Então, chegou a hora de contar tudo que rolou no interior do Rio de Janeiro no último feriado!
Deixo claro logo que bafo mesmo só aconteceu em um dia, afinal, estava em casa de família, isolada do mundo. Difícil acontecer um bafão sem nenhum desconhecido pra poder me ver e causar reboliço.
Viajei na quinta-feira pela manhã, morrendo de ressaca, isso porque já tinha bebido com o Dé na quarta, chegado bêbado em casa e derrubado meu celular na privada.
Cheguei lá quinta à tarde e já comecei a chapar. Quando anoiteceu precisei comprar cigarros, logicamente me arrumei toda porque sabia que é no bar que tudo acontece, mesmo em cidades pequenas.
No bar, pedi um maço de cigarros, uma cerveja e sentei. Não demorou muito pro primeiro bebum me encher o saco. Com dois dentes e meio na boca, seguiu a conversa:
– “Hey, menina, que rosto bonito você tem. Você é daqui?”
(mentalize aqui ele chegando mais perto e eu assim)

– “Não, sou de Vitória, por quê?”
– “Nossa, que voz grossa você tem…”
– “É, sou lésbica, por isso tenho a voz grossa assim.”
(desculpem-me, sapas, tive que fazer uso de um preconceito para me livrar do imundo)
E como se o “sou lésbica” tivesse sido o mesmo que dizer “sou puta”, ele veio pra cima de mim tentando me agarrar, com aquele cheiro insuportável de cachaça.
Nisso, um boy saiu lá de dentro e tirou ele de perto de mim. Conseguiu jogar o cara pra fora do bar e veio na minha direção me cumprimentar.
Conversamos e tal, mas eu percebi que a hora estava passando rápido demais e tive que ir embora, com a promessa de que voltaria no sábado.
–
Voltei pra casa e fui dormir. No outro dia voltamos a beber e chegou um homem novo, vizinho do pessoal… não adianta, gente, às vezes parece que eu exagero, mas não é!
Eu até tentei não ficar muito visível, colocando o chapéu bem enfiado na cabeça, mas não adiantou. Veio ele falar comigo:
– “Você já foi pra fora do país?”
Pense no meu koo trancando quando ouvi isso. Na hora pensei em tráfico de mulheres e na Cláudia Raia me levando pra Turquia pra ser explorada.
– “Eu não, por quê?”

Hahaha bicha adora responder perguntas ou outra pergunta, né? Como a gente é desconfiada!
– “Ah, porque eu já fui e tal. E você é bem menina, queria te fazer algumas perguntas, mas acho que aqui não dá… *interrompi na hora!*
– “É, não dá mesmo não!”
E saí, quase que correndo, pra perto de papai.

Vai mamar o bonde!
O pior vocês não sabem, é que no final do churrasco me colocaram pra dormir NO MESMO quarto com ele! Passei a noite inteira enrolado nas cobertas como um casulo, com medo de ser violentada no meio da noite.
Até que peguei no sono, bêbada e com um comprimido de Rivotril na cabeça. Poderiam fazer um Gang Bang de 45 homens comigo que eu não acordaria.
–
Pensam que acabou? Nada, agora vem a parte boa: O Zoológico!
Depois de ter passado por todos esses bafinhos, resolvi ir pro zoológico o mais simples possível. Coloquei uma blusinha da Biologia, um all star, uma calça qualquer e fui.
Ledo engano. Só de chegar já começou o inferno das crianças puxando a mão da mãe e perguntando se era menino ou menina.
Passei aquele caminho gigantesco TODO até chegar na portaria. Que eu chego na portaria, vejo um boy urso assim:

E olhou pra minha cara, fixamente. Pense num boy altíssimo, barbudo te olhando de longe… o que acham que eu fiz?
CORRI, LÓGICO! Eles olham com um olhar de fome que me deixa apavorado! No Rock in Rio foi a mesma coisa, o satanás parou na minha frente e deu essa olhada. Virei as costas e saí correndo em direção ao meu amigo. Sou muito frouxa.
Se fosse qualquer outra beesha, viraria de costas também, mas assim:

Mas parece que quanto mais medo a gente demonstra MAIS eles gostam.
Aí tá, fui entrar no zoológico, mas deixei meu cartão cair. Ele, que estava logo do meu lado, pegou pra mim, me entregou e abriu um sorriso. Me fodi profundamente, porque foi um combo de sorriso, mais altura, mais barba, mais cheiro… as perninhas falharam na hora, né?
Porque esses boys grandes tem cheiro forte. Se ele rodasse a pica a 100 quilômetros de distância, aposto que apareceriam 500 viados atrás dele, que nem aquela propaganda da AXE e a arca de noé.
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=fqRQROlDKFo]
E eu fui forte, fiquei longe dele. Só que não adiantava, eu ia pra jaula do macaco, ele ia atrás, eu ia pra jaula da arara, ele ia atrás, entrei na casinha escura das cobras, tava ele lá. Esbarramos umas 2 vezes, e ele sempre com aquela cara apavorante de que se me pegasse só devolveria os ossos pra mamãe.
–
Nisso aproveitei que estávamos perto do leão, que fica sempre lotado de gente, e me embolei naquele meio ali pra desaparecer. Fui parar lá no elefante, e avistei o banheiro.
Dentro do banheiro, não vou falar nada, dois gifs resumem a minha experiência:
Na chegada:

E no mictório:

Deve ser por causa daquele monte de bicho, os homens ficam mais animalescos.
Enfim, fiz a elegante e saí sem tocar em nenhuma pica. E vocês sabem como é difícil isso, banheiros masculinos entram em polvorosa na presença de uma bicha pintosa, TODOS resolvem mostrar o pau pra você, como numa forma de teste de ego, do tipo “se a beesha olhar é porque eu ainda tô podendo”.
Saí, acendi um cigarro do lado da jaula do elefante e avistei um boy interessante descendo a ladeira e me olhando. Esse não era tão monstruoso quanto o primeiro, então nesse caso pude colocar meu lado rampeira em ação.
Olha daqui, e olha de lá, eu já fumando o cigarro pelo edi:

Ele veio até mim e perguntou: “Hey, você não é o Max do Babado Certo?”
MEU KOO, gritei mentalmente! Agora esse capeta vai me gongar até morrer nos comentários, dizendo que eu tava me oferecendo e ele não me queria.
Mas respondi: “É… sou eu sim” (desanimadíssima)
Só que ele me impressionou e começou com um papo de que sempre quis me conhecer e tal… foi me empurrando pra perto do coqueiro que tinha do lado e VRÁU!, rolou o beijo no meio do zoológico!
Revolução! Ninguém falou nada, mas TODO MUNDO virou a cabeça que nem a menina do Exorcista. Acho que até o elefante deve ter parado pra olhar, embasbacado.
E o medo de papai despontar naquela ladeira? Decerto ele tiraria a pistola ali mesmo pra encher o rapaz de bala. Empurrei ele pra longe e fomos pro banheiro terminar o papo.
Lógico, gente! Ele já tava tentando tirar minha calça debaixo do coqueiro! Se eu ficasse mais trinta segundos com ele ali a Guarda Florestal ia atirar um dardo tranquilizante no meu pescoço, pra quietar o meu facho.
–
E assim acabou meu feriado, não consegui voltar no sábado pra pegar o boy do bar. 😦
P.s.: Um momento engraçado foi na volta, que no posto de gasolina o mendigo veio pedir dinheiro pra papai e enfiou a cabeça dentro do carro pra tentar dar um beijo nele HAHAHAHA
Quase aconteceu isso:
