
Olha aqui! Eu quero dizer pra vocês que todas deveriam me amar MUITO depois do esforço que eu tive que fazer pra ir na Parada Gay com o calor diabólico que estava fazendo!
Nem acreditei que tive forças de sair, porque no dia anterior fui pra Nova Almeida (de novo, não me conformei com a péssima experiência da última vez).
Lá bebi tanto que, além de ter sido abordada por um cigano que em vez de tentar ler as pregas da minha mão me falou sobre uma nova técnica cigana de leitura de pregas do edi, acabei de madrugada numa cama de solteiro com um boy que nem faço ideia do nome, apenas me lembro da sensação de girar, girar, girar e ter três orgasmos. Nada. mais. me. lembro.
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Me arrumei toda por volta de 14 horas, e assim que botei o pé na rua cada fio da minha progressiva pediu arrego e num passe de mágica eu pulei de cosplay de Jessie J. para Gal Costa. Mas mesmo assim, fui, guerreira, prestigiar a luta LGBT.

Por outro lado, o calor tem suas vantagens: A nudez é uma delas.
Absolutamente toda a Grande Vitória estava seminua, e se meus peitos de hormônio já estivessem grandes o suficiente com toda a certeza eu teria tirado a camisa e feito um protesto legislativo a la Indianara Siqueira.
Mas oportunidade é o que não vai faltar, APENAS ME AGUARDE, VITÓRIA, ME A-GUAR-DE.

Eu em breve na Fernando Ferrari
Estava uma gracinha a parada, principalmente por causa da nova lei municipal aprovada em Vitorinha, que instaurou o dia contra a Homofobia e foi repetida o tempo todo em cima do palco.
Sim! O palestrante toda hora pegava o microfone e gritava: “A lei foi aprovada, se vocês sofrerem violência disquem 100”. Avisando aos homofóbicos que o bagulho ficou doido!
Como resultado, não vi violência, apenas uma correria louca na praia (e foi até poético ver aquela boiada estourando ao longe) que até agora não sei o motivo. Caso alguém saiba, favor me explicar nos comentários, pois eu vi uma fila de 20 policiais indo pra trás do palco e de repente o estouro de gente.
UPDATE: Informantes me disseram que havia um carro de som tocando funk atrás do palco e que a fila de 20 policiais foi, com toda a sua delicadeza, pedir pros meninos desligarem. Daí a confusão.

Entretanto, também vi depoimentos de pessoas que passaram por isso:
“Gostaria de saber de fato qual esta sendo o objetivo dos Manifestos LGBT? Pois o que se viu em todas elas foi grupos de funkeiros reunidos e agindo de forma inadequada com algumas pessoas que simplesmente esbarravam neles.”

… os funkeiros me trataram muito bem…
Ah! Outro ponto interessante eram as frases faladas por um menino no trio, super nonsense, seguem algumas das quais me lembro:
“Gay vivo não dorme com o inimigo”
“Vitória é sapatão!”
“Quem é de Feu Rosa grita agora!”
Entre outras que a Brahma não me permite lembrar. Mas era visível o constrangimento das pessoas na rua.
Eu só olhava assim pro trio:

No mais, parabéns a todos os envolvidos. Nem tenho ideia do quanto deve ser desgastante promover um evento desse porte, e qualquer contratempo deve ser relevado diante do trabalho maravilhoso que eles fizeram. ❤
–
Dali eu fui pra Rua Sete, no Centro, pra ver o samba.
Mas os homens estavam muito atacados, um me perseguiu por toda a rua quando eu fui comer, dizendo que queria “me atravessar”. E outro que, quando eu passei, simplesmente meteu a mão no meu peito e apertou! Cadê o cavalheirismo, minha gente?
Os boys tavam assim no evento:

Seguem as fotos da cobertura. Mas antes de tudo, quero agradecer à Jéssica Telles pela maravilhosa homenagem ao desenho Pokémon, com seu cosplay de Cyndaquil!

Separadas por um Professor Oak


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