Aviso: Post polêmico e desaconselhável para bee’s que não saibam a diferença entre “maioria” e “todo mundo”.
Bem bonita
Esses dias estava conversando com uma beesha leitora do blog sobre o nosso futuro e como nos víamos daqui uns 20 anos. Além de cacura, disse a ela que me via trabalhando num hospital renomado e tal, isso se eu não morresse antes, assassinada por alguma inimiga mortal do Babado Certo.
Fiz a pergunta de volta e, para a minha surpresa, ela não disse absolutamente nada sobre a sua vida profissional, só que queria ser “bonito”, ao ponto de ninguém ser capaz de criticá-lo quando fosse numa balada.
Envelheci 😦
Apesar dessa revelação ser chocante, é mais comum do que se imagina. Obviamente a gay é novinha e pouquíssimo experiente, mas é um medo coletivo dos gays o de envelhecer e deixar de ser atraente para as outras pessoas.
Atribuo isso à maioria dos gays que tiveram uma infância/adolescência na qual sofreram bullying por serem gays ou qualquer outro motivo, e quando cresceram perceberam que no meio gay, onde deveriam encontrar aceitação e se sentirem iguais, são discriminados do mesmo jeito.
Exótica
Eu nunca vivi isso, porque mesmo que tenha sofrido bullying na minha adolescência, depois que virei adulto desenvolvi um rosto belíssi… é… desenvolvi um rosto exótico e uma personalidade marcante o suficiente para me atrair vários seguidores.
Entretanto, não é muito raro, ao conversar com outros gays, observar a frustração que sentem quando vêem que o amigo bombado posta no Facebook que acabou de fazer a chuca e recebe 34 “curtir”, enquanto ela tem um brain storm e posta uma frase filosófica, mas só duas cacuras e uma pão-com-ovo de cabelo alisado com Guanidina acham legal.
Essa mesma gay frustrada, quando vê a quantidade de elogios que o amigo bombado recebe ao publicar uma foto sem camisa, acaba determinando que só será aceita quando ela adquirir aquele corpo.
Tudo isso porque por mais que o amigo bombado ache que “Cortina de Ferro” eram persianas para proteger as casas dos bombardeios, e ela passou com louvor em cinco vestibulares no ano passado, as pessoas ainda insistem em dar mais valor ao amigo bombado.
Aí a bombada letrada vai dizer: “Ah, Max, mas nem todo bombado é ignorante”. E não é mesmo! Posso citar dezenas de exemplos (inclua meus leitores bombados aqui <3). Pra tudo existem exceções, mas pautar teorias em exceções não é a melhor maneira de formar opinião.
Tenho mestrado em Havard, brow
Não sejamos hipócritas. O dia tem somente 24 horas, eu não consigo conceber a possibilidade de uma pessoa exercitar o corpo para chegar no nível que a sociedade deseja (Padrão gogo boy halterofilista, diferente de apenas atlético) e o cérebro na mesma proporção. Questão de lógica.
Quem nunca ouviu o ditado: “Não importa quantos livros de Franz Kafka você leu, você vai sempre perder o seu namorado para alguém que fica admirando o próprio corpo no espelho da academia”?
Daí o título do post, esses gays acabam se deixando levar pela tendência atual de valorizar o superficial e pautam o seu sucesso, a sua felicidade, na mudança do seu visual…
…Se fazendo valer da história da Betty, que mesmo que tivesse sucesso profissional sendo feia, só conseguiu o homem que queria e foi realmente feliz quando se encaixou no padrão de beleza da sociedade.
E aí? Como essa pressão social afeta vocês? Como lidam com a sensação de mesmo se exercitando e fazendo dietas malucas, tentando conciliar tudo isso com um pouco de cultura geral, sempre encontrar alguém considerado melhor que você somente por ter um par de gomos a mais na barriga?
A minha opinião é bastante simples: “Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Se é dos medíocres que você quer a admiração, vá em frente, mas depois não venha reclamar que o seu namoradinho cobiçado não consegue escrever uma oração de período composto.