Sushi no Leblon


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Observando a vida amorosa no Rio de Janeiro, cunhei a expressão “paradoxo do sushi do Leblon”.

1. Você conhece alguém e logo vem o convite para sair. Embora haja variações, o programa padrão é geralmente “um sushi no Leblon”;

2. Quando a pessoa te chama para comer “sushi” no abastado bairro do “Leblon”, você já pensa nas seguintes possibilidades: a) é rica; b) se não for, está pré-disposta a gastar com você”;

3. Só que você é pobre: não tem dinheiro nem para o ônibus, muito menos para pegar um táxi para o Leblon;

4. Leblon não tem metrô, logo você não consegue se assumir como COSMOPOLITA e justificar o porquê de estar chegando em um encontro neste charmoso meio de transporte;

5. Agravante: não só pobre, mas como eu, com paladar de pobre. Você detesta comida japonesa;

6. Você repensa sua vida e pensa se não é melhor morar em Nova Iguaçu;

7. Você pega um BRS para chegar no Leblon, manifestado pelo medo de ter que rachar a conta e seu cartão dar “não autorizada”;

8. Chama para ir na Praça São Salvador, para um programa alternativo. Sem sucesso;

9. Você vai. Segura a ânsia de vômito na hora de comer o sushi, desce dois pontos antes para pegar um táxi e não chegar tão por baixo, evita pedir bebida para a conta não ficar cara;

10. Chega a conta. A pessoa não se mexe. Passa um filme na sua cabeça. Você abre a conta. Pensa em quantos pratos vai ter que lavar por aquele sushi.

11. Você, ainda assim, resolve investir. Paga a conta. Chama a pessoa para um momento mais íntimo. Dá aquela espreguiçada e abraça a pessoa;

12. A pessoa desvia. Diz que a noite foi ótima. Que ela já está indo, mas que gostaria de te ver de novo. Nota: “vamos nos ver de novo” significa “nunca mais, meu amor”.

13. Já passou de meia noite. Você tem que pegar um táxi.

14. O motorista aceita o cartão. Mas dá não autorizada assim que você chega em casa.

15. Você diz que tem dinheiro lá em cima. Sobe. E NUNCA MAIS DESCE NA SUA VIDA.

16. Você passa quinze dias sem pegar táxi para não correr riscos.

17. Mesmo nessa maré de azar, aparece uma pessoa maravilhosa na sua vida. Ela vai e te chama para um sushi no Leblon.

18. Volte para a fase 1.

Aloe Vera é correspondente internacional do Babado Certo no Rio de Janeiro.  Escreve sobre a cidade (que só tem viado), as distâncias de Vitória e as dores e delícias de encontrar Renata Sorrah na fila do cinema. Entre em contato com ela por meio de mesa branca, baralho cigano ou do e-mail a.loevera@outlook.com.

O beijo que pesa como uma bomba


Beijo Felix

Parecia final de Copa do Mundo, Brasil e Argentina. As bichas todas reunidas em volta da televisão, tomando uma cervejinha e comendo uns quitutes. Toda vez que o Félix e o Niko ficavam um pouquinho mais juntos todo mundo gritava ao mesmo tempo, uma loucura: “AI, MEU DEUS, AGORA VAI!” “VAI, VAI, VAI!”, “BEIJA LOGO, GARÁLEON!”. Um nervosismo…

[Afinal era o final da novela Amor à Vida e pela primeira vez a emissora de TV mais popular e tradicional do país, a Globo, havia dado sinais de um possível beijo entre dois homens em uma de suas novelas – verdadeiros monumentos da cultura de massa nacional – o que até então era um tabu (em 2005, na novela América, um beijo gay chegou a ser gravado, mas foi vetado de última hora). Ou seja, bizarramente, era um momento histórico na televisão do Brasil, desses de contar pro netos, “eu tava lá”, quando reexibido na retrospectiva de 2050].

Ai foram todas aquelas cenas de final de novela, gente casando, gente parindo, gente reunida e festejando… As gueis ansiosas, viravam especialistas em teledramaturgia e ficavam comentando os furos no enredo, como o naquela cena bizarra dos comparsas da Aline entrando com um bolo (um bolo, gente!!!) INTEIRO, ENORME, dentro do presídio! rs. Todos ficaram chocados (desculpa pelo trocadinho infame) e amaram a morte da vilã. Foi inédita e inovadora. Depois veio aquele monte de cena de perdão ao Félix. No fim das contas, o enredo na novela tornou-se a redenção desse personagem.

