Poesia Bicha faz a cena no evento cultural “Sobreposições Transviada”


sobreposiçõesSobreposições Transviada chama para si o despudor, a falta de vergonha e o sabor em deliciar-se com tudo isso. A expressão nua do desejo é a máxima deste evento cultural em que protagoniza a Poesia Bicha, representando a produção artística e a vida que se transvia e transgride à normatização da identidade sexual e de gênero. No dia 7 de maio, a partir das 19h, na casa Atitude Inicial, em Goiabeiras, a Literatura Bicha conduz a noite e entra em cena em todos os momentos da programação. O espaço vai conectar exibição de vídeos, bate-papo com escritores e sarau de poesias, textos, fragmentos e rabiscos compartilhados com todos presentes no encontro. A recepção dos participantes fica por conta da música, performance artística e exposição de fotos espalhadas pela casa. Para dar o tom à Poética Bicha, nada melhor que quem vivencia e sente essa arte. Como convidados especiais da noite, os escritores Fabricio Fernandez, Anderson Bardot e Sérgio Rodrigo revisitam suas produções e se jogam em uma conversa sobre ser bicha e escrever como tal, contando suas experiências e suas conexões dentro desse movimento literário.

Os convidados:

Fabrício Fernandez, um errante performativo-transviado e transtornado, é pesquisador de culturas subterrâneas e derivas marginais históricas e contemporâneas, movimentador de ataques-queers-punk, produtor de cinekaus da diferença, potencializador em co-autoria com Juli Eznho, professor nômade e bicha. Publicou as obras “Nome Nenhum” (Ed. Multifoco, 2012, RJ); “Música no Corpo de Fuga” (Ed. Pedregulho, 2014, ES); “Monstro – Te levo até a Esquina” (Zine-romance, 2015) e está produzindo “Autobyographia em Pânico” (Juli Eznho).

Anderson Bardot é cantor e compositor, além de produtor cultural, escritor e estudante de audiovisual na Universidade Federal do Espírito Santo. Produziu o livro de poemas recém-publicado “Cavidades” (Secretaria de Estado da Cultura do ES, 2015)

Sérgio Rodrigo é jornalista, escritor, artista gráfico e pesquisador. Em 2016, lançará seu livro de estreia “A Boa Bicha”, pela editora Pedregulho. Alguns de seus trabalhos foram publicados em coletâneas, revistas e fanzines. Foi premiado no concurso de contos eróticos da editora Huapaya (2008). Criador e autor do blog Babado Certo. É doutorando em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Póscom/UFBA) e milita nas questões de gênero e sexo.

PROGRAMAÇÃO:
19:00h – Pode chegar e experimentar o que essa noite tem pra dar. Garantimos boa música e exposição fotográfica.
20:00h – Exibição de vídeos: saborear nossos vídeos e transviar-se com eles.
20:30h – Bate-papo Poesia Bicha: bichas escritoras em cena em uma conversa nada discreta.
21:00h – Sarau: Ler, transler, revirar-se ao avesso e ler. Tem poesia bicha sim!

A partir daí, a noite é um mistério, uma criança e o som tá liberado até as cadeiras aguentarem de tanto rebolado, sem hora pra acabar!

SERVIÇO:
O que? Sobreposições Transviada | Poesia Bicha
(no Facebook)
Quando? Sábado, 7 de maio,  à partir das 19h.
Onde? Atitude Inicial, Rua José Vivácqua, 653, Goiabeiras, Vitória

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Microretrato de viadagens no cinema


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“os acidentes de luz aqui (…) não afetam a ‘alma’, mas somente o corpo (…) cuja fatiga tem finalmente algo de delicioso, como acontece cada vez que é o meu corpo (e não meu olhar) que fica turvo”

Incidentes, Roland Barthes, 2004

Parte 1

Podemos começar com um pouco de história sobre cinema e viadagem. É que mais de 20 anos após o histórico movimento denominado pela crítica de cinema norte-americana B. Ruby Rich de New Queer Cinema – NQC, que se apropria do termo queer, uma expressão originalmente ofensiva a lésbicas, gays e transgêneros e complicada de traduzir para o português… é que há mais de 20 anos diretores assumidamente gays, no contexto Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, começavam a revisar nossa trajetória história em períodos eurocêntricos, como o monárquico, inquisitorial ou entre-guerras, além de atacar os macro-temas daquela época:

… estamos falando de 80/90, de tensões como a crise do HIV/aids e violências homofóbicas heteronormativas e interaciais. Um período em que a festa já bastante hedonista acontecia nos guetos e que se transgredia em alguns locais das ruas ou à deriva pela cidade (sendo, inclusive, judeu, negro, assassino ou ladrão); alguns, contestando mais que uma simples identidade gay mas o lúdico em uma indeterminação narrativa, isto é, uma sensibilidade do exagero, do artifício e, na realidade do mundo, por haver uma condição abjeta de estar completamente fora de setores dominantes.

