Saudável ou abusivo?


Fiquei na dúvida, gente, por um lado eu concordo que ela tem o direito de ficar nua porque o corpo é dela, por outro eu senti um constrangimento enorme vindo do rosto dela quando a calcinha “caiu”:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=j2jXBWOA_Mk]
Senti também uma vibe de violência sexual ali na parte que arrancam a calcinha dela, ela até tenta colocar de novo, em vão. Sem falar do tapinha que deram na vagina dela, o fim da picada!

calcinha1

Isso nos faz pensar sobre o que representa a nudez feminina para o patriarcado. A nudez é muito mais vergonhosa para a mulher que para o homem, eles fizeram isso com a intenção de denegri-la, torná-la inferior, objetivá-la, mas ela deu a volta por cima, não saiu do palco e se mostrou sem vergonha (como qualquer um deles faria se deixassem o pinto deles de fora no palco, sacudiriam e mostrariam com orgulho, e ninguém acharia que eles são desrespeitáveis por causa disso).

Daqui a pouco, só assim pra uma mulher andar na rua

Daqui a pouco, só assim pra uma mulher ir pra gandaia

Muitos homens tentam subjugar ou humilhar mulheres tirando seu sutiã ou sua calcinha, as “armaduras” virtuais contra a violência sexual. Uma mulher sem calcinha é para o machista um ser vil, desprotegido e potencialmente estuprável.

O sexo está cada dia mais sendo tratado com naturalidade pela mídia, pela música e pelas pessoas nas conversas corriqueiras do dia a dia. Isso mostra que a nudez não é mais tão chocante assim e que as máscaras da moralidade estão caindo.

Entretanto, juntamente com o sexo, a violência sexual também está se tornando banal. É aí que mora o perigo.

43 comentários sobre “Saudável ou abusivo?

  1. não basta isso, o cara deu TAPINHAS (coisa que eu tenho pavor de ver até em filme pornô) na perseguida dela. e ela afastou a mão dele, porque né? uma coisa é você fazer uma dança sexualizada, outra bem diferente é alguém pegar nas suas genitais NÃO PROPOSITALMENTE DESPROTEGIDAS.

    tenho a sensação de que ela ficou totalmente sem saber o que fazer ali.

  2. Que vergonha. Pra mim isso é quase um estupro! Tenho certeza que isso vai feder…

    Da prazer claramente que ela não queria que tirassem a calcinha. Tenta fazer isso num puteiro, e verá a surra que vai levar…

  3. Não houve violência alguma, não da parte deles. Talvez ela tenha se violentado quando começou com isso.
    O vídeo não mostra, mas acho que ela não foi arrastada até o palco, né?!
    Estava toda alegrinha rebolando com a calcinha enfiada. Não fez muita diferença estar com ou sem. Se quisesse ser “respeitada”, que ficasse rebolando com a pouca roupa que chegou ao baile.
    Se a moda pega…

    • PARE já com slut shaming no meu blog! Ela foi lá no palco DANÇAR, é o que eu tenho certeza que estava incluído no contrato dela. E se ela assinou um contrato como dançarina, seja a dança quefor, ela deve ser respeitada SIM como tal, independente do tamanho da roupa ou do jeito que dança.

      Ninguém deve se dar respeito para merecer respeito não, respeito é um direito de TODOS!

    • Me poupe!

      Já foi numa strip-house? As mulheres dançam, seduzem, ficam nuas, e são pagas para dar prazer (no popular: trepar). Então, como disse o Max, nos poupe com esse slut shaming!

      É visível que ela não quis tirar a calcinha, e ponto final.

  4. Ela ficou morrendo de rir. Foi ao palco, levantou o vestido rebolando no cara, simulando uma trepada.
    Depois que tiraram a calcinha ela não chorou nem ficou séria,não se cobriu com a mão, não virou de costas, arrumou o cabelo e ficou sorrindo “Ops! caiu, que pena… deixa eu ficar linda pq amanhã tá na net :)”
    Deve ter se arrependido quando viu o vídeo. Na hora ela estava se sentindo a mais desejada, a mais gostosa e POP. Neeeeinm, é a rainha do baile.

    • Por isso fiquei na dúvida, não sei se ela foi profissional e manteve-se ali no sentido “tá no inferno, abraça o capeta”. A parte que os homens passam a mão na vagina dela e ela tira a mão que me deixou confuso.