O capítulo da novela já ia para mais de duas horas, quando Félix e Niko, na sua casa de praia riquíssima – onde moram com seus filhos e com o Cesar, pai do ex-vilão -, ficaram sozinhos… Aquela tensão já tomou toda a sala, ficamos todos em silêncio, mãozinhas dadas, vidrados na telinha. Os dois se aproximaram e o personagem do Thiago Fragoso passou os bracinhos em torno do pescoço do personagem do Mateus Solano. Já pensei: se for para ser vai ser agora. Um misto de esperança e de ódio me consumiu, pois se com aquela ação eles ainda não se beijassem seria muita filhadaputice da Globo.

Os dois se entreolharem, cada um com a cabecinha levemente virada para o lado e Félix disse emocionado: “Eu não vivo sem você, Carneirinho”. Daí eles foram se aproximando e…

*BOOM*

*BOOM*

Os viados ficaram loucos. Gritavam, pulavam, soltaram fogos. Todo mundo saiu na varanda ensandecida fazendo barulho comemorando a grande vitória. PUTA QUE PARIU!!!!! Filmei nossa reação quando houve o beijo, cata, mona:

Como esperado, o beijo caiu como uma bomba no país. As redes sociais foram tomadas de reações a cena. Muitas positivas e lindas! O dia 01 de fevereiro acabou virando o Dia Nacional do Beijo Gay. Uma onda de amor tomou o país! ❤ Pessoas se abraçando, dando beijaços, compartilhando mensagens de respeito e defesa a homoafetividade. Muitos perfis do face foram trocados pelo frame da cena do beijo. Foi coisa linda de se ver.

No outro dia TODOS os reacionários nacionais e locais estavam aos jornais esbravejando, ameaçando (alguém me explica porque quando o tema é gay NECESSARIAMENTE a fonte ouvida é um religioso cristão?). Quanto mais eles ficavam nervosos mais as gays gozavam de amor e alegria:

Um dos melhores tuítes, aos reacionários foi este:

E claro, teve autor de novela que ficou queimadíssimo. Lembram disso:

Aguinaldo Silva Sobre Beijo Gay

“Tá feio, tá eshcroto”

É aquilo, né, quem nasceu para Clô, nunca vai ser Félix. Beijos, Gui!

Enfim, algumas considerações sobre o beijo:

  1. Foi tardio: o fatídico beijo-gay-na-novela-da-Globo veio super tarde. Tão tarde, mas tão tarde que nem soou mais como algo revolucionário, moderno, etc. Não havia nada de avant-garde nele. Soou mais como uma corrida atrás de um tempo perdido, a emissora perdeu o timming da mudança de costumes na sociedade e transformou a coisa em algo muito maior do que precisava ser. Mas, antes tarde que nunca, né?
  2. Foi elegante: a Globo cumpriu o que prometeu. Querendo agradar gregos e troianos, a cena foi exatamente como anunciada, não foi apenas um selinho chocho, mas também não foi um beijão de língua ultra-erótico. Ficou uma cena de bom gosto que não fez ruir a tradicional família brasileira.
  3. Foi político: é ingênuo acreditar que não há articulação entre política, afeto e cultura de massa. Os discursos estão aí circulando e modificando a sociedade. Cenas como essa vão naturalizando as relações LGBTs e, se não aprovadas, pelo menos estimulam o respeito às diferenças.

O mais lindo foi que logo após o beijo veio aquela cena lindíssima do Félix e do César, observando o pôr do sol, ambos se perdoando. Foi lindo pois lembrou a todos – logo depois do beijo – que o gay tem uma família e que muitas vezes ela é, antes mesmo da sociedade, seu próprio inferno particular. Acabou que essa cena foi mais importante e emocionante que o próprio beijo e deu a sustentação afetiva para a cena anterior.

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Foi um final de novela lindo como a muito tempo não se via. É inegável que a cena só ficou tão perfeita e emocionante (quem não chorou tem uma pedra no lugar do coração) graças ao talento, experiência e sensibilidade de um Mateus Solano e de um Antônio Fagundes. Para vocês entenderem o peso que a cena teve leia esse relato de um gay a uma colunista do IG (um dos vários que surgiram na rede):

“…estavam todos na sala… eu no sofá quando o Felix beijou o carneirinho… Silêncio… Fiquei quieto também pra não dar motivos, embora estivesse fazendo a drag por dentro… Mas a cena final, do Felix e do César, eu não aguentei, veio um choro descontrolado que estava preso esses quatro anos que não falamos direito.., estava total descontrole… dai veio minha mãe com a cara  inchada de chorar me abraçar e meu pai do outro lado segurou minha mão e pôs a mão em volta do meu ombro… Não falamos nada! Na hora de dormir, o Felipe (irmão) entrou no quarto, deu a mão e quando eu ia apenas apertar, ele me puxou, deu um abraço e disse que ele sempre vai ser meu irmão. E chorei de novo… Pela primeira vez não dormi no inferno” (FONTE).