Hoje, o cineasta Chico Lacerda questiona: eram realmente queer os filmes do NQC? Eles desafiavam as noções de gênero e de orientação sexual? Desconstruíam binarismo, como homo x heterossexual; feminino x masculino – e rótulos, como lésbica, gay, bi – disseminados à época? E nossos corpos e prazeres, como estão sendo pensados e não apenas tolerados? Nossos corpos desde a infância até a velhice, seja com o cara na praia, na pegação, na sauna, de mãos dadas na rua ou em nossas casas?!

Parte 2

Aqui, no país da tropicália e do cinema marginal, pós-60/70, embora não estivéssemos sendo representados por cineastas assumidamente gueis, temos em Casa Assassinada (1971, Paulo César Saraceni), uma bicha devorando as normas burguesas numa família com tradições coloniais. Ou Rainha Diaba (1974, Antônio Carlos Fontoura), a bicha enfrentando os machos criminosos no mundo do tráfico carioca, entre outras abordagens transgressoras não majoritárias mas importantes ainda de serem retornadas e exibidas. Até chegarmos nos anos 80/90, quando surge lá fora o New Queer Cinema.

Voltando a nós, nesta época estávamos atentos às representações homoeróticas no cinema brasileiro, fora de qualquer padronização, higienização, modelo de identidade guey ou código de conduta vigente em relação à raça e classe social. Isso porque de alguma forma dentro do cotidiano, glamoroso ou não, a cena estava aberta e as bichas já lacravam.

Vem Madame Satã (2002, Karim Aïnouz), com suas ambiguidades, a potência de um corpo negro, forte e feminino nos palcos da Lapa, seu empoderamento devorador das nossas brasilidades tropicais. Bicha afeminada, perigosa, criminosa e madame Jamací, “uma onça dourada, de jeito macio, de gosto duvidoso”.  Madame Satã é um personagem bem típico de um cinema brasileiro em termos da marginalidade, mas onde quem dominava mesmo eram os machos.

Isto é, também vemos uma cena sudaca em que na história do cinema brasileiro também pode ter havido algumas dualidades importantes de serem pensadas, como afirma B. Ruby Rich, referindo-se a um traço do cinema queer estrangeiro: “meninas contra meninos, obras narrativas contra experimentais, meninos brancos contra todo o resto, elitismo contra populismo, expansão de visões contra patrulhamento de fronteiras”.

Mas alô alô alô é carnaval; as bichas por aqui não param de lacrar…

Fabricio Fernandez
Integrante do ES Cineclube Diversidade; autor da trilogia-perfomance: Nome nenhum [ed. Multifoco/RJ); Música no corpo de fuga [ed. Pedregulho/ES] e Autobyographia em pânico [em processo]; jornalista livre e mestrando na Ufes.

Ensaio escrito ao som de https://maquinas.bandcamp.com/track/mofo

Livros consultados:
LOURO, guacira Lopes. O Corpo Educado. Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1999.
COLLING, Leandro. Teoria Queer, 2011. In: ALMEIDA, Maria Cândida Ferreira de
LACERDA, Chico. New Queer Cinema e o cinema brasileiro. In Mostra “New Queer Cinema: Cinema, Sexualidade e Política”. MURARI, Lucas; NAGIME, Mateus (orgs).: 2015.
MAFESSOLI, Michel. O instante eterno: o retorno do trágico nas sociedades pós-modernas. Tradução de Rogério de Almeida e Alexandre Dias. São Paulo: Zouk, 2003.
MORENO, Antônio. A personagem homossexual no cinema brasileiro. Dissertação de mestrado. São Paulo: Universidade Estadual de Campinas, 1995.
RICH, B. Ruby. New Queer Cinema. In Mostra “New Queer Cinema: Cinema, Sexualidade e Política”. MURARI, Lucas; NAGIME, Mateus (orgs).: 2015. p. 18-30.

