O que é que Vila Velha tem?


Um mistério paira sobre nosso estado: por que, afinal de contas, Vila Velha bomba mais do que Vitória no quesito número de boates? O fato é que há alguns anos muitas boates gays brotam na cidade, enquanto a capital que deveria ser o centro de todas as atenções míngua com apenas uma.

Bichas de outras cidades lendo este post.

É sabido que, no passado, a situação era extremamente oposta: Vitoria tinha várias boates (a maioria no Centro) e Vila velha não tinha nada. O que mudou de lá para cá? Conversei com alguns amigos para tentarmos entender afinal o que Vila Velha tem que as outras cidades não tem.

O fato é que houve uma rixa histórica entre as bichas de Vitória e Vila Velha, especialmente entre as drag queens. Essa rixa só era colocada em suspenso quando a questão era a Serra, aí todo mundo se unia para falar da outra (leia mais sobre isso aqui).

Típica bicha de Vitória

A primeira resposta é que Vila Velha tem mais bicha numericamente, pois a cidade é mais populosa. Não sei se é assim, mas quando a  gente anda pelos terminais de lá, uns 60% das pessoas são gueis com os penteados mais bafoentos e os que mais desafiam as leis da física e do bom gosto. Segundo o IBGE, Vila Velha tem 90 mil pessoas a mais que Vitória. Mas será que isso é suficiente para dizer que há mais viado na terra dos canelas verdes? Mais gente quer dizer mais viado? Cadê os números do senso das guei de Vitorinha para tirar essa prova?

Típico morador de Vila Velha

Porém, entre os meus entrevistados a resposta mais comum é que a diferença entre os viados de Vila Velha e Vitória não é quantitativa, mas sim qualitativa. Entre as pessoas com quem falei houve unanimidade ao dizer que as viadas de Vila Velha são mais fervidas que as de Vitória, que por sua vez tendem a ser mais frescas e elitistas.

As (bichas) vilavelhenses são mais povo, as de Vitorinhas ficam fazendo carão, as de Vila Velha se jogam mais“, disse uma amiga. Uma guei falou: “Vitória é vitoriana, é sempre pelos bons costumes, Vila Velha é ferveção” e completou “sempre que pego ônibus verdinho de Vitória, logo noto a diferença, não é como o povo das outras cidades em torno, eles são mais bem vestidos, mais comportados, mais limpinhos e cheirosinhos, mas também são mais arrogantes e cara amarrada. Agora pega um transhca em Vila Velha! É babado confusão e gritaria. Tem o mendigo atacando no 507, tem a própria Max!”, riu.

Vila Velha Wins!

Houve ainda quem dissesse que Vila Velha tem uma infraestrutura melhor para este nicho de mercado. Max Pederzini, coautora deste blog, foi uma delas e comentou: “acho que é porque é tudo pertinho em Vila Velha, e tem muitas áreas escuras, isoladas, ótimas pra boate. As encubadas odeiam lugar iluminado“. O preço dos espaços e a especulação imobiliária também foram comentados como razão para o sucesso da cidade que foi nossa primeira capital. “Tem a questão do preço de venda e aluguel de imóveis que é muito alto em Vitória. Além disso, o povo de Vitória não gosta de ir longe para sair. Não vão nem ao Centro, onde seria possível conseguir um preço mais baixo. Mas realmente não sei se também não é falta simplesmente de abrirem mais estabelecimentos que sejam bons“, me disse um cafuçú magia.

Outro fator destacado foi a questão financeira. Alguns creem que em Vila Velha as casas noturnas conseguem fazer/fazem preços mais camaradas e os custos e logística de acesso, transporte e alimentação na cidade são mais em conta para os clientes.  “Vila Velha é uma cidade maior e o povo não gosta de pagar pedágio… Pessoas de cariacica, por exemplo, também preferem vir pra cá porque as coisas são mais baratas. Tanto que as boates que bombam em Vila Velha atraem um publico de poder aquisitivo menor que o das boates de Vitória“, argumentou uma bichinha vilavelhense.