Nossa, para nós blogueiros gays foi um alívio agora toda a vez que começar uma novela com personagem gay não vamos precisar ficar perguntando “será que vai ter beijo gay bla bla bla”. Nossa, tirou um peso das costas. rs

Mas a luta ainda não acabou, minha gente: queremos agora um beijo gay numa novela BOA! rs #fikadika, João Emanuel Carneiro!

Uma ponte, uma muralha


Intransponível!

As bichas sempre foram muito reclaMONAS quando o tema era passar de Vitória para Vila Velha e vice-versa. Eu achava que era preguiça, mas… porra! Não é para menos! Passar de uma cidade para a outra a noite é uma tarefa que exige muita força de vontade, sorte e aqué.

Sempre achei exagero das gueis de Vitória essa vibe, mas isso porque eu era uma bicha novinha e guerreira, que quando saía a noite ficava até o dia amanhecer e o ônibus regular já estava circulando. Agora que sou uma senhora casada moradora da cidade de Vitória e que sinto vontade de voltar antes para casa, frequentar qualquer coisa em Vila Velha a noite se tornou uma missão impossível.

Nem com transporte alternativo dá!

Durante o tempo que morei em Vila Velha fiz muitos amigas lá – a maioria deles mora em Canela Verde City- e está ficando cada vez mais difícil vê-las, como se elas morassem em um estado longínquo. Nem eles conseguem vir para cá, nem eu posso ir para  lá, simplesmente porque não tem como, não há possibilidade transporte!

Ir de carro não dá, lei seca está aí, nervosa e funcionando, o que é corretíssimo, e as beeshas gostam de um otim, daí já viu. Voltar de táxi é proibitivo por conta do preço: qualquer corridinha pela ponte fica pelo menos 60 contos. Transporte coletivo pode passar ou não e você corre o sério risco de ficar horas esperando com o braço caindo de tanto levantar e mesmo quando um ônibus passar é capaz de ele não parar (em Vitória sabemos que isso é extremamente comum).

Única forma de conseguir ônibus na madrugada.

Bizarramente vale mais a pena você se hospedar do que conseguir se transportar de uma cidade a outra, que estranhamente estão na região metropolitana e não são distantes. Isso é um desafio para as casas noturnas. Esses problemas estruturais fodem com os entretenimentos noturnos, se a pessoa quiser sair tem que ficar com o que tem na sua região, não há integração entre os municípios em período noturno. DESANIMA!

Fico indignadãm!

Nossas cidades estão ficando cada vez mais chatas e velhas por conta de pequenas coisas como essas. É como se tudo fosse feito apenas para que pudéssemos trabalhar, diversão noturna não faz parte das políticas públicas (vide também o caso do ‘Celebration’).

Isso porque nem estou falando sobre a Serra e Cariacica, hein?

Félix, de Amor à Vida: está sendo bom para nós?


No Natal, na festa de família – lá rola aquela vibe sabequeégaymasnãocomenta -, minha tia gritou para o meu tio, marido dela: “Corre, amor! Vai começar o Flex!”. Perguntei o que era e fiquei sabendo que se referia ao Félix, personagem de Matheus Solano em “Amor à Vida”. Perguntei se o nome era pelo fato dele ser bissexual (sei lá, vai que, não vejo a novela) e após um choque com a palavra que foi tratada estarnhamente como palavrão, fiquei sabendo que a personagem da Tatá Werneck é que chama ele assim. Aí, minha tinha comentou: “Fulano (meu tio), adora o Flex e olha que ele é preconceituoso (aé, minha senhora, você deveria ter vergonha de falar isso, não?). Não perde um episódio! Ele gosta tanto que até imita, imita direitinho, faz amor…” . Meu tio se recusou a fazer, claro!

Hoje saiu no Gazeta Online, na seção de participação do leitor, esta matéria:

Amor a vida

Quem acompanha a novela Amor à Vida, viu que o personagem Félix (Mateus Solano) ficou totalmente pobre por um período e teve que vender cachorro-quente na 25 de março, junto com a personagem Márcia (Elizabeth Savalla). Para conseguir atrair mais clientes, Félix amarrou a blusa no meio da barriga, colocou apetrechos na cabeça, colar de flores e utilizou o poder do grito.
Inspirado no Félix, um vendedor de castanhas e amendoim decidiu “inovar” na Praia da Costa, em Vila Velha. Utilizou o mesmo figurino de Félix e sai “desfilando” nas areias da praia tentando vender os produtos. Com muita alegria, grita: “Amendoim do Félix, quem quer?”.

