Quem tem medo de travesti?


Sempre rolou no imaginário popular que “travesti é barraqueira e trans é educada”. 529505_375419995926119_386553533_n Logicamente, isso é uma máxima repleta de preconceito que se baseia num grupo pequeno de pessoas mal-educadas para julgar a classe inteira, ou seja, a nossa velha conhecida homofobia internalizada. E foi pensando nisso que fizeram um vídeo satírico sobre a visão das pessoas quando o tema travesti entra na roda de discussão, vem assistir:

“Eu boto peito, eu boto bunda, eu boto a porra toda, eu viro travestixx pra você querer me dar o koo, viado?” Aaaaaaaaahhhhhhhhhhh hahahahahahahahahahahahaa

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OSCAR!

Hay que endurecer, pero sin perder lo truque jamás


Parou o recalque que agora eu vou mandar o papo reto: tá dando pinta, tá fabulosa? Então manda um beijo pras travestis :***. Pode ser Candy Darling, a travesti que foi musa do Velvet Underground, grupo orquestrado pelo magnânimo Andy Warhol nos anos 60; para Mina Caputo que se aventurou no heavy metal dos anos 80; ou mesmo pra Micheline Mountreuil, primeira transgênero a se candidatar a um cargo político nas Américas.

Passada com o cisrecalque das bonitas

Seja travesti, seja herói. Chaz Bono, Rogéria, João W. Nery, Laerte, Thomas Beatie. Enquanto você estava aí achando que bastava colocar uma arroba ou um x para eliminar as diferenças, esse povo todo estava aí nas ruas, sangrando na própria carne isso aí mesmo que a gente chama de gênero. Não só eles, mas essa travesti que faz ponto na esquina da sua faculdade e que você tanto menospreza.

Saiba que boa parte dos seus direitos, meu amor, foi aberta na base de muita gilete na gengiva.

É ele que sente, na pele, a violência que você, com sorte, só vai conhecer nas manchetes de jornal. Poucas chances, marginalizadas, tendo quase como opção exclusiva a prostituição. Ser gay, meu amor, é mais que dar pinta: é fazer resistência. É ser a resistência. Ser travesti, ainda mais no Brasil, é fazer do próprio corpo uma revolução.

Então, meu amor, se pegue na coreografia e vá em frente: manda um beijo pras travestis. Mais que beijo, mande cidadania. Mande respeito, mande dignidade. Porque, meu amor, sem travesti, você não é ninguém.

Transbeijos transfeministas
Tchynna Turner.

CASA DA BARTÔ – Ser travesti (para além do fetiche)


Todos sabemos como foi e é dura a vida das nossas irmãs travestis. Marginalizadas do sistema público de saúde, muitas vezes se submetem a tratamentos quase medievais para adequarem seus corpos aos desejos de suas identidades. É o que mostra o vídeo abaixo, que é um trecho de uma das famosas reportagens do jornalista Goulart de Andrade que passavam na TVS no final dos anos 1980 (essa especificamente é de 87). Nele, conhecemos a casa da travesti Bartô, famosa bombadeira (aplicadora clandestina de silicone industrial) de São Paulo da época, e as práticas de aplicação de silicone pelo corpo, a violência a qual eram submetidas por políciais e o uso de navalhas para proteção.

Atenção: as imagens são fortes!

Agora você imagina, para a pessoa se submeter a essa tortura física o tamanho que é a necessidade dessas pessoas de serem exatamente aquilo que desejam ser. Quem somos nós para julgá-las? Mesmo a pratica sendo perigosa, mais triste é ver como foram e são tratadas nesse país.

E não se engane, esses procedimentos são feitos até hoje, como mostra o documentário “Bombadeira – a dor da beleza” (que já postamos aqui).

E como vocês sabem que as bichas não valem nem a cuspida pra lubricar o edí, elas já fizeram uma paródia do vídeo, aquenda:

“Xuxu, peraí, Xuxa!”