Um dia qualquer na orla de Cogayral de Itaparica.

Por fim, para alguns entrevistados a cidade de Vila Velha simplesmente tem uma estrutura e uma tradição junto ao público LGBT e chegaram a classificá-la como um grande point gay. Uma viada afirmou galhofeira: “tem a Feira do Cu e lá (Vila Velha), é onde a tradição do congo é mais forte, né? Porque tocar a casaca, esse instrumento fálico com uma cabeça esculpida transforma até o maior machão numa belíssima bill“. Outra também comentou brincando: “Todas as boates são só pra suportar a demanda de Cogayral, só tem viado nessa porra“.

E você? Por que você acha que Vila Velha é tão privilegiada de ambientes dedicados ao público gay?

Mais informações sobre a nova boate de Vila Velha


Tenho notícias quentinhas sobre a boate Angels Lounge, que vai inaugurar dia 6 aqui em Vila Velha, e queria dividir com vocês.

Primeiro, o flyer:

PANFLETO em curva

Clique para ampliar

Pois é, a informação que eu tenho é que essa boate será voltada para o nicho de mercado que foca em shows eróticos. Sim, piroca e racha de fora! Até pras sapas tem diversão, e é raro pensarem nelas, coitadinhas.

Quer dizer, eu não conheço nenhuma boate (exceto a chica, quando trazia Lola Batalhão) que forneça esse tipo de entretenimento, acho sim super louvável esse mercado se expandir aqui no Espírito Santo, aos modos da Le Boy lá do Rio de Janeiro.

Segundo a direção da boate:

A Angels Lounge é uma casa genuinamente GLS, que dará oportunidade para drags locais, dj’s locais e gogo boys capixabas. Viemos com uma proposta diferente de ousar com a produção de shows eróticos e sensuais, de strip total tanto masculinos como femininos.

Cata as fotos dos dançarinos da inauguração:

top gogirl janine

 

gogo boy mono tauro rj

Então, fica a dica pra você que está cansada da programação local, que  não se conforma de ver os dançarinos só de cueca em cima do palco e fica louca pra subir lá e arrancar a sunga do boy no dente.

Segue o endereço:

Rua: Avenida Darly Santos, Nº 74 (Antigo Baladas)

Bairro: Nossa Senhora da Penha

Cidade: Vila Velha – ES

Angels Lounge – Boate gay ou hétero?


Bem, fiquei sabendo agora de manhã sobre uma nova boate que vai inaugurar em Vila Velha (clique aqui para ler), no dia 6 de julho. O problema é que… leiam a descrição:

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Não dá pra saber se é gay! Gay friendly a gente já viu que é, ou pelo menos Trava friendly, afinal, citar que uma boate está aberta a diversos gêneros é de um amor inexplicável.

Aí tá, rodei mais um pouquinho no site e encontrei isso:

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Aconchego’s Bar e Carol & Priscila na inauguração? Não restam dúvidas, é boate GLS!

Só deram mole em não ter falado com o Babado Certo pra gente divulgar pras beeshas da cidade.

Cês sabem que nenhuma viadice bomba sem passar pela gente. Isso porque as gays daqui são desconfiadas demais com novas casas noturnas, sempre rola aquele medinho de ser um plano de Magno Malta para implodir o prédio e matar os viados queimados.

Aí elas mandam a Max na frente, se eu morrer, é fria.

Inauguração do Vila Velha Cineclube LGBT


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Nesta quinta-feira (09/05) acontece a sessão inaugural do Vila Velha Cineclube LGBT. O evento ocorrerá na Academia de Letras Humberto de Campos, na Prainha, em Vila Velha.

18h30 – Quem Tem Medo de Cris Negão? (2012) – 25′ – O curta dirigido por René Guerra, conta a história de  Cristiane Jordan, ou Cris Negão, uma travesti cafetina do centro de São Paulo, conhecida por seus métodos violentos. Odiada e temida por uma legião, ela também tinha seus fãs, até ser tragicamente assassinada. O filme propõe um mergulho no universo marginal das travestis, a partir dessa figura lendária do submundo de São Paulo.