Link dos filmes citados: 
Madame Satã: https://www.youtube.com/watch?v=jiuzETOkTFQ

 

A Casa Assassinada https://www.youtube.com/watch?v=elDrJ3sIsTI

 

12 de março, dia Municipal de Combate a homofobia em Vitória


A data, que já consta no Calendário Oficial de Eventos de Vitória, foi escolhida em homenagem ao dia da criação da entidade Triângulo Rosa, um dos primeiros grupos LGBT organizados do Espírito Santo. Algumas ações foram marcadas para promover a data:
livro
I Seminário de direito a diversidade sexual
Onde: Auditório do Ministério Público do ES – Rua Procurador Antonio Benedicto Amancio Pereira, 121, Santa Helena, Vitória/ES (próximo a praça do pedágio da 3ª Ponte)
Quando: 09/03
Horário: 13h as 18h
Ação de conscientização
 Em parceria com a Câmara Municipal de Vitória, o Fórum LGBT do ES fará panfletagem para sensibilizar a população sobre os males causados pela homofobia, bifobia e transfobia.
Onde: UFES
Quando: 12/03
Horário: 17h
Lançamento do livro Terra sem Males de Waldo Motta
Onde: Adufes- Associação de Docentes da UFES
Quando: 12/03
Horário: 19h
Veja o teaser do livro do Waldo Motta:

Waldo Motta (nome artístico de Edivaldo Motta, São Mateus, Espírito Santo, 27 de outubro de 1959) é poeta, ator, numerólogo, curador, místico e agitador cultural brasileiro, comumente ligado à geração marginal da década de 1980 e, mais especialmente, à de 19901 , e apontado como uma das mais representativas vozes da poesia brasileira no final do século XX e início do século XXI2 , ao lado de Fabrício Carpinejar, Angélica Freitas, Micheliny Verunschk, Frederico Barbosa, Cláudia Roquette-Pinto e Cuti (via Wikipedia).

Todos os fogos o fogo


Por Aloe Vera

Eu ainda me estranhava com o Rio — e a cidade comigo — quando conheci ele. O cabelo um pouco ralo, acima da testa, o rosto bonito, uma risada meio asmática. Tinha acabado de ser cuspido pelo fogo. Carregava a pele, em grandes porções, em luvas e compressas que, nunca soube como, deviam cozinhá-lo ainda mais naquele calor esquisito em pleno agosto. Me disse seu nome, desconfiei que era falso.

Veio me contar, dois encontros depois, que não se chamava assim, mas nem se deu o trabalho de me apresentar as digitais e assinaturas de sua identidade. Não que se fosse necessário. Ele — e tão somente o chamarei dessa forma — havia me perguntado, no dia anterior, se me incomodava com a pele retorcida e a marca de uma traqueoscopia, amarela e pálida, que se escondia sobre a blusa xadrez verde escura e seus botões — todos eles — aninhados.

Eu, na caligrafia do meu corpo, também tenho os meus garranchos. Sob a minha pele se escrevem diversas cicatrizes, algumas estrias, as veias se erguem — esverdeadas como a sua blusa — nas articulações em que ela se estende ainda mais esbranquiçada. Olho meu corpo, nu, em frente ao espelho e observo todas as minhas marcas. Ele, no reflexo, vê todos os fogos. A pele é quente, úmida, irritadiça como um temporal que marca as tardes abafada de verão.

Os verões que se estenderam por nós, se fizeram entre alguns beijos tímidos e uma cama velha, que rangia bastante, naquele apartamento apertado que o dinheiro me permitia alugar em Copacabana. Era num prédio de má fama, como os nossos corpos que não são dessas pessoas que, como lagartos, exibem os dorsos ao sol de Ipanema. São corpos comuns, papéis esquecidos dentro de uma gaveta, mapas antigos em que se inscrevem as fronteiras de países que já nem existem mais.

Todo corpo tem a sua cartografia, posta à prova pela ponta dos dedos, a superfície da pele, a aspereza da língua. A carne levanta-se e se dilui em certo ponto ou outro, enche-se e esvazia, num exercício topográfico que levanta, sob os ossos, um jardim suspenso de prazeres e tesouros desconhecidos prontos a serem descobertos entre lençóis e mordidas. Algumas barrigas erguem-se como vulcões extintos, as pernas esparramam-se como grossos pântanos. Em outro, comprime-se as cláviculas e navega-se sobre fundas depressões em que se deposita saliva e desejo.

