
Super discreta.
Ah, quem já fez seu outing sabe o quanto é libertador sair do armário. Você pode enfim deixar as coisas às claras com os amigos e familiares, contar sobre relacionamentos, lugares e situações sem necessidade de mentir. O problema é que antes de arrasar trelíssima na pinta depois de sair do closet, você já teve que dar muitas voltas para trucar em outras ocasiões sua viadice. E a memória do povo é boa.
Eu e meus amigos rimos até hoje de quando eu entrei na faculdade e era enrustido. Eu contava meus relacionamentos adaptando as histórias. Quem era homem virava mulher, dar virava comer, etc. As histórias ficavam meio absurdas e se cumpria aquele pacto social “você finge que é verdade e eu finjo que acredito”.
Nossa, para minha mãe eu era o top dos tops na BlowUp (boate hétero de Vila Velha) porque eu dizia para ela que sempre ia lá e deixava subentendido que era para pegar gatchynhash. Mal sabia ela que eu já praticamente fazia ponto na Move Music de tanto dar close lá.

Era só virar a esquina…
Um amigo me contou que na escola passavam a revista de mulher nua entre os meninos e ele ficava lá fingindo que curtia, até fazia aquele barulhinho de pneu furado para ser convincente: Shhhhhhhhhhlipt!
Fora quando a guei para parecer autêntica pega racha: depois que todos descobrem, vira piada! Teve uma amiga minha que ficou com três beeshas enrustidas que depois se assumiram. E ela ficou com má fama, pobrezinha… Mas não era culpa dela, sabe como é, comunicação social…
E você, já inventou histórias absurdas para camuflar sua sexualidade? Fala a verdade, conta pra tchytchya!