      • Sinceramente, ela foi profissional… Acho que ela só permaneceu pra não sair do salto, ela já tava desconfortável quando “perdeu” a calcinha. Convenhamos, independente de tudo, uma coisa é usar algo micro, e outra é ficar sem nada (tipo tapa sexo no carnaval, ninguém nuca deixa de usar, por menor que seja). A prova disso foram os tapinhas (PELO AMOR DE DEUS, super desnecessário, já não bastava envergonhar a garota). Minha opinião resumida: Ela sambou geral na cara dos dois escrotos. Infelizmente, ela é quem vai ser apedrejada na Medina pela sociedade machista 😦

        • Faz sentido, porque a nudez é muito mais vergonhosa para a mulher que para o homem, eles fizeram isso com a intenção de denegri-la, torná-la inferior, objetivá-la, mas ela deu a volta por cima e se mostrou sem vergonha (como qualquer um deles faria se deixassem o pinto deles de fora no palco, sacudiriam e mostrariam com orgulho, e ninguém acharia que eles são desrespeitáveis por causa disso). Muitos homens machistas tentam subjugar ou humilhar mulheres tirando seu sutiã ou sua calcinha, as “armaduras” virtuais contra a violência sexual. Uma mulher sem calcinha é para um machista um ser vil, potencialmente estuprável.

          Basta ver qualquer filme que tenha um casal e a mulher anuncia estar sem calcinha, eles ficam loucos. Exatamente pelo motivo que falei acima, “tirou a armadura”, está pedindo para ser violentada.

          Mal eles sabem que mulher vive sem calcinha o tempo todo, só não faz alarde. Mas na cabeça do machismo NÃO, mulher de respeito tem que andar com a perseguida selada por um pedaço de pano.

  5. Acho q ela não é profissional. Ouvi dizer q meninas sobem no palco em baile funk. É uma festa bem participativa(rsrs). Até pq ela está de vestido, dançarinas de baile funk geralmente usam aqueles shortinhos, teria ao menos uma dupla. Não deve ser dançarina.

  6. Pra mim ficou confuso. Assisti o vídeo, não consegui chegar a uma conclusão sobre se foi violência ou foi consentido. De um lado ela segurou a calcinha e tentou amarrar, mas de outro ela não tentou abaixar o vestido pra “tampar” nada quando a calcinha foi tirada, estava rindo e nem tentou sair do palco. Ela só saiu do palco quando alguém a puxou.

    A outra questão é o direito dela dançar e fazer a “performance” que ela quiser, porque os comentários do youtube são todos criticando o comportamento e o show. Penso que tem o direito de dançar de 4 e continuar com a calcinha, oras.

    Pra mim, se a mulher diz não, é não. Não interessa se é pra não pegar na mão dela, ou pra não arrancarem a calcinha dela. O “se fazer respeitar” está na capacidade do homem entender o que é um Não. Não é Não.

  7. Não sei o que concluir desse vídeo.
    Constrangida ela estava. É mais que visível.
    Só não entendi porque ela não reagiu.
    Ela subiu ali pra dançar, SIMULAR sexo, seja lá o que for, mas isso não dava o direito deles arrancarem sua calcinha e por a mão na sua genitália, afinal o corpo e as roupas são dela.
    Mas só vi preocupação da pessoa que puxou ela pelo braço.
    Acho que a gata curtiu ser a rainha do pop por um dia, hein!?

    rs

  8. O limite pra mim é claro. Não interessa como ela reagiu depois, mas no momento que ela tentou, por mais de uma vez, segurar a calcinha mostra que a intenção dela não era ficar pelada. E o tapinha foi simplesmente absurdo…

  9. Num vou falar muito pq não gosto de funk ,e principalmente esse de hoje em dia ,uma coisa é dançar sensualmente ,e outra simular sexo que isso não é dança, e isso foi uma porta de entrada pra mulé tudo entrar pelada dentro do baile funk.
    ela subiu la para ‘dançar’ mas ela deu ousadia pra cara eles fizeram a festa e ela pra num sair do salto levou na boa e Sambou na cara deles como a Max disse […eles fizeram isso com a intenção de denegri-la, torná-la inferior, objetivá-la, mas ela deu a volta por cima e se mostrou sem vergonha.]

