Saiba você também!


Semana passada, fui ao Centro de Testagem de Aconselhamento em DST/AIDS da Prefeitura de Vila Velha. Ele fica em um grande complexo da Secretaria Municipal de Saúde, no Centro da cidade. Vou narrar com muita sinceridade como foi isso.

Decidi fazer o teste de HIV, pois estou iniciando um novo relacionamento. Na verdade, nós dois fizemos – eu e meu boy – para que pudéssemos fazer algumas coisinhas sem camisinha, sacumé. Sem hipocrisia! Pior seria se fizéssemos tudo sem essa mínima responsabilidade. Em um relacionamento, de maneira geral, você acaba fazendo sem “encapar o bico do bule”, mais cedo ou mais tarde.

O setor de cuidado e testagem de HIV é no segundo andar do prédio. Uma sala pequena com umas cadeiras e uma TV. Cheguei lá e disse que queria fazer o teste. Pediram para que eu esperasse por um momento. Antes do teste você é conduzido a uma sala onde uma moça simpática pega seus dados e te dá uns conselhos. Ela me falou que o maior problema é que muitas pessoas não fazem o teste e estão por aí transmitindo – até porque se foi beijada é poque tem comportamento de risco, né? E há ainda pessoas que sabem, mas nãos e tratam e são consumidas pela doença. Falou da grande importância que é saber e mais importante se tratar, pois isso dá ao portador uma vida normal.

Fiquei chocado ao descobrir que o resultado era sabido em 15 minutos! QUINZE MINUTOS!!! Perguntei pra moça se esse teste era 100% confiável. Ela me garantiu que sim, ainda que haja a chamada janela imunológica que nenhum teste consegue suprir. O que eles chamam de janela imunológica é o tempo de 60 dias após você fazer o sexozinho que te infectou com o vírus da Aids e a resposta que o corpo dá a fim de que se possa mensurar que você está infectado (sobre janela imunológica aqui). Fiquei tranquilo quanto a isso porque o único sexo sem proteção que fiz nos últimos 4 anos foi com meu antigo boy, ou seja, se eu estivesse beijado, o tempo da janela imunológica já estaria transcorrido.

Depois disso, fui encaminhado para a sala de coleta do sangue. Eu tenho pânico de tirar sangue. PÂNICO! Meu pavor é ver meu próprio sangue subindo por aqueles tubos. Mas enfim, fazer o que?! Fui lá, sentei na cadeirinha, elástico no braço, “veia ruim de achar”, “picadinha de formiguinha” #sóquenão… Eu:

Quando elas furam e puxam,  eu sempre desvio a cara e fico lendo as embalagens. A primeira furada não saiu sangue. Qüenda, Mariângela! Daí a racha foi, fez tudo de novo no outro braço e aí rolou. Dois lindos tubos de ensaio vermelhinhos!  Daí pediram pra eu esperar o resultado na salinha de espera. Estava passando “Chocolate com Pimenta” e eu fiquei assistindo e calculando o tempo.

Também comecei a observar as pessoas que circulavam por ali, já infectadas e iam fazer acompanhamento. Não haviam gays, aparentemente. Haviam senhoras de idade e casais héteros. Mas acho, sinceramente, que não é porque somos menos infectados, mas porque poucos de nós está fazendo o teste e se cuidando.

Foram 12 minutos de espera – nem 15 foram – a moça chamou meu nome…

Fomos a uma salinha. Ela olhava enigmática e eu tentava saber o resultado do teste olhando para a cara dela. Daí ela abriu o papel…

E leu o resultado que era este aqui:

“Amostra não reagente para HIV”

– Tô limpo, moça?

-Tá!

– Não tenho HIV, é isso?

– É!

Beesha, você não sabe o alívio que é receber essa notícia!!! Já falei com várias pessoas e todos, por mais prevenidos que sejam, tem medo dessa hora. Bate sempre uma neurose. Você lembra daquele cafuçú que você deixou colocar só a cabecinha, por amor, em 1996, daquela roçada mais profunda que você deu no edí amigo, daquela vez que o boy não te avisou e gozou na sua garganta, daquela gotinha de sêmen que talvez tenha voado no seu olho… Milhões de coisas absurdas surgem e esse alívio posterior te faz inclusive repensar nas merdas todas que vocês faz.