Recentemente o diretor da novela, Mauro Mendonça Filho, em entrevista ao Uol, deu pistas das estratégias de conquista do público brasileiro pelo afeto:

“Acho que o sucesso e a aceitação dos personagens é fruto do trabalho do Walcyr, que não colocou a emoção em primeiro plano no texto. Por não ir tão claramente direto ao assunto. Se ele colocasse com tinta forte, com palavras como ‘eu te amo’, talvez não tivesse mais para onde ir a essa altura da trama. A grande dificuldade do brasileiro mediano, quando se trata de personagens homossexuais, é a aceitação de que existe afeto. Porque as pessoas sempre gostaram do gay cômico, mas quando é o gay amoroso, as pessoas não aceitam. O fundamentalismo antigay sempre pregou que isso ‘não é Deus’, mas o afeto é divino. A gente está conseguindo mudar isso somente agora e, para mim, isso aconteceu porque eles [Félix e Niko] primeiro foram amados [pelo público] antes de se amarem”, disse.

Tenho percebido essa reverberação positiva nos meios populares. Conversando com amigos eles dizem que suas mães – já senhoras, crentes e tal – tem uma simpatia enorme pelo personagem. Minha dúvida era se o público que estava recebendo os “relacionamentos gays” em sua casa pela telinha, estava recebendo com naturalidade ou apenas engolindo. E aparentemente tem aceitado bem o personagem. Está até torcendo para que ele fique junto com o Nico (Thiago Fragoso). No fim das contas, ainda que com vários traços inverossímeis, o personagem composto por Walcyr Carrasco foi se humanizando e ganhando o carinho da galera que assiste a novela, tendo retrado alguns aspectos importantes do sujeito homossexual, como o armário, o outing, negociação de aceitação, pinta, relacionamento…

Estará o público, ENFIM, pronto para assistir uma chegada  maior entre duas pessoa do mesmo sexo? Aguardemos! Minha torcida é que sim, acho que o personagem tem um apelo bacana com o telespectador e merece esse desfecho.

E vocês, como tem visto a novela?

Quando eu era jovem minha mãe me disse que todos nós éramos superestrelas


Eu acho que viado tinha que ter desconto em companhia aérea, porque a medida que mais interessa a nós não são centímetros de piroca, mas a quantos quilômetros a piroca desejada está da gente. E assim, eu fui passar a virada de ano acompanhando um boy hipster, desses que cortam o cabelo colocando a cabeça no liquidificador, num barzinho imundo da Liberdade. Não que ele valesse muita coisa, é que ele só me disse uma palavrinha mágica: ka-ra-o-kê.

não há nada que me deixe com os mamilos entumescidos mais do que a palavra “karaokê”

Quando ele me falou isso, não pensei duas vezes na quantidade de quilômetros ou de parcelas no meu cartão: joguei a minha edição especial da Nova sobre os cinquenta tons de calcinhas champange que iam fazer sua chimamanga ter uma espumante virada de ano e saí correndo em direção à rodoviária voadora de Vitória tão rápido que até me esqueci deste pequeno acessório indispensável para algumas notinhas no Ego.

Nenhuma calcinha, porém duas perucas que a gente nunca sabe quando vai precisar, não é mesmo?

Chegando lá, minhas amiguinhas, só pensava naquele cardápio musical e já me deliciava com aquelas páginas tão grudadinhas quanto as da minha edição especial da G Magazine com um encarte especial do Vampeta. Enquanto eu me decidia se encarnava Dira Paes e me jogava numa canção de Alcione ou se prestava um tributo à música pop saindo de dentro de um bolo cantando Too Little, Too Late, uma senhoria de meia idade passou na minha frente, agarrou aquele microfone de forma fálica e já engatou nada mais, nada menos que… E.VA.NES.CEN.SE

BRIIIIIIIIIIIIING ME TO LIFEEEEEEE

Naquele momento, fui carregada diretamente para minha adolescência, bebendo sangue e tomando benflogim no píer do Shopping Vitória.

Óbvio que não pensei duas vezes e iniciei um dueto com aquela mulher misteriosa, tão cubista quanto um pokémon, que terminou num delicioso beijo molhado entre vaias e aplausos de uma platéia composta por traficantes de órgãos, donos de pastelaria, três power ranges e o Yudi.

não à toa, já apelidei um namorado com gengivite de Sharon Needles

Na hora que desci do palco, um amigo do boy praticamente fez uma cena, quis levantar, quis ir embora, não queria estar ~exposto daquela maneira que eu e minha perna mecânica fizemos. Gente, faz um favor. Sabe por que viado ama música, adora ficar com dor de garganta pra poder virar a Ana Carolina? Música é expressão e nesse mundo tão chato, tão cheio de bichinha com não me toques, é em cima desse palco gostoso que você pode mandar seu gênero, seu peso, sua cor, sua idade, dois hambúrgueres, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim às favas e ser nada menos do que você.

no outro dia, a gente pode até acordar com uma ressaca daquelas, pedir água, bate pezinho, mas esse papo de ressaca moral por dar show em cima na bancada é mó caô