  10. o ser humano que expõem sua intimidade fere sua dignidade. a única diferença é que para alguns o limite da intimidade é saia até o pé para outros é aparecer de calcinha no palco fazendo insinuações sexuais. mas pelo que me pareceu ela não estava mto confortável com a situação. ela ficou é mto sem reação isso sim. sorriu amarelo. Qdo vejo a naturalidade com que se trata td isso me pergunto: Até que nível a sexualização tem que chegar para satisfazer o que? Prq é tão mal visto a privacidade? Ñ que viver igual santo seja o certo mas a partir do momento que vc faz prq a sociedade te impõe ser uma pessoa sexualizada para ser “bem visto”, ser “cool” tá errado. Pessoal não se rendam a este tipo de comportamento se vcs realmente não quiserem!!! Não vai assistir o Gimme More da britney e sair por ai como se fosse o brent corrigan numa suruba com um monte de machos desejando sem ter consciência do q vc realmente tá fazendo e se vc realmente qr isso!!. ACORDA PRA SER VC MSM! Eu por exemplo detesto este tp de ambiente, música e comportamento. MAS respeito!! Se para eles este ambiente não os feri moralmente e é saudável o que eu tenho a ver com isso? NADA! Mas pra mim. NÃO!

    • você que pensa que as pessoas sexuais são assim para “ser cool”. Ainda acho que o errado nisso tudo, o que fere mesmo a minha dignidade e intimidade, é cagação de regra sobre como eu devo usar o MEU corpo.

      • ñ disse q pessoas sexualizadas são assim para “ser cool”. mto menos ditei regras de como vc deve usar seu corpo. o que eu disse foi q se vc faz, contra sua vontade, alguma coisa para ser considerado sexy. você está errado. Mas o que eu afirmei foi que a sociedade dá atenção sim à indivíduos sexualizados. Isso é fato. A maioria das maiores celebridades do mundo são símbolos sexuais e isso reflete uma realidade.A realidade de que se comportar desta maneira te retornará em atenção e as pessoas amam ter atenção. Vc na realidade só concordou comigo quando disse que tem o direito de usar seu corpo como quiser. Aliás no meu comentário eu levantei a bandeira da liberdade de ser quem vc é. Devia ler direito antes de se preocupar em só ter a razão em tudo.

        • ” Pessoal não se rendam a este tipo de comportamento se vcs realmente não quiserem!!! Não vai assistir o Gimme More da britney e sair por ai como se fosse o brent corrigan numa suruba com um monte de machos desejando sem ter consciência do q vc realmente tá fazendo e se vc realmente qr isso!!. ACORDA PRA SER VC MSM! Eu por exemplo detesto este tp de ambiente, música e comportamento. MAS respeito!! ”

          Você quis dizer: Olha, você pode ter esse TIPO de comportamento, pode ser uma vagabunda, mas só se você quiser mesmo, tá? Mas tem que querer muito, ser à toa não pode, porque EU detesto esse tipo de ambiente.

          Se você fosse a favor mesmo da liberdade dessas pessoas você seria indiferente aos motivos que as levam a serem santas ou devassas. Porque quem é a favor da liberdade não tá nem aí pra isso, não compete a mim dizer quais as consequências de um comportamento ou outro sobre o psicológico dos outros. Sem contar que limita aquelas pessoas que estão curiosas, não tem a certeza que você exige, e acabam perdendo a oportunidade de conhecer um lado todo novo de si mesmo. Experimentar é saudável, com ou sem certeza.

          Seu discurso não é a favor da liberdade, é a favor da liberdade condicional, na qual se espera que você aja de tal maneira, mas se você não agir, eu respeito, mas NÃO me agrada, EU detesto. Isso não é discurso de liberdade, é discurso de tolerância, uma vez que você tolera um comportamento que queria, mas não pode mudar.

          Esse discurso de “eu detesto, mas respeito, só que você tem que ter muita certeza do que tá fazendo” e blá blá blá é a mesma cagação de regra dos moralistas, só que maquiado por um discurso mais palatável.

          • Hahay’, adoro quando entro no blog e tem esses posts babadeiros, cheios de comentários, aloka. Apesar de ser super reservada e discreta concordo plenamente com esse seu comentário Max, indiferença quanto as diferenças é o verdadeiro pensamento de liberdade de expressão em todos os sentidos.

          • Acho que isso são suas conclusões. se tem uma coisa que eu não sou é contra a liberdade das pessoas. tanto que eu disse que não tenho NADA a ver com o fato de alguém achar alguma coisa respeitável ou não para ela. Isso cada ve o que cabe a si mesmo. Eu ainda penso que eu posso dizer que eu não gosto de uma coisa e ainda assim respeitá-la. Não tenho medo de dizer que detesto nd. Detestar pra mim não significa fazer campanha contra. Significa não gostar muito de alguma coisa. Eu não gosto de funk, música evangélica pentecostal nem um monte coisas. Mas nao faço campanha contra

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