Esse relato enorme, que poucos lerão, é para mostrar que fazer os testes de DST não é nenhum bicho de sete cabeças e é coisa tranquila e super importante de fazer. Nosso estado é considerado em estágio de epidemia de HIV tendo em vista a relação com o pequeno número de pessoas que se testaram com a grande quantidade de infectados registrados.

Meu boy fez na rede particular e também está limpo. No particular, pode demorar até 3 dias – mas o tempo da janela imunológica é menor. De minha parte, mesmo se ele estivesse com a sopa de letrinhas no sangue eu não o deixaria, muito pelo contrário, daria apoio, apenas, a partir disso, tomaríamos as providências para nos preservar. Não há motivo de medo, alarde ou descriminação!!!

Além do mais, nos assustou – nós aqui do blog – quando falamos do caso de uma pessoa infectada que estava transando com várias pessoas sem proteção e já havia contaminado algumas e CENTENAS de vocês vieram nos perguntar quem era, pois haviam transado sem camisinha com algumas pessoas. OU SEJA: estão todos sob risco de transmissão. Gatas, por favor, protejam-se e façam o teste!

UPDATE: O Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/AIDS de Vila Velha fica na rua Castelo Branco, 1803, Centro de Vila Velha. Os telefones de lá são: (27) 3139.9151 e 3139-9634. Veja o local aqui, no Google Maps.

54 comentários sobre “Saiba você também!

  1. Acho muito bom esses posts que servem como orientação às pessoas (leitores in loco). Parabéns Dé. Temos algo semelhante, que é a agulha. Medo dela! Mas logo logo farei mei exame tb. Bjos

  2. Muito bom este poste e parabens, infelizmente para mim resultado foi outro, não por falta de informação, e confiar num pessoa que nem ela sabia que estar… Meu caso graça a Deus não preciso de toma medicação, mas infelizmente e uma coisa que machuca muito e te deixa para baixo e os comentario que vc escultam sem pode ser denfende….

  3. Muito Bom o post!! Adorei ler que vc ficaria com o boy se o resultado dele fosse positivo… Foi isso que fiz, deixei o amor falar mais alto e hoje sei que fiz a escolha certa. Acredito que corro muitíssimo menos risco hoje do que quando estava aí na pegação, pegando vários.

  4. Parabéns pela postagem, no último mês fui ao posto de saúde de vitória no qual o teste demorou 15dias, isso sim nos deixa mto mal, apesar do meu teste ter dado negativo, sempre tive dúvida, pois nos meus dois relacionamentos anteriores meu companheiro era positivo, viver sem preconceito é algo que conseguimos, mais nem sempre é fácil.
    Há momentos que ficamos para baixo junto ao companheiro, mais aprendendo a olhar para as tudo com outros olhos, um olhar mais simples e relevante sobre a vida…

    um abraço

  5. Eu fiz o teste tem um mês, deu negativo. Daí estava namorando e transei com meu ex(?) – namorado (chorando aqui) sem camisinha.

    Pô, nunca havia gozado dentro de alguém, foi muito bom.

    Pena que, pelo jeito, ele teve alergia a minha porra, já que terminou comigo…kkkkk.

    Agora, só falta estar sozinho e positivo. kkkkk

    #Rindodedesespero.

  6. Super gostei do post, Dé!
    E o mais bacana é que eu, justamente hoje, fiz meu segundo exame de HIV/AIDS.
    Contudo, eu fui no CTA de Campo Grande (porque um amigo conhece a Coordenadora).
    O primeiro que fiz, em junho, foi tenso. (risos) É bem o que você descriminou acima. Eu fiquei branco, amarelo, pardo… um verdadeiros arco íris de cores. hahaha
    Apesar de conhecer das DSTs e saber que, muitas vezes, a Hepatite é mais perigosa que o HIV, sempre rola aquele medinho, né?! hehehe
    Mas tudo certo comigo também, aproveitei e fiz o de sífilis e Hepative B e C.
    Indico para que todos façam uma vez por ano ou a cada relacionamento. No certo, usem sempre camisinha! (:
    A falta de informação, a ignorância e o preconceito são os maiores inimigos dessas doenças. 😉

