Boa madrugada, estão animadas pra essa sexta-feira maravilhosa que está chegando?
Em falar nisso, quero todas na Marcha das Vadias sábado, viu? E aproveitem pra irem na Calourada de Biologia, no Sintufes, logo depois da marcha. OPEN BAR:

OPEN BAR? JÁ TÔ LÁ, MAX!
Ai, bee’s, como vocês são impacientes. Eu disse que ia postar essa semana ainda, mas todo dia vocês ficam me cobrando o post sobre a Rouge House.
Tá ok, vamos começar.
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Me arrumei…
… e saí de casa.

#partiu happy hour com o namorido
Como já haviam me dito que as bebidas lá eram caríssimas, eu e meus amigos resolvemos encher a cara antes de ir, num barzinho ali na Praia da Costa, o Mescla.
Pelo nome do bar e quando me falaram que o chopp custava 1 real, eu imaginei que fosse um ambiente super alternativo, escurecido e cheio de beesha.
Porra nenhuma, chego lá e dou de cara com uma dupla de rapazes cantando MPB e um monte de casal hétero nas mesas. Sabe aqueles casais típicos hiper-broxantes, nos quais o boy tá todo desleixado e a racha parecendo uma boneca de cera? Tava na cara que eles só iam sair pra comer mesmo.
Mas isso é coisa de gente rica, porque se ganhassem pouco eu duvido que ela gastaria a maquiagem pra comer uma coisinha e voltar pra casa, depois no final do mês ficam todas raspando o fundo do pote de base.
Aí tá, o chopp não estava um real, começamos a beber cerveja e eu fiquei me perguntando:
Gente, esses caras tão cantando aí de graça? Sem couvert artístico?
Começou um clima de tensão! Porque se lá nas quebradas um couvert já é caro, imagine num bar na Praia da Costa.
Rodei o bar inteiro atrás de uma placa ou algo dizendo o preço no cardápio, nada. Saí pra fumar, e num cantinho, com letras minúsculas, o couvert sendo cobrado.

Fazendo cara de rica, mas por dentro contando as moedinhas
Viado, catei minha bolsa e sumi como uma flecha! Combinamos de só duas beeshas pagarem o babado e só cobraram dois couverts. Porque se não fizessem isso, pelo preço que tava, eu já pegaria meu Transcol de volta pra casa.
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Chegamos na boate, lotaaaaaaaaaaaaaaaaaada! Nossa senhora, nunca vi tanta gente naquela porta, as filas pareciam o terminal de Vila Velha às 6 da tarde, sabe? Que você vai pegar o 507 e a fila termina lá na porta do Darwin.
Aí chegou uma beesha belíssim… uma bicha, né, gente? Beleza de beesha transcende mais por causa da auto-estima que pela beleza mesmo.
Passou perto da gente, olhou em volta, e falou pras amigas: “Eu te falei pra gente não vir aqui, só dá gente feia”
Na hora eu retruquei, baixinho, mas o suficiente pra ser ouvida: “Haja vista a senhora, né?”
VRÁU:

Ali eu já tava desistindo, meu amor por Silvetty não era tão grande pra me fazer pegar uma fila daquele tamanho. Felizmente, Thiago delícia apareceu na rampinha e me chamou, passamos na frente de todo mundo.
Pensem nos olhares de ódio das gays na fila pra mim? Sem dúvida, se macumba pegasse, todos os cabelos da minha cabeça teriam caído ali, naquela hora!
Mas não deitei pra elas, fui imponente até a portaria:

As mãos são as energias negativas tentando me pegar
Não adianta reclamar, tá? Faço tudo pelas senhoras, informo, ajudo, dou dicas, conto bafos… o mínimo que vocês tem que me deixar ganhar de volta é um pouquinho de mordomia na entrada das boates.
Digo mínimo porque eu acho que merecia era um open bar vitalício em todas as boates.