19h – O Céu Sobre os Ombros (2010) – 72′ – O filme dirigido por Sérgio Borges trata da solidão e das dificuldades da vida humana, mas também trata de como os homens criam suas saídas, suas respostas às dificuldades, sua felicidade. Ganhou 29º Festival Internacional de Cinema do Uruguay – Melhor filme documentário no 2011 e 3º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro2010 – Melhor filme, melhor direção, melhor montagem, melhor roteiro e prêmio especial do júri (elenco).

20h20 – Bate-papo com o cineasta Rodrigo de Oliveira, de As Horas Vulgares, e com a transexual Deborah Sabará, coordenadora do Fórum Estadual LGBT do ES.

Confirme sua presença: Sessão Inaugural Cineclube Lgbt

Babado Certo Awards 2012


O ano termina depois de amanhã, mas vocês não acharam que eu fosse deixar de fazer um balanço geral de tudo que aconteceu aqui no bluóg no ano de 2012, né?

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Vamos às categorias:

Então votem! Que depois das festividades de Ano Novo eu dou o resultado. Sim, festividades, no plural, porque eu só vou parar de beber no dia 3.

Análise: Balaio de Gatas


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Bonitinhas, desculpem-me por não ter postado nada ontem, mas é que eu vou comprar um computador novo e estava resolvendo todos os babados da escolha do melhor hardware para as minhas necessidades de moliér: pornô e RPG.

necaEnfim, achei. E agora vou falar sobre o novo barzinho que abriu ao lado da Chica: Balaio de Gatas.

Não postei logo no primeiro dia porque cheguei muito tarde e não consegui pegar o momento karaokê do evento, mas sexta passada fui e cantei.

Então, o bar está funcionando ao lado da boate, no local onde era (ou é ainda?) o ateliê da Chica Chiclete. O lugar é repleto de mesas (você deve consumir para sentar, óbvio) e há um balcão ao lado direito do ambiente, onde vendem as bebidas.

Essa garrafinha

Essa garrafinha

Os preços são razoáveis, 3 reais uma garrafinha daquelas de vidro que tem basicamente a mesma quantidade de líquido de uma latinha.

Lá também você vai encontrar comidas e tira-gostos… que eu não comi porque eu acho um absurdo gastar dinheiro com comida: Se eu posso pagar 2 reais num quilo de batata e fritar uma caixa d’água de batata frita, PRA QUÊ eu vou pagar mais numa porção?

Não tem lógica pra mim, como em casa e fora dela apenas bebo, aliás, só bebo porque não sei produzir bebida na minha própria casa, o dia que isso acontecer, só vai dar eu e a bola Wilson dentro do meu quarto.

the voiceAgora, o karaokê: É DE GRAÇA, VIADOS! Isso pra mim paga qualquer garrafinha microscópica de Skol.

Quando eu ouvi que era de graça, pronto, agarrei do ladinho da Chica e não saí de lá enquanto não fiquei rouco.

Claro que o número de sapatões é maior, karaokês são o bosón de higgs da homossexualidade feminina. Somou isso com música ao vivo então, já era, ocorre um novo Big Bang e toda uma fauna de lésbicas de diversas espécies aparecem.

Eu esperando as rachas cantarem:

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Pra quem é beesha e gosta de pegação a opção não é das melhores, uma vez que música ao vivo, tira-gosto, cerveja e karaokê atraem apenas cults e ursas, a parte das ursas eu adoro, todo mundo aqui sabe minha queda por elas. O problema são ursas-cult, que são tipo o pague 1 leve 2 da pedância capixaba.

Depois que os cantores terminam de cantar, o karaokê reabre, a boate abre as portas, e os dois funcionam ao mesmo tempo! Sim! Se você não gosta de bater cabelo, você pode soltar a Ana Carolina e cantar a noite todinha.