  7. AHAZÔ! Eu tinha um grande amigo que morreu em decorrência da aids, e pra mim foi muito traumático perder uma pessoa que eu amava como irmão por conta de falta de responsabilidade. Ele transava com todo mundo aqui no Rio, era passar por ele que ele traçava, e o pior foi que ele só soube que tinha a doença quando ficou muito mal de repente. Em uma semana ele faleceu. Depois disso eu tb fui fazer o teste, e é exatamente essa a sensação que vc descreveu: eu repensei a minha vida sexual toda, desde chupada até sexo com camisinha saiu, vc fica num pânico. Todo mundo tem que fazer, e principalmente, CAMISINHA CARALHO! No teu caralho ou no boy/cafuço/whatevercomesmyway.

  8. Mandou beem! Vamos fazer o exame, nos cuidar e apoiar nossos amigos e companheiros que possam ter contraído o virus! Show a iniciativa e a coragem pelo depoimento!

  9. Sempre fui cagão em relação à camisinha, nunca fiz sem. Mas sempre tem um filho de uma égua que te convence. Fiz uma vez na vida sem camisinha e resolvi fazer o exame, a apreensão é tão grande que não vale a pena fazer sem camisinha com ninguém, puta que pariu, o coração parece que vai sair pela boca na hora do resultado.

    • Vale lembrar que o resultado positivo também não é o fim do mundo, gatiras, o que não falta é tratamento pra reduzir a carga viral e evitar qualquer sintoma da doença.

      Só morre hoje de aids quem quer 🙂

      • Não sei se isso é comentário errado ou nao (peço que me corrijam, por favor): muitas empresas fazem exames de saúde nos trabalhadores, para assegurar-se caso o candidato-trabalhor venha adquirir qualquer doença – sexual ou nao. Diante disso acabam recusando-o, não fazendo tal justificativa, obviamente.
        Procede essa informação? Como lidar diante disso? Como é a rotina de um soropositivo? Alguém poderia comentar mais?

        Valeu!

        • Por lei, as empresas não podem fazer exames de HIV, seja para admissão de uma pessoa, seja em exames periódicos. A realização deste tipo de exame é decisão exclusiva do paciente, bem como sua divulgação (ninguém é obrigado a informar à empresa que contraiu o virus HIV). E caso seja informada que o candidato/empregado é soropositivo, sua dispensa por este motivo é ilegal, cabendo inclusive ação judicial, se assim for de interesse do prejudicado.

      • bem… há muitos recursos atualmente disponíveis para atender àqueles infectados com o HIV, com drogas modernas e tratamentos diversos, o que reduz bastante o risco de morte e aumenta consideralvemente a expectativa de vida, mas infelizmente nao é verdade que “só morre de aids quem quer”. Há inúmeros casos de pessoas que lutaram bravamente por suas vidas, mas nao resistiram à doença. Há casos em que os antirretrovirais nao são efetivos contra aquele virus específico. Cada organismo reage de uma forma, as situações são inúmeras e foram generalizadas numa colocação errada e infeliz…

        • Ah, por favor, você não vai pegar caso isolado para desmistificar uma premissa baseada numa maioria, não acredito nisso.

          • O que eu quero dizer é o mesmo que acontece com a Tuberculose, temos controle sobre a doença, mas não podemos afirmar que hoje em dia as pessoas morrem como morriam na época se baseando em algumas centenas de casos que morreram por falta de atendimento ou de resposta imunológica favorável. É pessimista demais pensar assim.

            Uma futura hepatite causada pelo excesso de remédios, isso sim é um problema pra quem tem HIV, é disso que muita gente morre. Não do que matava antes.

          • Caso isolado? Não sei… conheço diversos casos. Inclusive o meu. Já tentei 4 tipos de tratamentos diferentes, mas nenhum funcionou, uma vez que o virus se mostrou resistente. Será que eu quero morrer, simplesmente?

        • Sim, quem quer, informação disponível não falta. Remédio pra aumentar E MUITO a expectativa de vida também tem. A maioria dos soropositivos hoje só morrem mesmo por outras causas que qualquer outra pessoa “saudável” morreria (ou por consequência do excesso de remédios, sobrecarregando o fígado), muito diferente daquela época que uma gripe virava uma pneumonia e era caixão e vela roxa. Estou falando de maioria, está muito claro na expressão

          p.s.: Se vai colocar um nick imbecil como esse pra chamar os outros de ignorante e não querer discutir o assunto, CALE a boca que ganha mais.