Todo mundo deveria descer mais do salto, subir em cima da mesa, inventar a própria coreografia até para jingle de campanha política. Sabe, viado que canta, os males espanta. Não tenha medo do mico, amiguinha, porque você já está em cima do palco: as atenções se voltam pra quem é extraordinário, pra quem quebra a expectativa das tias e das namoradinhas, dos colegas do trabalho e suas piadinhas sem graça. O show é seu, minha amiguinha. Pára de ser chata e vá em frente.

insane-in-themembrane:☾♡☽

requebra, requebra, requebra, aí sim, pode falar, pode rir de mim

Eu mesma fui. E fui de novo. Dei show. Se tem uma coisa que eu aprendi, meu amor, é que quando a vida te faz dublar pela sua vida, é melhor você não fuder com isso tudo pra cima. Afinal, se você não pode amar a você mesma, como quer amar a mais alguém. Posso ouvir um amém?

E só posso dizer, arrasei no Per Amore, viu.

Desculpa se eu desafinei um pouquinho. E você, amiguinha, se chegasse a sua hora de dublar pela sua vida, qual a música que você escolheria? Aproveita aí os comentários e se joga. Quem sabe a gente não faz um dueto no 20Cantar?

BOMBA: Feliciano se despede da Comissão de Direitos Humanos!


Cata a notícia do Globo.com:

acabou

acabou 2

Minha reação:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=ZwRHIGusjQU]

Não! Pior é o que ele fala no final, eu não consigo acreditar que esse animal fala sério essas coisas, não é possível:

varolozu

valora

Bitch, please

Bitch, please

Agora só não pode cagar tudo e votar nele em 2014. Porque como senador AÍ SIM ele vai nos dar dor-de-cabeça.

A ética: onde está?


Existem regras, acordos tácitos, entre nós gays que deveriam sempre ser respeitados. O gay  tem suas coisinhas, seus espaços, que deveriam ser preservados sempre por outros gays. Existe uma ética!!!

Me explico. Esses dias dei uma festinha aqui em casa, coisa fina, jantarzinho e tal. Entre as pessoas algumas bichas que estavam fervidas e doidas para ir a boate. E foram.

Quando terminou a festa meu companheiro veio me falar: “Acho que fulano fez a chuca aqui em casa”. “O QUE?!”. Fiquei indignado, uma falta de respeito!

Agarrei ódio na bicha. Como assim ela vem na casa da gente e usa a NOSSA chuca?! Não, gente, não é egoísmo, não é falta de fraternidade com as irmãs. É questão de higiene! Sabe-se lá onde andou o edí daquela gay. Esquistossomose taí, mona! Passei o dia todo faxinando a chuca: deixei de molho na Q’Boa, esfreguei BEM com bucha de pelos duros e passei álcool em gel bactericida. Deixei tudo higienizado. A chuca parece que é nova. Mas a revolta ficou: não dá pra deixar o coração de molho.

A chuca de uma bicha é sagrada!

Sei que fazer chuca fora de casa sempre é o maior problema do viado (a chuca de garrafa pet taí como prova), mas há um acordão entre nós de manter o espaço prioritário da bicha dona da casa, né? Eu já sofri muito com chuca fora de casa, sempre tenho medo de pegar uma super bactéria que coma meu edí todinho fazendo ele virar uma enorme cratera gangrenada. Uma vez, num hotel, tentei retirar o chuveirinho para usar só a mangueira e inundei o banheiro do hotel todinho, mor mico, tive que chamar o boy para me ajudar, desligar a água todo do quarto e o escambau. Só depois pensei que deve ser mais seguro usar com o chuveirinho essas chucas “públicas”, pois toda bee deve ter a mesma ideia, tirar o chuveirinho e ninguém usa com. Sei lá! Apesar de que tem cada louca no mundo, né… O vinhádo que veio aqui em casa taí para provar que não estou mentindo.

Como lidar?

Sem traumas ou polêmicas, ‘Amor&Sexo’ mostra o primeiro beijo gay entre homens da Globo


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“Foi só um selinho?” Foi só um selinho. Porém, enfim a Globo mostrou o primeiro beijo na boca entre um casal do mesmo sexo. O tema já muito debatido acabou tomando uma proporção muito maior do que deveria ter, afinal, em pleno 2013, uma bobagenzinha como um beijo entre homens ainda cause tanto burburinho é de dar dó.

Mesmo sem conseguir inserir nas novelas – apesar da ENORME expectativa -, o fatídico ato de afeto foi ar de forma simples e sem traumas. O esquema lúdico montado foi o de dividir a plateia em pessoas que procuravam parceiros héteros e homoafetivos. Daí possíveis casais de interesse reproduziam a cena clássica da Dama e do Vagabundo, aquela do macarrão, e se tudo desse certo, davam um beijo no final.