Cata um vídeo exclusivo de uma bee cantando Tetê Espíndola por lá:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=0K1mroXg8bs]

E não tenha vergonha, ninguém ali é profissional, exceto as sapas de blusa xadrez, não cante perto delas, são sempre cantoras de algum barzinho na Serra ou Vila Velha, e vão pegar uma música LOGO depois de você, só pra te humilhar.

Enquanto você canta, achando que está arrasando nas notas agudas, elas ficam tudo em volta com essa cara:

Eu vou acabá com esse viado de voz de pato.

Eu vou acabá com esse viado de voz de pato.

Escândalo! Aquele não era o flyer da Rouge!


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Lembram que eu postei o flyer da Rouge House, que vai inaugurar dia 15 de dezembro?

Pois aquele não era o flyer oficial, uma beesha Super Espiã Demais conseguiu catar o flyer oficial ANTES da própria casa postar:

Rouge House - Red Carpet - web (1)

Clique para ampliar essa imagem saborosa

Que lindo que ficou! Achei profissional demais, aliás, MEU SONHO DOURADO é tirar uma foto com essa luz maravilhosa que eles colocam nos flyers, as pessoas ficam parecendo esculturas do museu de cera Madame Tussauds!

Aproveitando o ensejo, vale lembrar que os ingressos antecipados estão sendo vendidos com os promoters, no Gallegão e na loja de roupas Soho, okay?

Clique AQUI para mais informações

Já que falamos de um…


…vamos falar também dos outros. A imagem é auto-explicativa:

Clique para ampliar

Queria saber de que maneira o fato de ter ou não um relacionamento homossexual influencia na sua competência num cargo político.

É,  não ter o relacionamento não diz nada sobre você, mas o fato de usar isso como argumento, ah… isso sim diz muito sobre suas ideologias.

Gatas, estamos fodidas de ambos os lados, não tem pra onde correr.

Rola na boca pequena (Clique aqui e aqui) que esse mesmo rapaz também tinha um blog e nele falava absurdos contra gays e o kit gay, usando termos como ‘prática anti-ética’ e citando “pensamentos” inspirados no Bolsonaro para justificar suas opiniões.

Cata o print, pois ele tirou o blog do ar (deixei a janela completa para vocês observarem que o site é o mesmo):

Clique para ampliar

Latrice, responda pra mim, por favor:

Melhor, né?

Quanto a isso, parafraseio um comentário anônimo: “Se você come camarão e porco, tira a barba, trabalha aos sábados, chega perto de alguma mulher enquanto esta está menstruada, usa roupas com mais de um tipo de fio ao mesmo tempo, não vende sua filha como escrava. Você também deve ser condenado ao inferno“.

Aliás, as senhoras sabem quem apoia oficialmente Luciano Rezende? A gracinha do Magno Malta. E a gente tá careca de saber que Magno tem todo um amor pela causa gay, não é mesmo?

Dica da Cristal

Não sabem ainda em quem votar para vereador?


A votação é amanhã! Por isso, seguem os candidatos GLBT’s de estão a frente nas campanhas:

Vila Velha:

Serra:

Vitória:

Cariacica:

E em Nova Venécia, Moacyr Sélia Filho (Moa), a primeira transexual a ocupar um cargo político no país

Não adianta achar que seu candidato hétero vai colocar a causa gay como prioridade. Pois pra ele, que nunca sofreu homofobia, essa não é a maior preocupação.

Mas pra você é. Portanto, façamos como os evangélicos que só votam entre si, temos tanta força quanto eles, ‘GLBT vota em GLBT’ (e os pais, irmãos, tios, amigos próximos TAMBÉM!)

Via LGBT-ES

Parada Gay de Vila Velha [CONFIRMADA]


E finalmente as datas das Paradas desse ano começaram a pipocar pelas redes sociais, dessa vez foi a de Vila Velha, confirmada pelo organizador da Parada Gay de 2011, Renan Rilton:

Então, dia 30 de setembro, confirmadíssima! O local provavelmente será o mesmo do ano passado, ali em Coqueiral de Itaparica, mas à medida que for chegando mais perto, darei mais informações, okay?