Obrigado, Marcos.

Inauguração do Vila Velha Cineclube LGBT


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Nesta quinta-feira (09/05) acontece a sessão inaugural do Vila Velha Cineclube LGBT. O evento ocorrerá na Academia de Letras Humberto de Campos, na Prainha, em Vila Velha.

18h30 – Quem Tem Medo de Cris Negão? (2012) – 25′ – O curta dirigido por René Guerra, conta a história de  Cristiane Jordan, ou Cris Negão, uma travesti cafetina do centro de São Paulo, conhecida por seus métodos violentos. Odiada e temida por uma legião, ela também tinha seus fãs, até ser tragicamente assassinada. O filme propõe um mergulho no universo marginal das travestis, a partir dessa figura lendária do submundo de São Paulo.

19h – O Céu Sobre os Ombros (2010) – 72′ – O filme dirigido por Sérgio Borges trata da solidão e das dificuldades da vida humana, mas também trata de como os homens criam suas saídas, suas respostas às dificuldades, sua felicidade. Ganhou 29º Festival Internacional de Cinema do Uruguay – Melhor filme documentário no 2011 e 3º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro2010 – Melhor filme, melhor direção, melhor montagem, melhor roteiro e prêmio especial do júri (elenco).

20h20 – Bate-papo com o cineasta Rodrigo de Oliveira, de As Horas Vulgares, e com a transexual Deborah Sabará, coordenadora do Fórum Estadual LGBT do ES.

Confirme sua presença: Sessão Inaugural Cineclube Lgbt

Sempre a mesma ladainha


Essa é a notícia verdadeira, cuja foto foi usada nesse post fake (clique AQUI) que está circulando no Facebook

Não é a primeira vez que vemos casos de travestis que cometem crimes contra clientes na vida noturna. Até aí tudo bem, grupos marginalizados tendem a encontrar sua fonte de renda na criminalidade.

Mas por que cargas d’água o depoimento da vítima sempre tenta tirar o dele da reta quando o assunto é ter saído com a travesti envolvida no crime?

Cata a notícia abaixo:

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Vamos pensar um pouco.

  • Segundo o pai do garoto ele foi assaltado dentro da boate: Aí já começa o primeiro problema, como alguém entra com uma arma-de-fogo numa boate? Que segurança é essa? Ainda mais uma travesti, que são famosas por esse tipo de comportamento, a atenção dada a elas na revista é sempre dobrada.
  • Depois ele diz que foi coagido a sair da boate para recuperar o aparelho, outro problema: Se a travesti estava armada e o ameaçou com uma arma-de-fogo durante todo o trajeto, numa boate lotada, como é que ninguém, absolutamente ninguém, viu essa arma na mão dela? Afinal, se a arma não estivesse o tempo todo exposta era só ele gritar um “pega ladrão” e pronto, heterozinho bombado é o que não faltaria pra embolar em cima dela ali.
  • E ainda que fosse uma faca e a arma só estivesse em casa, revistar e observar que tem um homem forte (ele é marinheiro, podemos deduzir que não é magro e baixinho) e apavorado com uma trava grudada no cangote dele que é bom, nada, né?

Aí a mãe continua, muito esperta nas analogias:

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Heterofobia, você não leu errado, a mãe do garoto quis comparar crimes gratuitos como o da lâmpada fluorescente e o da orelha arrancada, em São Paulo, com um crime no qual o garoto vai até a casa da travesti e passa a noite inteira lá (porque testemunhas viram o rapaz na casa dela).

Eu, heterofóbica? E o meu ganha-pão?

Eu, heterofóbica? E o meu ganha-pão?

É ilógico, ela levou o rapaz pra casa dela! Que criminoso faz isso? É assinar a própria culpa.

Mas eu não vou excluir a possibilidade de crime heterofóbico não, apesar de absurdo, sabe porquê? Por que são inúmeros os casos de gays que saem com homofóbicos de festas, fazem sexo com eles e são assassinados.