Em vão vamos tentando redesenhar nossos mapas, descolar nossos tesouros de certas partes para esculpi-los como totens, carrancas, em músculos que precisam ser exatamente construídos como os livros de anatomia. Aos poucos, vamos descobrindo que todos os esforços são desnecessários. Nossos corpos são inúteis, vagabundos. Tem estrias, queimaduras, celulite, a pele ora é macia e ora áspera. Craveja-se de pontos pretos, de machucados, de arranhões.

A felicidade não consiste no corpo impossível, mas no que se faz possível a nossa frente. Naquele se dispõe a abraços, amassos, fluidos, encontros e dispersões. Todos nós fomos mastigados, cuspidos, escarrados pelo fogo.

Até sobrar só as cinzas.

Aloe Vera é correspondente internacional do Babado Certo no Rio de Janeiro.  Escreve sobre a cidade (que só tem viado), as distâncias de Vitória e as dores e delícias de encontrar Renata Sorrah na fila do cinema. Entre em contato com ela por meio de mesa branca, baralho cigano ou do e-mail a.loevera@outlook.com.

A atual prefeitura de Vitória é homofóbica?


por Dé

Segundo os organizadores do Manifesto do Orgulho LGBT do município, sim. Vejo o pronunciamento que eles postaram hoje no Facebook:

O Fórum Estadual LGBT do ES informa que vem encontrando resistência da Prefeitura de Vitória na liberação do alvará para o 9º Manifesto do Orgulho LGBT do município, programado para a tarde e noite deste domingo, 11 de janeiro. O evento, em que nunca foram registradas ocorrências policiais ou confusões em 8 anos de história, está tendo sua duração reduzida em 2 horas, um terço do tempo de festa.

Lembramos que sempre cooperamos e acatamos recomendações da prefeitura quanto à organização do Manifesto. Inclusive modificamos itinerário da parada e local do palco, afastando-os da zona residencial.

Este Fórum, na pessoa da militante Deborah Sabara, não vai recuar e ceder a mais pressões homofóbicas e transfóbicas. O objetivo do manifesto de dar visibilidade a LGBT e promover a celebração da diversidade está sendo combatido diretamente pela Prefeitura, como nunca antes em sua história.

Babado, hein? E agora, prefeito Luciano Resende? A capinha de moderno fica só na pistazinha pros skatistas no calçadão?

É uma grande pena que uma cidade linda, com espaços públicos tão bacanas como seja a cidade de Vitória só privilegie eventos particulares e cada vez mais voltados para dentro dos muros de instituições privadas. E isso não é de hoje.

Não precisa ir longe: é curioso como o esquema de transito funcionou muitíssimo bem para o show do Paul Mccartney – evento privado e elitista – e foi um lixo na virada do ano de 2015 – evento público e de ocupação popular (teve gente que só conseguiu sair de lá de manhã, por falta de transporte público, foram horas de trânsito parado, um horror!). Isso não é apenas uma coincidência, mas uma evidente opção política que precisa ser revista. A cidade não é um lugar apenas para residir e trabalhar, mas também um local de vivência, encontros, lazer e cultura, por que não?

Por mais políticas públicas de ocupação da cidade! Por mais eventos culturais em espaços abertos e públicos!

Libera a parada gay, prefeito! Libera, Luciano!

Nova colaboradora, Suzanne!


Olá, pessoas!

Meu nome é Suzanne Tremembé,   acho que alguns me conhecem,  serei a voz Reunião  cazamigas! da Sapa lésbica neste blog.

Aqui falarei  de coisas realmente importantes como a combinação dos signos,   senhas compartilhadas,  melhores preços de frete,  Brenda,  tinder, Ana Carolina,  a ex da ex que agora é sua esposa e muito mais!

Aceito sugestão para o primeiro post pq o que tenho em mente pode  aumentar minha pena.

Que  toda minha maldade seja perdoada, porque metade de mim é cachaça e a outra é sinuca.

Beijos de sua amiga,  Suzie.

Lançamento de livro LGBT terça-feira (29) na Ufes


Será lançado na próxima terça-feira (29 de julho), às 20h30, na Adufes, o livro “TRANSposições: Lugares e Fronteiras em Sexualidade e Educação”, organizado por mim junto com Alexsandro Rodrigues e Catarina Dallapicula. O lançamento faz parte da programação do III Seminário Nacional “Educação, Diversidade Sexual e Direitos Humanos”. Tem texto meu e da Sarah, está imperdível!