Já estão preparando a montação?

100%, Max

D’A Tribuna #1: A trava valente


Hoje (19/04), editoria de ‘Polícia’, página 23:

Clique pra ler ampliado!

Oh, Ganesha, até quando esses véio vão usar a velha desculpa do “não sabia que era homem”. Tá certo que tem trava que é super feminina, mas vão fazer um favor, né? Orla de Itaparica, em Vila Velha, é conhecida como ponto das travestis, especialmente ali perto do antigo Playboy Motel e do Dunas Motel.

Amigos jornalistões de ‘A Tribuna’, vamos mudar este título? Vou até dar sugestão:

Descobriu Pensou que travesti era bagunça e ainda e por isso apanhou

Não precisa agradecer.  Se quiserem me contratar, tsá?

Babado, Confusão e Déjà vu


Descobri que tenho um dom, um tanto inútil, mas que pode salvar vidas. Tenho o dom de prever tiroteios minutos antes de acontecerem.

Ontem estava com fogo na periquita, queria sair de qualquer jeito, ainda mais que o horário de verão havia acabado e eu estava amando meu intestino, que fica locão durante o verão, voltando ao normal e me enchendo (ou ao vaso) de orgulho.

Fiquei sabendo que teria um bloco de Carnaval no meu bairro, mesmo que o Carnaval já estivesse no fim… estava em casa sem fazer nada, marquei com as amigas prostiputas e comecei a me arrumar. Mamãe me chamou pra tomar umas no bar com ela, e lá eu fiquei até Anwar chegar na pracinha.

Anwar chegou, compramos um garrafa de Cantina das Trevas e ligamos pra Bixa Maconheira, que prontamente nos guiou até o bloco… chegando lá…

Uma mensagem de carinho ❤

BEE’S! Era uma cena de Cidade de Deus, pra onde você olhava tinha medo de ser assaltado, funk pra todo lado e o mais interessante é que os carros de som estavam dispostos nas esquinas, lembrando pequenas trincheiras da Segunda Guerra Mundial, estava nítido o perigo iminente.

O cheiro de Kolene e Óleo de Amêndoas Paixão tomava conta do ambiente, e aumentava tanto a umidade do ar que era possível ver as pequenas gotas de óleo flutuando sem se misturar com as partículas de água da atmosfera. (Ui, parafraseei Cem Anos de Solidão, DEITA NA BR, beesha leitora de Revista Caras)

De repente, uma bee falou comigo: “Nossa, MAX? Você por aqui? Como assim?!”

Meu koo já deu aquela trancada, porque se a própria gay, moradora do bairro, veio com esse papo de “o que você está fazendo aqui”, é porque o babado ali não era certo.

Respondi: “Ah, me trouxeram pra cá, mas num dá nada, tô bebendo, tô dançando, tá ótimo!”

Passaram uns 10 minutos e uma SEGUNDA BEE veio falar o mesmo: “MAX? Você aqui? O que você tá fazendo aqui?”

Respondi o mesmo, mas o edy já começou a ficar irritado… até que uma TERCEIRA gay veio falar a mesma coisa! Aí eu incorporei Márcia Fernandes do Note & Anote e comecei a dar uma de sensitiva.

Virei pra Anwar e falei: “Viado, VAMOS EMBORA, NOW!”

Aí a Bixa Maconheira: “Mas por quê, Max?”. “Tá tranquilo aqui”, completou Anwar.

Respondi: “Não, viados, eu não vou ficar aqui, eu estou sentindo que vai ter tiroteio”

Anwar respondeu: “Ah, Max, deixa de ser best….” E ANTES QUE ELE PUDESSE RESPONDER, retruquei:

O que aconteceu na Píer quando eu falei que estava sentindo que ia dar merda?

Um silêncio sepulcral, tanto de respeito pelo dom que me foi dado quanto pelas garrafas de vodca que foram brutalmente assassinadas no Massacre de 10 de Dezembro.

