Vários são os casos de pessoas que são abusadas sexualmente quando submetidas a profissionais de algumas profissões que exigem contato físico.
Seja médico, instrutor de academia (principalmente esportes de luta), até mesmo aquelas que não têm contato nenhum, mas o abusador consegue arranjar um motivo para encoxar ou passar a mão no corpo do colega de trabalho.
Tô com tanto nojo desse vídeo que eu não vou nem fazer uma introdução, assistam primeiro:
Eu:
E o cara ainda é taxado de “espertinho” por quem postou o vídeo! Estuprador mudou de nome e eu não tô sabendo?
Tem tanta coisa errada nesse lixo que eu vou comentar em tópicos:
- Primeiro: A ideia de que abuso sexual tem graça. No começo ele acha que ela é uma mulher comum, e mesmo assim o claque racha o bico de rir com as situações absurdas nas quais o instrutor abusa sexualmente da aluna;
- Segundo: As risadas aumentam quando ela simula ter um pênis com uma garrafa, mas ele ainda não sabe. Claro, se abuso sexual contra mulheres já é engraçado, imagine com uma travesti. Elas são todas safadas mesmo, né? -NOT
- Terceiro: A mulher vira pro lado dele e o homem pára imediatamente o abuso. Para os transfóbicos, não há nada mais engraçado que ver um homem heterossexual “se dando mal” quando descobre que uma mulher tem tromba. Mas será que a mulher de tromba também ri?
Tem um ponto positivo, ao final ela se vinga dele e inverte a polaridade da piada. Agora ri-se do abusador e não do abusado. Apesar de terem usado a transfobia para fazer piada, essas formas de fazer rir, nas quais o grupo marginalizado responde às agressões, são as mais saudáveis.
Pra quê rir de quem já é motivo de piada todos os dias? Que graça tem em fazer piada com a violência moral que esses grupos sofrem?
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De qualquer maneira, se você riu dessa porcaria, deve rever urgente os seus conceitos.
Milhares de mulheres e transexuais são abusadas sexualmente todos os dias, por gente que acha plausível a ideia de que o corpo da mulher (e mais ainda da transexual, que abdicou da sua masculinidade e se modificou para parecer uma mulher) é propriedade pública e pode ser tocado e assediado por quem quiser.
NÃO! Assédio sexual não tem graça!