Para o Facebook_Anuncio

Este é o segundo livro produzido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Sexualidades (GEPSs), e foi feito em colaboração com diversos pesquisadores importantes convidados que dedicam-se ao estudo do campo. Ele traz textos que tensionam o pensamento em relação às fronteiras e lugares do corpo, dos saberes e das práticas da sexualidade e da performance de gênero. Os textos procuram discutir a partir da Educação, dos Estudos Culturais, da Filosofia da Diferença e da Comunicação, provocando o leitor a se perguntar: “O que pode um corpo?”. Meu texto trata sobre transexuais e seus autorrelatos na internet e o da Sarah é sobre Rupaul’s Drag Racer. Sim, a gente é destruidora mesmo.

Não deixem de ir!

SERVIÇO – Lançamento do livro “Transposições”

Onde: Adufes, na Ufes campus de Goiabeiras (aqui no mapa).

Quando: 29 de julho de 2014 (terça-feira), às 20h30.

Quanto: R$30,00 ( o livro, a entrada é gratuita).

E dentro da programação do 3º Seminário terá muitas outras coisas bacanas, acompanhem tudo aqui.

ENEM E NOME SOCIAL: LEGITIMIDADE E RESPEITO


Somente a adequação da imagem corporal com o gênero de identificação não é suficiente para que a pessoa seja reconhecida como tal. Ainda restam algumas contradições, como por exemplo, a incompatibilidade entre a imagem representada e o nome que a pessoa carrega em seus documentos, o que acaba causando sérios constrangimentos para travestis e transexuais brasileiros.

E pela primeira vez no Brasil, a edição do ENEM 2014 adotou uma inovação: candidatos travestis ou transexuais poderão usar o nome social para fazer a prova, bastando fazer uma solicitação ao INEP via telefone. Segundo dados divulgados pela Agência Brasil, cerca de 70 pessoas realizaram a solicitação.

No ano passado, algumas candidatas transexuais que fizeram a edição de do Enem 2013, relataram que sofreram constrangimento na hora de apresentarem o documento de identidade aos fiscais das salas de prova. Como usam um nome social diferente do nome indicado no documento de identificação, duas estudantes transexuais disseram que só receberam o caderno de provas no primeiro dia depois de um longo processo de conferência de dados. Uma delas foi tratada como se houvesse perdido o documento de identidade. Imagem“O nome social garante que a pessoa seja respeitada no gênero em que está, para que não sofra nenhum constrangimento”, explica a coordenadora de Políticas da Região Sudeste da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e coordenadora colegiada do Fórum LGBT do Espírito Santo, Deborah Sabará.

ImagemDeborah fez inscrição no Enem e pretende usar o exame para ingressar no ensino superior. Ainda está em dúvida entre os cursos de história e serviço social. “O percentual de pessoas trans no ensino superior é baixíssimo. Estamos também longe das escolas, do ensino fundamental e médio. Mas eu acredito que isso vai aumentar. Precisamos empolgar a nossa população a fazer o Enem e usá-lo para o que for possível”.

A pedagoga e presidenta do Conselho Municipal LGBT de São Paulo, Janaina Lima, diz que o uso do nome social atraiu mais candidatos ao exame. “No meu convívio social, eu sei de várias [travestis e trans] que estão se inscrevendo. Saber que vai chegar lá e vai ser só mais uma pessoa concorrendo, tem facilitado. Elas dizem que estão se inscrevendo só porque poderão usar o nome delas e que não vão ser expostas antes mesmo de começar a prova”.

III Seminário Nacional “Educação, Diversidade Sexual e Direitos Humanos”


BORA ESTUDAR, PIRANHAS!

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Para mais informações sobre como se inscrever no evento, CLIQUE AQUI!

Serão liberados certificados de participação e disporão vagas de monitoria para as mais abusadas que gostam de guiar os boys pro banheirão, OPS! Guiar as PESSOAS para as salas de conferência. Aproveita que a senhora já tá na lista de jubilação por ter feito aquele ménage a troi na Biblioteca Central e corra atrás do prejuízo.