Vejam:

Beijo Gay em Amor&Sexo Globo

Clique para ir à página do programa. A cena acontece a partir do minuto 03:05.

OOOOOWWWWNNNNNN! ❤

A jornalista Glória Maria, que participava do programa, completou após a cena: “Fernanda é o primeiro beijo gay da TV”. Já não  era sem tempo que a maior emissora do país tornasse a discussão sobre a homossexualidade mais abrangente, né? Estaria a Globo ensaiando ampliar a abordagem e o tal beijo gay de novela ser apenas uma questão de tempo? Veremos…

Eu adoro o programa “Amor & Sexo”, primeiro porque tem a Fê Lima que é uma querida que consegue levar o programa de forma autêntica e espontânea, sem repetições ou formulas (fora aquele pão que é o marido dela, néam). Segundo que ele trata de temas que neste nosso país hipócrita são “proibidos” de ser publicizados. Brincando, brincando, a gente vai quebrando barreiras, provocando reflexão sobre mudanças de comportamento e questões sociais.

Será que a Rede Record vai dar basfond assim como deu quando o programa mostrou nudez frontal?

———————–

UPDATE: Bem fui lembrado que esse não é o primeiro beijo gay entre homens da Globo! Já teve um na minissérie Queridos Amigos entre Guilherme Weber e Pedro Novais. Podemos dizer que foi o primeiro beijo autêntico, o primeiro beijo documental. rs

Pela real beleza masculina!


Olha que bacana o trabalho da artista Cynthia B. valorando a autoestima masculina! Ela fez esses desenhos para “todos os homens por aí andando com todas as cobranças estéticas da sociedade nas suas costas”.

Contra aquele monte de gente de plástico! Eu amo gente de verdade!

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Não importa se você é gordo, magricela, careca, tem piroquinha, peludo, enfim, se foge ao padrão estético exigido pela sociedade. SE AME E SEJA AMADO! E agora vamos dar a mãos e cartar todos juntos:

“Oh, que amiga… tão formosa… bela sois… traz ao rosto a formosura e a doçura no olhar.”

Via Cynthia B.

Intimidade e desejo: se complementam ou se anulam?


"Eu tô a vontade!"

“Eu tô a vontade!”

“se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava” (Nelson Rodrigues)


Há um certo pensamento bastante difundido de que o amor e a intimidade não combinarem com sexo e erotismo, naquela máxima de que a existência do novo e do misterioso seria essencial para que houvesse o tesão. Claro, que há um pouco desse fetiche, pelo menos no meu caso, o de conhecer o outro pela primeira vez e suas vontades. Mas não sei como é com vocês, mas comigo eu nunca consigo relaxar 100% ainda que esteja colocado.

Tente lembrar seus últimos sexos com desconhecidos e aposto que em muitas delas virão a sua cabeça cenas de posições emaranhadas e mal encaixadas, aquele desconforto de se deixar ver pelo outro nas posições que menos te favorecem, o efeito do álcool passando e a inibição voltando e fazendo com que você e o cafuçú se percebendo como dois estranhos dividindo, de maneira incômoda, o mesmo recinto… Aquele silêncio constrangedor… “Tá frio, né?”.


Calma, beesha, não é moralismo, sou super defensor – e quando solteiro “praticante” – do sexo casual. Comer e dar pra quem se quer, na hora que se quer e quanto se quer sempre! O tema aqui é a qualidade e para mim a intimidade é um quesito fundamental. Não tem aquela da “a prática leva a perfeição?”. Então, sou desses. O amor também sabe ser pornô e indecente. Não tem dessas de pai-e-pai, não.

Só com muita intimidade eu me sinto confortável para revelar as vontades mais toscas, as taras mais sinistras sem medo de ser feliz ou de ser taxado como pervertido. Somente quando confiamos em alguém nos atrevemos a partilhar coisas das quais normalmente nos envergonharíamos. É entre quatro paredes e embaixo dos lençóis que o incêndio acontece. Lá dá pra estar no puteiro mais baixo e sujo, ser puta, ser santa, traficante, índia, japonesa, cafetão, cu apertado, cu largo, neca grande, rolinha… com conforto e segurança (pode me chamar de classe média, nem ligo).

“Faço, claro…”

Não existe putaria maior que saborear sem nojo a pessoa que você conhece  por inteira, sem frescuras ou restrições. É uma delícia nos sentirmos confortáveis com nossos desejos mais íntimos quando encontramos alguém com quem fazer um pacto secreto de conivência diante das nossas “esquisitices”. “De perto ninguém é normal!”. É fantástico admitir nossa fragilidade e permitir que o outro faça conosco algo que jamais nos submeteríamos com um estranho. É lindo sentir o laço de lealdade se aprofundando a cada aumento de devassidão. Algo como “o que acontece aqui, fica aqui”, e para isso tem que se ter muita confiança e intimidade.