Mas vejam bem, SAEM com homofóbicos, eles sentem atração pelos rapazes e vão pra outro local por livre e espontânea vontade.

Todo respeito pela dor da família, é claro, mas custa admitir que o rapaz saiu sim com a intenção de fazer sexo com a travesti, se é que não fez, e que realmente o mais provável é que eles se desentenderam depois do sexo?

Mas não, é mais fácil criar esse estado de caos e coagir milhares de leitores a acharem que existem gays que agridem héteros simplesmente por eles serem o que são. Alguém tem que levar a culpa, sujar a honra do filho macho, jamais.

Dica do Jefferson, Fonte: O Dia

Quem será o jornalistão?!


Eu durmo 12 horinhas de ressaca e os valores morais gays se invertem em Vitorinha?! Como assim as amigas comunicateiras desbandaram a brigar com as nossas queridas travas?

Cata a notícia d’A Gazeta:

Estamos de olho

Sempre sobra pras travestis, né? O que não faltam são vídeos do Youtube com esse clientes que surgem com essa mesma história de que foi roubado e por isso arrumou confusão.

Queria saber se realmente todas as travestis são desonestas ou se tem caroço nesse angu… um caroção DE MANGA!

Agora, nada me chocou mais que o fato de ter sido um jornalista quem fez isso. Eu tenho minha desconfiança quanto ao sumiço da Dé, que é jornalistona, e a ligação com o ocorrido.

Enfim, a trava ganhou meu coração e o SELO LUANA DA LAPA de qualidade quando se defendeu com o extintor de incêndio do carro!

Michelle, quer ser minha amiga?! ❤

p.s.: Esse post, como saiu de uma notícia divulgada na grande mídia, terá os comentários liberados. Se matem de fofocar abaixo: quem será?

Dica do Diego

Penetração não define sexualidade


Se essa Fazenda está boa ou ruim eu não sei.

Mas pelo menos essa discussão foi uma delícia e Léo + Penélope se mostraram inteligentíssimas diante do machismo dos “machos-alfa” de koo quadrado, que não admitem que fisiologicamente todo homem (hétero ou gay) é capaz de sentir prazer com a próstata:

Tem como não amar? Não vou mais reclamar quando disserem que me pareço com a Léo, não depois dessa demonstração de conhecimento. ❤

E tem gay que ainda concorda com o conceito machista de sexualidade, dá uma olhada no absurdo clicando AQUI.

Respondendo o comentarista B! que comentou aqui dizendo que gente inteligente é exceção: quem me dera que gente BURRA fosse a exceção.

Dica do Diego

Smartão!


Daí que você está lendo a Folha e se depara com essa manchete:

Um homem acusado de tráfico de drogas fugiu da delegacia de Penedo (156 km de Maceió) nesta quarta-feira (4) vestido de mulher (…) “Vestido de mulher, com unhas pintadas, pernas e braços depilados, peruca e usando vestido comprido, o preso chegou a sair da carceragem. Ainda disfarçado, ele foi recapturado”, contou Carlos Welber, chefe de operações da 7ª Delegacia Regional.

Então você pensa: “Mor esperto esse bandido, arrasô, fez igual filme, igual desenho animado. Fiquei curioso pra ver como ficou, vou clicar na matéria pra ver o quanto ele ficou feminino e convincente pra sair do xadrez”. Click!

HAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA

HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAUHA

UHAUHAUHAUHAUHAUHAHAUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAH

HAUHAUAHUAHUAPUTAQUEPARIUHAUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAH

UAHAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHAUHUAHAUA…

#morri

Primeira travesti a fazer doutorado no Brasil defende tese sobre discriminação


Antes de se tornar supervisora regional de 26 escolas públicas e ingressar no doutorado em Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luma Andrade foi João por 30 anos. Na escola, apanhava dos meninos por querer parecer uma menina. Em uma das vezes que foi espancada, aos nove anos, queixou-se com a professora e, ao invés de apoio, ouviu que tinha culpa por ser daquele jeito.