PROMOÇÃO – Tá em recesso, mas fica que vai ter festa! [ENCERRADA]


Então, o negócio é o seguinte. Enquanto não resolvemos os problemas técnicos do site, vamos amparar as senhoras com diversas promoções que firmamos com a parceria com o pessoal da Fanfarra, que está fazendo festas escândalo na Blow-up.

Só a última teve lotação máxima! Pensem no estrago!

Aliás, fiquem preparadas porque mês que vem agora faremos a festa do blog por lá  (SIM VIADO, VOCÊ VAI CRUZAR A PONTE DE 507!), com atrações que cobram mais de 2 mil aqués de cachê e o lançamento do mais novo drink gay capixaba: PERLUTAN!

Servido por uma tequileira vinda diretamente de Boca Ratón, que roda os participantes não mais numa cadeira giratória, porque isso já é clichê, mas sim com as próprias mãos, desse modo:

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A primeira promoção será do BOSS IN DRAMA, que vai acontecer agora dia 29 de março e eu vou sortear UM PAR de vips pra vocês, beleza?

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Então, para participar basta enviar um e-mail para sarahpederzini@hotmail.com, com seu nome e o do seu acompanhante no conteúdo da mensagem, e o título “Boss in Drama”.

Ou você pode ganhar também encontrando o link secreto neste post, que contém uma foto totalmente exclusiva dos meus peitos.

BOA SORTE, sexta-feira divulgo os vencedores 😀

Os vencedores são: HEVERTON CONSTANTINO FONSECA E EDUARDO CARLOS THEOTONIO

S06E01 Rupaul’s Big Opening Pt. 1


Se existem duas coisas fundamentais para manter a ordem do universo, é que a cada ano um dos oitocentos vocalistas da Banda Eva se lance em carreira solo só para amargurar em uma flopada vertiginosa maior até do que a da própria Márcia Freire e que Rupaul decida investir na vigésima twist só para o primeiro episódio da nova temporada do reality não culminar na mesmice de se eliminar de cara a participante com sérios problemas na tireoide.

Bem, com orçamento nas alturas, lógico que Rupaul não recorreu a ninguém menos que Boninho só para recuperar a maravilhosa twist do BBB 9, aquela analógica edição que nos apresentou ninguém menos do que Vovó Naiá, uma deliciosa mistura de Palmirinha Onofre, Lindsay Lohan e três doses de Jurupinga. Exato, Rupaul teve a cara de pau de dividir a estréia em duas partes só para poder analisar melhor cada uma de suas meninas e decidir quais delas deixarão precocemente a corrida pelo prêmio de um cartão de vale transporte e uma caixa cheia de amostras grátis da Vult Cosméticos.

 

Assim que Vivacious conseguiu encontrar a estrutura de seu fecho-éclair, todas as gatinhas foram surpreendidas não apenas pela face de nossa participante da terceira idade ser idêntica a daquele dinossauro que enfeitava as embalagens do chocolate Surpresa, mas por descobrirem que competiriam com uma chance em sete de ir mais cedo para casa tirarem  pó do seu abajour em forma de abacaxi comprado com uma das ergonômicas revendedoras das revistas Hérmes.

Em apoio a campanha pela volta da embalagem antiga do Alô Doçura, Adore veio vestida com os restos do papel celofane que a usa para embrulhar a sua produção caseira de ovos de páscoa artesanais.

Como primeira latina não-fosforescente, encerrando uma dinastia calcada na oleosidade capilar de Alexis Mateo, April Carrion teve como missão conseguir mostrar para a melhor amiga lésbica que no meio daquele armário cheio de roupas xadrez havia um lindo par de ovários a desabrochar para a sinfonia da primavera.

Enquanto não passa o meu choque de Ben de la Creme ser Adriana Calcanhoto enquanto desmontada, Rupaul me decide dar o prêmio da noite – um belíssimo pacote de bijouterias compradas na Jackelaine Jóias – para esta senhora, não porque o seu vestido furta-cor foi construído com apenas uma pistola de cola quente, mas porque simplesmente ela conseguiu capturar a essência de Golden Girls: estar cada dia mais próxima de usar uma fralda geriátrica.

Um dos motivos que me levar a amar Gia Gunn, além da sua completa e irrestrita falta de classe, é que ela pode ser definida pelo exótico vocábulo de: ram-pei-ra. Sim, porque Gia parece se inspirar no cânone pornográfico brasileiro – com suas maravilhosas atrizes que contracenam com unhas gel e sandália azaléia -, nos brindando com um maravilhoso look feito de todos os cintos que Kim Kardashian perdeu tentando desinflar após a gravidez.

