tipo de argumento. que gay é nojento, que beijo gay é nojento, não uma manifestação afetiva, de carinho.

Minha perereca é uma manifestação de carinho e beleza, não é nojenta!

Só não acho que ser mulher é, em nenhum momento, depreciativo, desqualificante, degradante. Óbvio que tenho várias teorias com relação a isso, como por exemplo não ser um ódio do nada, apenas um mecanismo de defesa.

Como héteros não têm uma placa na testa escrito “sou legal, relaxa”, na dúvida as bees ficam armadas, mas aí fodeu. Elimina um monte de possibilidades.

#Chatiada

Suprimi algumas partes do texto porque a amapoa é super falante e me enviou um rascunho da Bíblia. Delicioso, diga-se de passagem, mas eu sei que vocês são preguiçosas e não leriam tudo.

Então, eu estava conversando exatamente sobre isso com uns amigos enquanto estava lá no Rio. A misoginia entre os gays chegou num nível alarmante.

Pra quem não sabe o que é misoginia: Misos – ódio/Ginos – Mulher. É o ódio ou a aversão a mulheres. E não pense que héteros estão excluídos dessa categoria só porque fazem sexo com mulheres não, o machismo carrega consigo uma grande base misógina também.

in da box

E eu não vou me excluir dessa não, sei que muitas piadas que faço aqui com as sapas perpetuam esse tipo de aversão. Entretanto, existe uma diferença bem grande entre fazer piada e todo mundo saber que você está sendo sarcástico e fazer piada com a intenção de denegrir todo um grupo.

A minha teoria é que essa misoginia é um reflexo do machismo que nos afeta diretamente, afinal, o que os homofóbicos odeiam na gente não é a nossa sexualidade nem o que fazemos entre 4 paredes, mas sim a feminilidade que reside nessa sexualidade.

O gay abdica da sua “posição superior” de homem para se deixar prestar um papel social feminino, o ato de deitar com outro homem como se fosse uma mulher mesmo.

Nossa sociedade não admite que um homem se castre e tenha comportamentos de mulher, na cabeça dessas pessoas é um desrespeito com a “sorte” que você teve de ter nascido como o sexo dominante.

Ela também tem, e você ama!

Uma grande idiotice, é claro, mas infelizmente é assim que as coisas funcionam, e quando um gay é misógino ele está claramente se “vingando” daquela mulher que é a culpada do preconceito que ele sofre.

E para que ele mesmo não se sinta preconceituoso (afinal, o preconceituoso nunca admite o preconceito), faz o uso da sua sexualidade para focar seu ódio na vagina, não na mulher… como se a vagina não representasse exatamente isso, néam?

Uma outra abordagem interessante, sugerida por uma leitora nos comentários, é a de que o fato das mulheres terem vagina e, portanto, atraírem um número maior de homens, pode ser interpretado como uma ameaça por parte dos gays diante de uma possibilidade de pegação. Isso se refletiria também na aversão à mulher.

É muito comum esse tipo de preconceito reflexivo. Outro exemplo é a relação entre o Espiritismo e a Umbanda. Ambos são discriminados, mas ouse falar com um Espírita que a religião dele pode ser comparada à Umbanda pra você ver o diabo que ele vai virar.

E no final ainda terminará com uma frase do tipo: “É por causa deles que nós sofremos preconceito”.

Hummmm, Max, essa frase me é familiar!

E é mesmo! É a mesma frase utilizada por muitos gays que se consideram masculinos e que discriminam as bee’s afeminadas. O que faz com que ele discrimine a bee afeminada? A feminilidade dela, e de onde vem essa feminilidade? Das mulheres!

**BOOM**! Você tem aí sua resposta: O fato de um grupo sofrer preconceito não o exclui da possibilidade de ser preconceituoso quando essa aversão advém de um preconceito muito maior que o sofrido por ele.

P.s.: Mas por que os gays amam as divas? Muito simples, divas não são mulheres, são divas, e a categoria de diva as coloca numa posição superior dentre as outras mulheres.

É como se elas fossem uma mulher com pênis, basta observar que quando uma diva é muito poderosa ela é logo comparada a uma trava… opa! Então será por isso que gays respeitam muito mais travestis que transexuais?

É um caso a se pensar…

Tá com um dilema de natureza sexual, social ou médica? Mande sua dúvida para max_babadocerto@hotmail.com, e a Max consultará os universitários para tentar resolver o seu problema.

Beesha que é beesha, é feminina até no escuro


Vocês sabiam que os primeiros mamíferos eram noturnos?

Pois é, num mundo dominado por grandes dinossauros diurnos, a nossa tendência evolutiva foi a de desenvolver olhos maiores, bem como um olfato e uma audição mais aguçados. Tudo isso para caçar à noite (Tá vendo porque nos damos tão bem no darkroom?) .

E me parece que essa audição continua apuradíssima, cata a matéria:

No nosso caso, as palavras são “chiclete” e “caralho”. Não existe uma beesha que não fale chiclete fazendo bico e caralho sem puxar o “a”, algumas até abrindo os cantos da boca.

Tipo Patrícia Penosa falando “Itáliãm”:

Eu acho isso tudo uma grande bobagem. PRA QUÊ estudo e pesquisa se bastava ter ido no post do Babado Certo sobre o canto das Jubartes?

Precisa? Eu sei que não!

Culpa das vogais, é claro, essas malditas vogais que as bee’s não conseguem falar sem analasar.

Mas agora, graças aos cientistas norte-americanos que não têm mais nada pra fazer, tudo está relacionado.

Afinal, quem aqui não é “forte” e “larga”?

Large and in charge!

Via Super

Não sabem ainda em quem votar para vereador?


A votação é amanhã! Por isso, seguem os candidatos GLBT’s de estão a frente nas campanhas:

Vila Velha:

Serra:

Vitória:

Cariacica:

E em Nova Venécia, Moacyr Sélia Filho (Moa), a primeira transexual a ocupar um cargo político no país

Não adianta achar que seu candidato hétero vai colocar a causa gay como prioridade. Pois pra ele, que nunca sofreu homofobia, essa não é a maior preocupação.

Mas pra você é. Portanto, façamos como os evangélicos que só votam entre si, temos tanta força quanto eles, ‘GLBT vota em GLBT’ (e os pais, irmãos, tios, amigos próximos TAMBÉM!)

Via LGBT-ES