Mais tarde, já com cabelos longos e roupa feminina não se reconhecia no uniforme masculino que era obrigada a usar. Evitava ao máximo usar o banheiro e aturava em silêncio as piadas que os colegas insistiam em fazer. “Se a travesti não se sujeitar e resistir, acaba sucumbindo”, lamenta.

Em 2003, já com o título de mestre, prestou concurso para lecionar biologia. Eram quatro vagas para uma escola do município de Aracati, apenas ela passou. Porém, o diretor da escola não a aceitou. Luma pediu a intervenção da Secretaria de Educação do Estado e conseguiu assumir o posto. “Eu não era tida como um bom exemplo”.

Anos depois, assumiu um cargo na Coordenadoria Regional de Desenvolvimento de Educação de Russas, justamente a região onde nasceu. Como supervisora das escolas estaduais de diversos municípios, passou a interceder em casos de agressões semelhantes ao que ela viveu quando era estudante.

 “Uma diretora de escola fez uma lista de alunos que, para ela, eram homossexuais. E aí mandou chamar os pais, pedindo para que eles tomassem providências”. A providência, segundo ela, foi “muito surra”. “O primeiro que foi espancado me procurou”, lembra. Luma procurou a escola. Todos os gestores e professores passaram por uma capacitação para aprender como lidar com a sexualidade dos estudantes.

Um ano depois, em 2008, Luma se tornou a primeira travesti a ingressar em um doutorado no Brasil. Ela começou a pesquisar a situação de travestis que estudam na rede pública de ensino e constatou que o caso da diretora que levou um aluno a ser espancado pelos pais e todas as outras agressões sofridas por homossexuais tinham mesma a origem.

“Comecei o levantamento das travestis nas escolas públicas. Eu pedia para que os gestores informassem. Quando ia averiguar a existência real do travesti, os diretores diziam: ‘tem aquele ali, mas não é assumido’. Percebi que estavam falando de gays”, relata. A partir desse contato, Luma trata em sua tese de que as travestis não podem esboçar reações a ataques homofóbicos para concluir os estudos.

Mas também sugere que os cursos de graduação em licenciatura formem profissionais mais preparados não apenas para tratar da homossexualidade no currículo escolar, mas também como lidar com as especificidades de cada pessoa e fazer da escola um lugar sem preconceitos.

“Cada pessoa tem uma forma de viver. Conforme ela se apresenta, vai se comunicar e interagir. O gay tem uma forma de interagir diferente de uma travesti ou de uma transexual. O não reconhecimento dessas singularidades provoca uma padronização. A ideia de que todo mundo é ‘veado’”. A tese de Luma está em fase final, corrigindo alguns detalhes e vai defendê-la em julho, na UFC, em Fortaleza.

Fonte

Vazou (risos) ‘I’m cool’, o aguardadíssimo novo clipe da Gretchen


É cool, é hypster, é hype, é vanguarda. Chame como quiser. O fato é que o hit do verão (não, não é ‘Ice eu te pego’) a música ‘Ai, meu cu’, da disco diva Gretchen e a banda 1 e 99 (risos) virou clipe e já estávamos todos loucas da cu pra ver e ouvir essa maravilha (vindo da Grê só poderia ser coisa boa, néam?). Tá esperando o que, bee, aperta o play e arrasta a prochasca no chão cagente:

Vengentchy, canta junto: ♪ “Ai, meu cu, ai, me cu, au, meu cu, ai, meu cu!”

Tem como não amar essa face natural, essas tattoos cobrindo as cicatrizes dos braços, esses gemidos que fazem os vizinhos pensarem que a gente virou hétero e tá vendo pornô? Sambô na cara da sociedade com a discodivice dela! #loosho