Eu não sei nem o que falar dessas piranhas que chegam na SEXTA temporada e ainda me jogam na cara que não sabem costurar. Lógico que eu estava torcendo por Kelly, pelo único motivo dela parecer o Vinny quando está desmontada, mas devo dizer que todo o meu amor se desfez quando ela me entra na runway vestindo pedaços de toucinho comprados na promoção relâmpago dos Supermercados Guanabara.

Sabe aquela sua amiga que nunca sabe a hora de parar e depois de três copos de cerveja Perigosa já quer colocar todo mundo para jogar Verdade ou Consequência? POIS É, Laganja é exatamente essa amiga que você fez dando um singelo “bom dia” achando que ia ser legal e quando vê já tá recebendo uma mensagem inbox dela explicando como acabar com a candidíase com uma pasta caseira feita de creme de alho.

Há uma explicação lógica e plausível para Vivacious ousar entrar na runway com esse sensual e sexy movimento nos quadris: uma coluna travada pelas dezenas de hérnias de disco que essa senhora deve ter acumulado durante a sua participação na Sétima Cruzada, onde foi assistente do Papa Urbano XI.

Olha, vou dizer que para um primeiro lipsync eu achei até bem decente. Por mais que eu quisesse que Kelly ficasse, especialmente por ter jogado uma sombra maravilhosa em Willam – “Sou atriz, mas não vou recitar meu Imdb aqui como vimos em temporadas passadas -, Vivacious subiu as ladeiras do Pelourinho, ignorando os primeiros sinais da osteoporose e requebrando como se seus quadris estivessem possuídos por um percursionista do Olodum.

Na próxima semana, sete novas gatinhas chegam para compor a Tribo Sandra Annemberg. Darienne Lake conseguirá passar um episódio sem ter que se alimentar dos deliciosos gafanhotos que a produção espalhou pelo Untucked Lounge? Teria Courtney Act uma personalidade? Quanto custaria para Trinidade & Tobago consertar seu delicioso sorriso inspirado no Ronaldinho Gaúcho? Tudo isso e muito mais no próximo episódio de Ru Limite. \o/

Que isso, gordinho, que isso?!


Crossfilia: Fetiche em transar com motos e outros objetos motores.

Ou isso:

ines parece uma pornô

Mas a culpa é da moto que sai por aí toda insinuante. #ironia

Cada um com seus fetiches, néam?!

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UPDATE: No grupo do Babado Certo no Facebook (já entrou lá, viado?!), alguém muito sagaz catou a inspiração do rapaz:

♪ “Bound to fall in love… ahan, honey” ♫

Utilidade Pública: Alimentos inimigos da chuca


Lindas, JÁ CHEGA de férias, né? Estou aqui doida pra fazer novos posts, não aguento ficar longe de vocês por muito tempo.

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Então, inaugurando o ano de 2014 do Babado Certo, um post super útil sobre a alimentação de uma passiva que pretende fazer sexo sem o medo de passar cheque.

Mas por que eu quero começar o ano falando disso? Primeiro, porque 2013 foi uma merda e acho que nada mais condizente com esse ano escroto que falar sobre como se livrar dela, segundo que muitas leitoras me perguntam nos comentários como eu faço para unir uma boa alimentação com uma chuca segura que evite surpresas no sexo.

Bem, o conhecimento de chuca me foi dado por uma drag queen tibetana que fazia cosplay de Elke Maravilha no Buraco da Lacraia, no Rio de Janeiro, e consiste numa longa lista de alimentos proibidos para todas nós, quando se pretende fazer sexo anal.

Vale lembrar que é importante, para uma maior segurança, que se fique pelo menos seis horas sem se alimentar e fazer a chuca antes de sair de casa.

PRIRIIII RÂÂÂÂRTIS

PRIRIIII RÂÂÂÂRTIS

Tenho certeza que ficar esse tempinho sem encher o rabo de sanduíche do Subway não vai te trazer nenhuma anemia. Isso porque a digestão completa dura cerca de 4 a 6 horas, então, deixando esse intervalo você consegue fazer com que toda a nena chegue no final do seu sistema digestivo.

Aí você poderá tirar tudo até seu edi virar um Worm Hole capaz do pinto entrar nele no ano de 2014 e sair com um black power genital dos anos 80, numa viagem de tempo anal.