Entrei, e que boate linda, Brasil! Toda decoradinha, os banheiros limpinhos com tias simpáticas que só faltam entregar o papel na mão da gente, um segundo andar espaçoso e sem cobrança de vip pra não formar uma hierarquia entre os viados… enfim, tudo aquilo que o Dé falou no post dele.
Foto exclusiva da porta do banheiro:

Mas eu não ligo muito pra essas coisas, vocês me conhecem, meu negócio é a área de fumantes. É lá que faço amizades, conheço as leitoras e fujo do som da boate, que era ótimo, mas eu tô velha, não aguento aquela barulheira por muito tempo mais.
Por mim tocava um New Age a noite toda:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=f5honz0Ri-M]
Na área de fumantes discuti transfeminismo, identidade de gênero, maquiagem, chuca, smegma, HPV e temas variados. Quando é que eu discutiria tudo isso dentro da boate, tendo que gritar?
Até então a festa não tinha lotado. Quando aquele povo todo da portaria entrou, aí sim é que a gente percebeu a qualidade de duas coisas na casa noturna: Ar-condicionado e serviço de bar.

Claro que com 500 viados transpirando era impossível o ambiente ficar gélido como estava no começo, mas ficou agradável, acredita? Imagine uma sala fechada e nessa sala fechada tem uma fonte que jorra água o tempo todo.
Se você lotar essa sala vai ser impossível do ar-condicionado manter a temperatura baixa, mas as gotículas de água que saem da fonte refrescam o ambiente quando dão de cara com o frio do ar.
Agora imagine a sala sendo a boate e as gotículas de água sendo o suor dos 500 viados. O ambiente estava parecendo beira de praia no quesito temperatura, mas IMEDIATAMENTE duas mechas cachearam na minha nuca, devido à umidade.
Então, pra quem faz chapinha, é bom passar um Garnier Fructis anti-umidade antes de sair de casa, só por garantia.

Uma pele bem protegida também é importante
Já o serviço de bar, inicialmente se embolou por causa da explosão de gente comprando bebida de uma hora pra outra. Pior ainda quando os clientes são gays.
Beesha nunca chega num bar e pede uma cerveja ou uma dose de bebida quente, ela tem que abrir a noite com um Bloody mary, um Sex on the beach ou qualquer outra bebida que demora pra fazer e deixa o barman ocupado preparando… botando no koo de todo mundo.
Por fora eu fico sorrindo, mas por dentro minha mente está maquinando diversas maneiras de enfiar aquele copo colorido na goela dela.
Porém, a organização da casa foi tão saborosa que logo ouviram alguns clientes reclamando da demora, rapidamente deram um jeito de colocar mais gente vendendo bebida e o sistema voltou a ficar fluido. Isso que é eficiência!
Quando Silvetty chegou eu estava na área de fumantes, por esse motivo me fodi e mal vi a cara dela. Tentei me espichar por entre as gays pra tentar ver alguma coisa, mas todas aquelas pessoas juntas, suando ao mesmo tempo, não tava dando certo, era questão de segundos pra eu sair dali a Gal Costa.

Meu nome é Max
Peguei e fui embora, até porque meu amigo misturou champagne com cerveja, e uma bebida que levava um pedaço de unha da Pomba Gira, lógico que passou mal a noite inteira.

Se você beijou a boca dele, tem um lado bom: Comeu um filé com fritas delicioso por tabela.
Update: Tinha esquecido de falar, não vi espelhos na boate! Achei isso sensacional, porque sem espelhos as viados se vêem obrigadas a olhar pras outras pessoas, em vez de só pra si mesmas.
Estimulando a pegação indiretamente, achei inteligentíssima a tática.
Veja as fotos do evento clicando AQUI
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Segredinhos:
Até aí vocês já estavam sabendo, o que vocês NÃO sabem é que nós do Babado Certo e a Rouge House firmamos uma parceria babadeiríssima e faremos o aniversário do blog lá!
Então, fiquem espertas, lá pra outubro ou novembro, guardem aqués, porque vai ser a festa do ano. E nem adianta perguntar nada, só vou contar qual será a atração quando o flyer sair.