          • Agora eu vi o Max além de um personagem!
            É isso aí, concordo contigo!
            Não existe essa coisa de “morrer de HIV/AIDS”.
            Tenho conhecidos que estão há anos com a doença e ela está totalmente neutra (vírus controlado).
            Um amigo em São Paulo está lá, com 25 anos com a doença. Tem mais saúde que muitos por aí.
            Isso não é fala da boca pra fora, são dados baseados em pesquisas.

  10. Achei otimo o post.Eu sou positivo e vivo bem e tratado.Eu fui da seguinte opinião : quando a gente chega num momento da vida que encontra um abismo pela frente, a melhor coisa é se jogar e pagar pra ver.O medo não adianta nada.A única maneira de saber o que tem no fundo do abismo e se jogando.Nem sempre vc encontra pedras lá no fundo.Pode ser que vc encontre plumas.Mas tem que até o fundo pra saber.Por isso não tenham medo e façam o teste o mais rápido possível.O quanto antes vcs souberem o resultado melhor pra vcs.

  11. Adorei o post e to tentando criar coragemm pra fazer o teste. Eu tenho vida sexual ativa (oi?) desde os 5 anos de idade. Sério. E nunca fiz o teste. Pela duas vezes que fui passiva (só 2) foi com camisinha; mas o que me preocupa é que eu sempre fiz oral sem camisinha, porque eu sempre pensei assim, porrãn, eu nao como e nem dô, se nem fazer um boquetinho gostoso e nao posso néan vou virar freira kkkk; a única situação que eu fiquei com medo de alguma coisa foi a pegação baixo nível do banheirón que a Max postou… Mas vou fazer o teste de HIV, Hepatites e etc e vou usar a frase mara que a Dé falou: …… esse alívio posterior te faz inclusive repensar nas merdas todas que vocês faz. Só mais um comment: alguns dias atrás saí com um hetero (hetero mesmo) e ele me disse que é doido por uma rachinha mas que já perdeu várias oportunidades de comer as racha, mas prefere chegar em casa e tocar uma pensando na gatinha e dormir com a cosciencia tranquila. Fikadika néan.

  12. Às vezes você começa a sair com um carinha e quando percebe já rolou sem. Por isso mesmo, já fiz o teste três vezes. Graças a Deus,nunca deu positivo. Atualmente, estou saindo com um carinha (e to apaixonadinho rs), há 2 meses e pouquinho, e conversamos sobre irmos fazer o teste juntos. Esse nervosismo pre-resultado, sempre rola. Parabéns pelo post. E vamos conscientizar nossos amigos (no casos de vc, leitores) sobre a importancia da prevenção.
    Abraços!

  13. Pior que quando vc fala da lembrança de casos de “mil novecentos e antigamente” hahahaha.
    Realmente é isso que se passa na nossa cabeça, nunca fiz o teste, e acho que vou fazer por segurança…
    Uai Dé… não precisa passar no médico antes do exame não??
    Pode ir lá diretamente no centro?

    Thanks ;D

  14. Eu achei otimo o post . Eu sou positivo e descobri porque eu tive problema e o medico pediu o exame e ai deu positivo . Hoje eu vivo bem ,tratado e com saude . Caso eu não tivesse descoberto a tempo talvez teria sido pior . Não adianta ter medo É melhor ter certeza do que viver com medo .

  15. Acho que fazer o exame deveria ser uma coisa comum para qualquer um pelo menos uma vez ao ano ou quanto tivesse um comportamento sexual de risco. Mas aia todo mundo dizer que ficaria com um soropositivo ou um cara com AIDS (o que já toma o coquetel) é outra coisa. Nas rodas de conversa, no mundo real, quase ninguém toca no assunto. Nas boates e saunas o que se vê é o povo transando sem camisinha. E a maioria dos soropositivos quando fala que é leva um fora. Não sei não mas acho que mais uma vez o discurso está muito longe da realidade. Ah!! Antes que perguntem sou soropositivo sim!!