Proibido cortar a mão

Nesse momento um grande coro de marvans começou a se manifestar no local, eles diziam para a polícia: “Dá nada não”. Mas até agora não soube se foi devido ao som alto ou aos inúmeros cigarros de orégano sendo fumados ao ar livre.

Não interessa o motivo, gatas, foi horripilante, se você se concentrasse era possível ver a Morte, pairando no ar com sua foice, só escolhendo quem ia levar na hora da confusão.

Eu e Anwar vazamos na velocidade da luz, e fomos para a pracinha de Cogayral…

Na pracinha vi duas meninas de longe, com a camisa do bloco, uma delas era uma travesti, qué dizê, gentchy como a gentchy, logo fiz a íntima e ela me contou:

Minha cara quando ouvi a fofoca:

Não tem idade para começar

Meninas, foram 15 tiros, segundo a trava, mas não sei se era verdade, afinal, ela estava cuidando da irmã de DOZE ANOS, que resolveu beber naquele dia. Lembro-me, inclusive, que a garota começou a chorar e a trava, muito franca, respondeu: “Agora você chora, né? Na hora de esfregar essa perereca nos homens você não chorava não, mamãe vai te pegar de pau, você vai ver”

Nesse mesmo dia também conheci a história da sapatão grávida de Santa Mônica, uma história que desafia os conhecimentos da Medicina Moderna e, segundo uma amiga, “A Dissimulada de Vila Velha” – como é conhecida na região,  a sapa é 100% fiel a sua esposa, mas apareceu grávida.

Já me dizia a minha bisavó, quando eu era novinha: “Olha, agora que você é uma mocinha e já menstrua, leve sempre uma toalhinha de rosto para limpar o assento do ônibus quando tiver um homem sentado nele antes de você, senão você pode engravidar”.

O rock então acabou e eu fui dormir:

Boa noite. Muah :*

Luto II – Roubo seguido de morte ou crime de ódio?


E mais uma vez é com pesar que faço esta publicação no blog…

Na madrugada de terça pra quarta, Wiris Delfino Vitoriano, 26 anos, foi assassinado a facadas em sua residência no centro de Vila Velha. Wiris morava com outros dois amigos, que viajaram durante o feriado de carnaval. Quando um deles voltou, encontrou o cadeado do portão trocado. Estranhando o fato, o rapaz arrombou o cadeado para entrar na casa e encontrou o corpo em um dos quartos. Havia manchas de sangue em várias partes da residência, quase todos os cômodos da residência estavam revirados e alguns objetos haviam sumido. A vítima estava apenas de sunga, e tinha um barbante amarrado a uma das mãos.

Agora, as informações extra oficiais:

Wiris tinha ficado sozinho em casa, meu último contato com ele foi na terça por volta das 23h quando saíamos do trabalho. A polícia tem as filmagens da rua e nelas, Wiris sai de casa por volta de 1 hora da manhã sozinho e depois retorna com mais dois homens. Em seguida, as 2:50 da manhã os dois suspeitos saem da casa carregando alguns objetos. O rapaz que morava com ele afirma que recebeu algumas mensagens dele via Facebook, ainda na terça feira, informando que estava na casa de uma conhecida.

Outra informação é que a vítima teve aproximadamente 64 a 68 perfurações no corpo, causadas por diferentes objetos cortantes. Sobre os indícios de que o crime tenha sido motivado por homofobia, só posso afirmar que há esta possibilidade. Wiris era gay e na parede da casa de um dos vizinhos, apareceu uma pixação com os dizeres: VIADOS. A parede foi pintada recentemente, antes do carnaval.

Recebi informações via Facebook de que diversos grupos LGBTs de outros estados estão acompanhando o caso.

Por hora, restam as investigações da polícia e a tristeza no coração dos amigos. Nos conhecemos no trabalho e nos tornamos muito próximos. Era um rapaz trabalhador, quieto e querido pelos conhecidos.  Foi um prazer te-lo conhecido…

Saudades, irmão! Você é FODA!!