Muito tem se falado sobre o vídeo abaixo:
Tá, fizeram o que fizeram e não tem mais volta. Os rapazes nem são gays, segundo os próprios, mas podem saber que o populacho não tá nem aí pro que eles disseram, mas sim para o que Feliciano postou: “Ativistas gays fizeram isso comigo”.
Vi muita gente comentando e usando a seguinte premissa: “Feliciano não respeita ninguém, não pode exigir respeito. Você deve respeitar para ser respeitado.”
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E eu te digo que NÃO, isso não é verdade. Eu posso ser a pessoa mais deplorável e mal-educada da face da Terra, nenhuma atitude minha justificaria uma violência que não acontecesse no calor de uma discussão.
O meu recado é: cuidado com essa premissa do “respeite para ser respeitado”, porque ela pode se voltar contra você quando o assunto for a homofobia.
A noção de desrespeito é pessoal e muitíssimo relativa, com isso, o que é indiferente para você pode ser extremamente desagradável e desrespeitoso para outrem.
É… eu estou falando do beijo gay em público.
Se você se prende a essa premissa, você automaticamente dá aval para que pessoas que se sentem ofendidas com um beijo gay (e são várias) tenham o direito de te desrespeitar.
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Em resumo, a situação foi engraçada, compreensível, mas jamais deve ser estimulada. Principalmente quando fazem menção a uma suposta homossexualidade do Feliciano como forma de denegrir a sua imagem.
Fazendo isso nenhum de vocês estará contribuindo para uma possibilidade, mesmo que remota, de contemporização. Muito pelo contrário, fazendo isso vocês corroboram e confirmam a ideia de que ser gay é algo ruim e pode ser usada como ofensa.
Não há possibilidade de contemporização com pessoas absurdas, meu querido!
Eu disse que era remota não foi à toa hahaha
Ai, mas posso ser sincero?? Eu acho que faria pior…
Eu entendi totalmente o que você quis dizer, mas sou muito do calor do momento.
Os homofóbicos também.
Reza uma lenda da sociologia que não se alcança mudanças significativas numa sociedade com manifestações insípidas. Só com doses generosas de ousadia verborrágica e dano ao cenário desconfortante se constrói novas realidades. Atingir os símbolos máximos de opressão e desconstruí-los /destruí-los abre caminho para a inserção da liberdade e justiça.
Acredito – dentro de uma coerência limítrofe – que é necessário, às vezes, violentar os símbolos opressores a fim de extinguir o domínio sobre a coletividade. Mas, esse tipo de manifestação tem que dialogar com toda sociedade. Se o entendimento não alcança a massa a sua razão se perde. Esse é um caso claro onde a manifestação de repúdio sobre essa figura truanesca não acarretará nada além de um revés para toda comunidade gay – por mais que todos desejem intimamente fazer o mesmo ou pior.
Venho percebendo uma falta de argúcia nas nossas manifestações; já que elas não dialogam de maneira clara com a sociedade. Está na hora de quebrar a recorrência de insucesso, de atos que reforçam os estigmas sociais e que alimentam as imagens estereotipadas sobre nossa comunidade, assim só reforçamos as inverdades edificadas por pessoas como Feliciano. Infelizmente, não podemos fazer como reza a lenda, batalha “armada” não funcionará.
brilhante!
=)
Agradecido, Max. =)
bi carreful guuuuuuuuuuuuuuuuuuuuyyyyyyyyysss
MAX…
VOCÊ AHAZA “BEU ABOR”
TE AMO!!!! Tenho orgasmos múltiplos lendo seus textos!!!