Vocês concordam?

“Homens de verdade” em anúncios de cuecas


 

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A imagem da “mulher real” está na moda, digamos assim, com algumas campanhas – poucas ainda – sendo figurada por elas: mulheres acima do peso, com marcas, cicatrizes, mais velhas, etc. em publicidade de marcas como Dove e M&S evidenciam a forma feminina “natural”.

Mas e os rapazes? Em vez de modelos realistas, as campanhas masculinas, como as de cuecas por exemplo, são ocupadas com imagens de homens com corpos perfeitamente esculpidas, com peles e pelos desenhados a photoshop e com modelos estilo boxers incrivelmente tensionados por virtuais pacotes, praticamente bonecos Ken hiper-sensuais. Tão artificiais quanto não-sexys.

Daí que o tablóide inglês The Sun fez um ensaio em que convidou alguns dos seus leitores, os mais comuns e vulgares, para reproduzir algumas campanhas de cueca de marcas famosas para “revelar a beleza natural masculina. Vamos acompanhar o resultado?

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E aí, vocês vão de que? De Beckham ou com essa barriguinha de pai de família com essa carinha de indiano? Cristiano Ronaldo ou esse ursinho lindo barbudo. Expresso minha opiniões com gifs.

Fotos com super top models:

Fotos com homens comuns:

O caso da bandeira perdida: Elza ou boa ação? [ENCONTRADA]


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A bandeira foi encontrada, realmente, como nós esperávamos, uma boa pessoa guardou pros meninos ❤

Vocês souberam, através da nossa programação, que teve mais um Piquenique na Pedra da Cebola ontem, né? Aliás, depois quero fazer um texto muito do mal-educado pra uma galera que está RECLAMANDO da presença em massa de heterossexuais no evento… e em qualquer ambiente GLS.

Essa semana eles levaram aparelhos de som e projeção para passarem filmes de temática LGBT para os presentes, e pelos comentários na página do evento, foi um sucesso.

Acontece que no final do encontro, o pessoal da produção ficou tão atarefado juntando os equipamentos de som e imagem que esqueceram uma bandeira gigante pendurada numa das árvores. Mas quando voltaram para buscar, a bandeira havia sumido.

Segue o pedido de ajuda no Facebook:

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tamborA bandeira é gigante, beesha, acho que cabiam umas 30 viados plus size sentadas nela, acompanhadas de suas cestinhas de comida. Algo desse tamanho não sumiria assim, né?

Então das duas uma: Ou uma bee muito prestativa encontrou a bandeira e guardou pra entregar pra produção, ou uma elza truqueira dobrou a delícia e enfiou na mochila.

Acontece que já são quase 14 horas e o pessoal da produção não recebeu nenhuma mensagem sobre alguém ter encontrado.

Pensando nisso, tô usando o blog pra pedir que você, mesmo que tenha roubado (ninguém vai saber se você não disser), entre em contato com os meninos CLICANDO AQUI e devolva. Aquela bandeira é muito importante pra eles, além de ser caríssima, é o símbolo do Piquenique desde o primeiro encontro. Tem valor sentimental.

Entretanto, caso você não queira devolver, saiba que eu estou neste momento ligando pra todas as amigas pembeiras e mestres das forças ocultas para planejarmos uma confraternização repleta de tambores, totalmente inspirada na mudança da aparência do seu edi:

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Por que a passividade é tomada como uma condição humilhante?


Cadê essa atividade toda?

Cadê essa atividade toda?

Aproveitando a deixa do Dé, compartilho esse texto que foi publicado no site Adé Diversidade, autoria de Gésner Braga:

Eventualmente, costumo ir a um bar de Salvador onde um ator trans­formista incor­pora uma per­so­na­gem regada a comi­ci­dade e muito escra­cho. Invariavelmente, sem­pre a vejo (ela, a per­so­na­gem) ele­ger alguém da pla­teia para uma bate­ria de per­gun­tas ínti­mas, emba­ra­ço­sas e de duplo sen­tido. Até aí, nada de novo, pois a ver­go­nha alheia foi, é e sem­pre será uma das maté­rias pri­mas do humor.

O assunto pre­di­leto nes­sas oca­siões é sexo e uma per­gunta recor­rente aos homens é: “você é ativo ou pas­sivo?”. Até hoje, não vi nin­guém res­pon­der de maneira firme que é pas­sivo. A res­posta mais fre­quente é “fle­xí­vel”, quando não “ativo”. Se, diante da insis­tên­cia e arti­ma­nhas da entre­vis­ta­dora, o inter­ro­gado se vê com­pe­lido a se assu­mir pas­sivo, isso se dá com fla­grante constrangimento.