    • Sou negaivo e namoro um soropositivo, mas sei que isso é exceção e não regra, pois o preconceito ainda impera no nosso meio. As bee não namorariam um soropositivo mas estão aí pegando meia dúzia por dia nas saunas

      • É exceção mesmo!! Legal sua atitude!! Espero que sejam felizes por muito tempo!! Mas como dissemos é uma raridade. Transar sem camisinha e sem saber pode mas transar com camisinha sabendo que o parceiro é soropositivo não pode!!!! Vai entender!!!

  16. Bacana. Que isso incentive mais pessoas que se julgam em risco a fazer o teste e se cuidar, independentemente do resultado. Burocracia já sabemos que não há. 🙂

  17. Eu fiz o que dá um furo no dedo. Elas tb afirmam q é em 15 min, mas, na verdade, é em 5(cinco)minutos. Porém, a mulher não dá o resposta, ela fica preenchendo a sua ficha com seus dados e dando orientações sobre prevenção etc.
    Motivo: não falam logo o resultado, pq caso a pessoa esteja com o vírus, irá ficar tão desnorteada com a notícia q corre o risco da pessoa sair e nem ter passado os dados para a agente de saúde, inviabilizando a identificação, registro e encaminhamento dos portadores do vírus.

  18. Onde fica esse Centro de Testagem de Aconselhamento em DST/AIDS, Dé?? Perto de que??

    • Potira Negra, fica onde antes era o predio da UNIVILA, no Centro de Vila Velha, proximo ao Hospital Antonio Bezerra de Farias…

    • p.s.: esquina da Castelo Brando com a Henrique Laranja…salvo engano, se chegar depois de 16 nas sextas, eles só liberam o resultado na segunda… Outra coisa bacana de informar é que eles distribuem camisinhas e lubrificante em sachê

  19. Namorei com um cara soropositivo que pegou o vírus exatamente transando com um ex sem fazer o exame antes de dar esse passo (o da transa sem camisinha)… quase casamos, mas terminamos por particularidades do casal, como qualquer casal tem, o fato dele ser soropositivo não influenciou em nada. Por escolha eu sempre fiz sexo oral sem camisinha e acabei frequentando o Centro com certa assiduidade (semestralmente)..
    .
    Se tiver que escolher não escolheria um soropositivo, escolheria um cara alto, olhos verdes, moreno parrudo tipo muscle bear, bem de vida, com bom nível social, bem humorado e que goste de cachorros.. questão de praticidade.. mas o amor não rima com escolha nem com praticidade, amor rima com vida e entrega

  20. Sou soropositiva a doze anos e desde então uso o coquetel, no inicio tinha muita diarréia, vômitos, náuseas, manchas pelo corpo e sofria de uma insônia terrível, com o passar dos meses me acostumei com os efeitos colaterais da medicação. Diversas vezes abandonei o tratamento por não suporta tomar aquela quantidade imensa de medicamentos, um risco levando-se em conta o surgimento frequente de vírus resistentes á todos tratamentos disponíveis. Hoje luto contra a lipodistrofia causada pelos medicamentos e além das frequentes internações por doenças oportunistas adquiri diabetes e insuficiencia renal consequente ao vírus e as drogas. Não devemos tratar do HIV como uma doença banal e superada, não é como tomar uma aspirina, uma vitamina, as medicações são inumeras além das frequentes infecções. Sou cega de um olho em consequencia de uma retinite por citomegalovírus. Na vida real passamos vários meses com alguns medicamentos em falta e na rede publica quando voce tem alguma intercorrencia é muito dificil conseguir um leito em uma unidade de urgencia ou em um hospital. Não banalizemos a doença. AIDS ainda mata e muito.

