Um dia fui convidado para fazer parte de uma mesa redonda, numa faculdade particular, para falar sobre o blog. Antes de mim, um dos alunos de lá fez uma apresentação sobre cultura LGBT e disse que ela era Madonna, Gaga e cia, bate-cabelo, boate, drag-queens etc. Ontem, dei uma entrevista e as pergunts sobre este tema iam de certa maneira ao encontro desde equívoco. Daí vi a necessidade de chamar vocês pra discussão deste tema.
Não há cultura LGBT. Há culturas e algumas delas são incorporadas por grupos com alguma determinada identidade sexual! Por exemplo, o homossexual masculino urbano classe média costuma ter um mesmo gosto devido a um comportamento de grupo próprio das tribos das grandes cidades, advindo muitas vezes dos lugares que frequentam (sim, boates, sim, falo de nós).
Vão desde música eletrônica com remixes de divas pop, passando por danças como o bate-cabelo e até linguagens próprias como o bajubá.
Assim, a “cultura” individual pode variar pelos ciclos de relacionamento que sofrem fatores como classe social, idade e região onde vive. Vemos na internet que muitos gays do norte/nordeste frequetam – num sentido mais amplo – as músicas regionais como forró, tecnobrega etc. A personagem mas recente a Lohane V. S. S. B. H. H. H. R. L. B. Icekiss que é maranhense curte as chamadas música de boi, cultura típica da regiaõ onde vive. Outro exemplo: sabemos que há tribos de roqueiras que também são tomadas por pessoas como uma identidade sexual homossexual. Tem as gays do axé! Assim, no quesito ídolo, essa preferencia vai variar com o gosto das diversos grupos em que se está inserido o índividuo e também seus próprios gostos pessoas (eu e meus amigos não gostamos de TODAS as mesmas músicas).
Reafirmo: a cultura independe da prática sexual. Se somos gays é porque fazemos sexo (no meu caso, amor) com pessoas de mesmo sexo e isso de forma alguma significa que frequentamos os mesmos lugares, ouvimos as mesmas músicas, nos comunicamos da mesma forma, temos as mesmas religiões ou filosofias…
Né, não?