Mas antes desse pequeno jejum é muito importante que você saiba O QUE comer, pois existem alimentos maldosos, traidores, que acabam com a sua possibilidade de um edi limpo e com o ph de uma solução tampão.

Vamos aos alimentos!

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São eles:

Couve:

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O inimigo número um de toda chuca. Já ouvi várias histórias sobre a maldição que é esse alimento. Isso se dá porque ele é um vegetal cortadinho em tiras longas. Como nós somos quase carnívoros, não conseguimos digerir celulose, apenas se mastigarmos o alimento e quebrarmos com o dente essa parede da célula da couve, para aí sim nos nutrirmos com o líquido de dentro.

Só que como ela é uma tira longa você não consegue mastigar inteira e, como resultado, ela vai direto pro seu intestino, grudará na parede dele, e nem a chuca mais profunda do mundo vai conseguir tirá-la de lá. A única ferramenta capaz de tirar essa couve de lá de dentro é adivinha quem? A cabeça da neca! Exatamente!

Você vai acabar no final da noite que nem o Mister M tirando lenços do bolso, mas no seu caso uma tira enorme de couve do seu edi.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=l17onPgRk0g]

Milho Verde: 

milho

Pe-ri-go-sís-si-mo! Milho verde tem uma capa de celulose em cada grãozinho e, por esse motivo, é ainda mais traiçoeiro que a couve.

Se você não mastigar todos eles, vão também direto pro seu canal retal, e vão ficar escondidinhos na dobrinha interna do seu edi, como Angelina Jolie em Salt, só esperando a hora certa de te matar… DE VERGONHA!

Pare já aí, sua leguminosa maldita!

Pare já aí, seu cereal maldito!

Feijão:

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Feijão é tenso, preciso nem falar nada, né? Minha dica pra vida é que no que dia que for dar coma soja, pelo amor que você tem a sua reputação anal!

Feijão vai criar uma bomba de destruição em massa dentro do seu corpo, e essa bomba vai se prender nas paredes no seu intestino e não vai sair nem com aqueles aspiradores de pó que sugam água.

A única coisa que será capaz de explodir essa bomba é o gentil entra e sai do pinto, que servirá como um sensacional supositório liberador de gases-ninja contratados especialmente por satanás para assassinar o tesão do momento.

"Comeu feijão?", "Comi, amor", "Então tchau"

“Comeu feijão?”, “Comi, amor”, “Então tchau”

Farinha de Mandioca:

farinha-mandioca

Essa vai pras de ascendência nordestina, que adoram secar o caldo do feijão com farinha (já viu que essa mistura aqui é tipo dar um cheque em branco na mão de alguém, né? É CERTO que vão passar pra frente e o seu prejuízo vai ser enorme), não, não e não! Farinha não!

Isso vai prender tudo dentro de você, vai fazer a nena virar a bola do clipe da Miley Cyrus e quando você soltar vai sair como um tiro de bazuca que vai varar o abdômen do seu boy.

Pimenta (do reino, malagueta, rosa, dedo de moça, dedo de puta, foda-se, corra de todas):

Redes_Pimenta

Claro, se você comer só um tiquinho não vai dar nada. Mas um dia eu estava na Bahia e comi uma tal de Pimenta Saci, o rótulo me avisou do que estava por vir.

Minhas filhas, eu comi, ardeu como se eu fosse a boca do inferno daquele desenho do pica-pau marinheiro:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=kG-jfiXNPI4]

Mas nada pior do que quando saiu, realmente, eu me senti parindo o próprio personagem do Sítio do Pica Pau Amarelo.

Se você jogasse uma peneira na minha bunda dava pra prender o saci numa garrafa de cerveja, como no seriado da tv (que vai fazer 10 anos esse ano, só pra você se foder se sentindo velha aí).

E são esses alimentos, amores. No próximo post eu vou falar de alimentos que são AMIGOS da chuca e que facilitam a limpeza de dentro pra fora, chegando ao ponto de você nem mesmo precisar fazê-la. Não é maravilhoso? Ótimo para aquela viagem pro interior na casa da sua tia que não usa chuveirinho.

p.s.: Use essas dicas só enquanto você estiver conquistando o boy. Depois que ele se apaixonar por você, foda-se, ele tem mais que te aturar do jeito que você é.

Você vai comer sim!

“Você vai me comer sim! Com cheque ou sem cheque”