  21. Sou soropositivo a dois anos e desde então uso o coquetel, no inicio tinha muita diarréia, vômitos, náuseas, manchas pelo corpo e sofria de uma insônia terrível, com o passar dos meses me acostumei com os efeitos colaterais da medicação. Diversas vezes abandonei o tratamento por não suporta tomar aquela quantidade imensa de medicamentos, um risco levando-se em conta o surgimento frequente de vírus resistentes á todos tratamentos disponíveis. Hoje luto contra a lipodistrofia causada pelos medicamentos e além das frequentes internações por doenças oportunistas adquiri diabetes e insuficiencia renal consequente ao vírus e as drogas. Não devemos tratar do HIV como uma doença banal e superada, não é como tomar uma aspirina, uma vitamina, as medicações são inumeras, além das frequentes infecções. Na vida real passamos vários meses com alguns medicamentos em falta e na rede publica quando voce tem alguma intercorrencia é muito dificil conseguir um leito em uma unidade de urgencia ou em um hospital. Não banalizemos a doença. AIDS ainda mata e muito.

    • Aí, tá vendo? Esse depoimento só confirma o que eu disse. A aids não mata, o que pode vir a matar é a resposta individual de alguns à porrada bioquímica que é o coquetel.

      • “Não banalizemos doença. AIDS ainda mata e muito.

        ” A aids não mata, o que pode vir a matar é a resposta individual de alguns à porrada bioquímica que é o coquetel.”

        Na moral Max, custa vc aceitar que vc foi totalmente infeliz em sua declaração de quem “morre de aids quem quer”? O depoimento da lucia não confirmou nada, mt pelo contrário, te contradizeu totalmente. E usar “resposta individual ao tratamento” é um argumento vago, já que todo ser humano é um ser individual, então isso pode se extender a qualquer tratamento, inclusive um simples resfriado.

        O foda é que tá tendo sim uma banalização do assunto, na internet tem sites de encontros chamado “roleta russa”, onde fazem surubas bareback tendo um soropositivo no meio, apenas pra ter a “emoção da transa”. Tem gente que não transa com preservativo, pq pensa “ah, isso tira o prazer e se eu pegar Aids e daí? Tenho direito ao coquetel de graça”, um profundo absurdo e ignora todas as consequencias do tratamento.

        Parabens lucia pelo seu depoimento, foi mt esclarecedor e só me reforça minhas vontade de estar sempre protegido.

        • Sem querer me intrometer mas já fazendo, o Blown Away ñ foi preconceituoso em momento algum na minha opinião, o que ele quis dizer é que vc ñ reconheceu que fez uma citação infeliz..amiga vc disse ‘só morre de aids hj quem quer’ e o depoimento da moça conta como é complicado para algumas pessoas o tratamento entende? E que as vezes a pessoa pode morrer, mas isso ñ significa que ela quis…bem pelo menos foi isso oq eu entendi, beijos!

          • Vocês estão se prendendo na palavra querer, é uma metáfora! For the god’s sake, people!

  22. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, descreveram a janela imunológica do HIV da seguinte forma: “Pode levar algum tempo para que o sistema imunológico produza anticorpos suficientes para serem detectados pelo teste de anticorpos, e esse tempo pode variar de pessoa para pessoa. Esse período costuma ser chamado ‘janela imunológica’.

    • Para os testes modernos, a janela imunológica pode variar de 1 a 3 meses (para estes testes rápidos, de 30 minutos). Para testes mais “precisos” (de laboratório, que levam alguns dias para ficar pronto), há casos em que a janela pode ser de 1 a 2 semanas.

  23. Confesso que já fiz o exame com mais frequência quando era mais novo, hoje em dia tenho certa resistência em fazê-lo. Tive um relacionamento que durou um pouco mais de um ano, não estamos mais juntos há uns 2 anos, e ele foi o único com quem transei sem camisinha. Mantemos contato amigável até hoje, sempre que viajo pra cidade da minha família, nos vemos e conversamos. Ele faz o teste regularmente e o resultado se mantém negativo em todos, então isso de certa forma me “tranquiliza”, pois já não transamos desde então. Eu sinceramente não entendo essa resistência que surgiu de um ano pra cá.

  24. Ótimo post.
    O teste tem que ser feito mesmo. Se o resultado for positivo ou negativo, tem que seguir em frente e cuidar da saúde e preservá-la. Conheço muitos que fazem sexo sem camisinha e depois fazem o teste. E toda vez que o resultado dá negativo eles continuam o sexo desprotegido.
    Outra coisa que precisa mudar é o medo de perguntar do teste pro parceiro sexual. Se a pessoa se ofender ou não quiser falar sobre o assunto por que continuar?

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