Então eu me per­gunto: qual a razão de tanta ver­go­nha?Sobre isso, é curi­oso obser­var que mui­tos gays osten­tam femi­ni­li­dade no jeito de ser de um modo orgu­lhoso em boa medida. Trata-se de uma ati­tude ine­ga­vel­mente afir­ma­tiva que eu aplaudo, pois a femi­ni­li­dade no homem é um dos pos­sí­veis ins­tru­men­tos de rup­tura da hete­ros­se­xu­a­li­dade com­pul­só­ria a que esta­mos sujei­tos desde que nas­ce­mos. Essa mesma ati­tude tam­bém é res­pon­sá­vel por um grau de expo­si­ção que torna o gay mais vul­ne­rá­vel à vio­lên­cia. É nesse momento que enxergo um enorme con­tras­senso: se existe cora­gem para se expor tão inteiro, man­dando o pre­con­ceito às favas e dando a cara a tapa, por que a pas­si­vi­dade é uma con­di­ção tão humilhante?

Invariavelmente, diante daquele palco, ali­mento o desejo de ver uma res­posta impro­vá­vel frus­trar a piada. Imagino sem­pre a opor­tu­ni­dade de se dizer em alto e bom tom: sou pas­sivo! Eu iria além: faria um dis­curso em favor da causa e diria que essa ver­go­nha em se assu­mir pas­sivo é fruto de uma soci­e­dade machista e misó­gina que atri­bui a quem pene­tra os valo­res pre­ten­sa­mente sobe­ra­nos da mas­cu­li­ni­dade e que con­si­dera menor e des­pre­zí­vel tudo que se refira ao uni­verso femi­nino, inclu­sive numa for­çosa e equi­vo­cada asso­ci­a­ção da pas­si­vi­dade ao papel de mulher da relação.

É pre­ciso enten­der de uma vez por todas quão fluida é a sexu­a­li­dade humana, mesmo em situ­a­ções em que os papéis estão apa­ren­te­mente bem defi­ni­dos entre os aman­tes. Ao ser pas­sivo na cama, eu sou tão bio­lo­gi­ca­mente homem quanto o meu par­ceiro. Se par­tir­mos para o plano das sub­je­ti­vi­da­des, ambos somos tudo ao mesmo tempo. Ainda que exclu­si­va­mente pas­sivo no sexo, eu domino e sou domi­nado, sou doce e impe­tu­oso, sou Yin e Yang. E nessa salada de múl­ti­plos papéis, é deso­nesto e iló­gico demar­car o que é femi­nino e mas­cu­lino e total­mente des­ca­bido pro­por essa demar­ca­ção como forma de esta­be­le­cer valo­res dicotô­mi­cos, como o certo e o errado, o bom e o mau, o melhor e o pior.

Da pró­xima vez que eu for ao bar, pro­po­rei a cri­a­ção do Dia do Orgulho Passivo. Só de pirraça…

Gentileza é uma coisa, machismo é outra coisa


Feministas?

Há um tempo atrás, um post de um leitor postado aqui no blog causou polêmica, veja-o aqui. No texto, o autor faz um relato de como tratar bem seu namorado passivo. Alguns comentaristas do post ficaram indignados acusando o autor de feminilizar os passivos (o que eu concordo!) e de ser machista. Machista?!

Alguns dos argumentos sustentados é que os agrados feitos ao parceiro é um reflexo do machismo, como ocorre na relação entre homem e mulher (cis). Faz um tempo eu tinha uma opinião parecida, até que tomei um coió de uma amiga militante feminista. Para mim atitudes como abrir porta, puxar cadeira para a mulher sentar, ajudar a carregar umas sacolas era apenas uma atitude machista, uma maneira de expressar a dominação masculina em relação a mulher.

Na verdade, pode ser apenas uma atitude de gentileza e pronto. Especialmente, quando a pessoa é mais frágil e mais vulnerável, uma ajuda cai muito bem. O que os movimentos sociais querem, e isso inclui o feminismo, é igualar as pessoas NAS SUAS DIFERENÇAS. Independente de gênero. Uma mulher mais forte que um homem, num mundo pós-gênero, pode ajudar um homem a carregar algo, assim como pode segurar a porta de um elevador para um cafuçú e isso não ir de encontro ao gênero e do sexo de nenhum dos dois – do macho ou da fêmea, da bicha e do hétero.  Machismo é o que de forma ativa coloca o que é feminino subjugado ao masculino e o que agride simbolicamente ou fisicamente o ser mulher, apenas isso. Até mesmo uma gentileza como forma de flerte não vai nada mal, mostra que a pessoa está se importando com você. É importante não misturar as coisas.

Mulher, homem, bicha, travesti, oriental, velho, alta, gordo, sapatão… quem não gosta de uma gentileza, não é mesmo?